Um ano após ‘mini IPO’, Priner retoma plano de aquisições e já tem 5 delas engatilhadas
Em entrevista exclusiva, CEO da companhia de serviços industriais, Tulio Cintra, fala sobre os planos para 2021 um ano depois da captação de R$ 200 milhões na bolsa brasileira
Há pouco mais de um ano, a companhia de serviços industriais Priner realizava o último IPO na B3 antes do “apocalipse”. A empresa concluiu sua oferta pública inicial de ações no dia 14 de fevereiro de 2020, captando R$ 200 milhões, montante bem inferior ao(s) bilhão(ões) que as companhias costumam movimentar nas suas aberturas de capital no país.
Os recursos seriam utilizados para efetuar aquisições e transformar a companhia num case de “one-stop shop”, oferecendo uma ampla gama de serviços a seus clientes industriais, que incluem isolamento térmico e eficiência energética, acesso, pintura, inspeção e limpeza.
A ação saiu precificada a R$ 10, no piso da faixa indicativa, mas disparou 34% apenas no seu primeiro dia de negociação, em 17 de fevereiro. A oferta, coordenada pela XP, contou com a participação em peso das pessoas físicas, que ficaram com 40% das ações, marcando a volta dos “mini IPOs” à B3.
Reabria-se, assim, o caminho para que outras empresas de médio porte, comumente chamadas de small caps, recorressem à bolsa para se financiar, o que ainda não é tão comum no Brasil. Na época, eram previstos pelo menos mais dez “mini IPOs” em 2020.
Mas poucos dias após a estreia da Priner, o aumento de casos de coronavírus no mundo, especialmente no Ocidente, levou pânico aos mercados e paralisou a fila de IPOs. A pandemia afetou duramente a economia real, bem como os preços das ações. E a Priner teve que adiar um pouco seus planos de ir às compras.
Do IPO ao seu pior momento de 2020, as ações da Priner (PRNR3) chegaram a acumular baixa de quase 35%. Depois, apresentaram uma certa recuperação, junto com os demais mercados. Hoje, porém, ainda permanecem abaixo do nível inicial, acumulando queda de 21,5%.
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Mas o cenário que se descortina para a companhia neste ano é bem mais auspicioso. No terceiro trimestre, a Priner retomou o plano de aquisições, com a compra da empresa de inspeção Poliend por R$ 5 milhões. E, em 2021, a intenção é acelerar esse processo. A empresa já tem mais cinco aquisições engatilhadas, em diferentes estágios de negociação.
Eu conversei com exclusividade com Tulio Cintra, CEO da Priner, e ele me contou que a companhia tem quatro empresas já em fase de valuation, prestes a assinar ofertas não vinculantes, o que deve ocorrer até meados de março, no máximo. “Geralmente, quando você faz uma oferta não vinculante, é difícil a aquisição não dar certo”, me disse Cintra.
“Tem uma quinta empresa com a qual nós não assinamos ainda o M&A, que é uma empresa relativamente grande. Nós ainda estamos estudando as sinergias comerciais antes de nos voltarmos para os números. Nas demais, nós já identificamos esse ‘match’”, completou.
Quem é a Priner
Antes de detalhar a estratégia da companhia e fazer um balanço deste um ano de IPO, acho legal dar um contexto sobre o que, afinal, ela faz. A Priner está longe de ser das mais conhecidas da bolsa e certamente não atua num segmento considerado “sexy”.
A empresa nasceu de uma divisão da Mills (MILS3) que foi vendida em 2013 para a gestora de private equity Leblon Equities. A gestora, inclusive, vendeu boa parte das suas ações no IPO.
A Priner presta os chamados serviços industriais, atendendo grandes indústrias de diversos segmentos em cinco frentes: isolamento térmico, acesso, pintura, inspeção e limpeza.
“As indústrias focam no negócio delas: a produção de papel, do óleo, do aço. Nós fazemos tudo aquilo que não está no core delas, que é o zelo pela integridade do ativo”, resumiu Tulio Cintra.
Entre os clientes da Priner figuram grandes empresas, incluindo companhias abertas em bolsa, como Ultrapar, Braskem, Klabin, Suzano, Vale e Petrobras.
Os serviços prestados pela Priner são fundamentais a essas companhias, que os demandam de forma recorrente.
“Toda unidade industrial tem circulação de calor, então é preciso ter uma preocupação grande com eficiência energética, o que só pode ser obtido com isolamento térmico. Assim, a indústria consome muito menos energia e tem um padrão mais uniforme para os seus produtos”, explica o CEO da Priner, a respeito da área de isolamento térmico.
Já a pintura é essencial para prevenir a corrosão das estruturas metálicas, principalmente naquelas plantas expostas a condições muito corrosivas, como as que sofrem o efeito da maresia.
O acesso, por sua vez, consiste na instalação de estruturas, como andaimes e sistemas suspensos, para que seja possível instalar o isolamento térmico e realizar a pintura mesmo em alturas elevadas.
As duas áreas em que a Priner era menos atuante eram justamente as duas últimas: inspeção e limpeza. Mas isso deve começar a mudar a partir do seu plano de aquisições.
“Toda indústria precisa ser inspecionada, sempre por um inspetor terceirizado, porque ela não pode se ‘autoinspecionar’. E a inspeção precisa ser recorrente, para prever falhas e ajustar os equipamentos”, diz Cintra.
Quanto à limpeza, ele explicou que toda indústria gera resíduos, e as plantas requerem um tipo de limpeza mecanizada e até robotizada, pois são resíduos difíceis de remover.
As atividades desenvolvidas pela Priner demandam mão de obra e equipamentos especializados, certificações internacionais, além de tecnologia e bastante planejamento.
“O mercado entende que o nosso segmento tem baixa barreira de entrada, mas não é verdade. Não apenas pelos equipamentos como também pelas pessoas”, diz Cintra.
Expandindo em inspeção e limpeza
Três das empresas no funil de aquisições da Priner atuam justamente nas áreas em que a presença da companhia é mais frágil e nas quais a empresa deseja se expandir, para oferecer um portfólio de serviços mais completo.
“Nós assinamos acordos de confidencialidade com duas empresas de inspeção que, combinadas, nos dariam todo o portfólio do segmento do país. Com o sucesso dessas aquisições, nos tornaremos a maior empresa brasileira em inspeção e ficaremos atrás, no Brasil, de apenas duas empresas estrangeiras”, me contou Cintra, que disse estar confiante com o sucesso da transação.
A própria aquisição da Poliend, no ano passado, já marcou o reforço da Priner nessa área. Segundo Cintra, a Poliend não é uma empresa comum, pois conta com três profissionais com certificação de nível máximo em inspetoria, quando o normal é que as empresas do segmento contem com um ou dois profissionais do tipo, no máximo. E, em breve, um quarto inspetor de mesmo nível se juntará a eles.
“Ou seja, serão quatro pessoas ultra qualificadas desenvolvendo soluções proprietárias de inspeção industrial”, diz o CEO da Priner.
A terceira empresa a ser adquirida atua no segmento de limpezas técnicas. “Ela é, hoje, líder no país nesse segmento e utiliza muita robótica na sua atividade”, observa.
Finalmente, há uma aquisição engatilhada também numa área na qual a Priner já é forte, a de isolamento térmico. Segundo Cintra, trata-se de uma empresa paranaense detentora de tecnologia para monitoramento da corrosão que se forma sob o isolamento térmico. “Ela tem também sistemas de reformas de fornos industriais, que os tornam mais eficientes, com menos perda de calor”, explica.
“O objetivo do nosso investimento em eficiência energética é levar o nosso isolamento térmico para o que a gente chama de indústria 4.0, com uso de internet industrial e sistemas que monitoram a planta e mandam sinais para o cliente sobre as condições do local”, conclui.
Cintra lembra que as empresas-alvo para aquisições são, em sua maioria, de pequeno porte, pois esta é a característica do mercado de serviços industriais, mas que isso não é necessariamente ruim.
“A compra de uma empresa menor, para nós, é a oportunidade de pegar uma pepita e fazê-la crescer até se tornar uma grande joia. São riscos menores, potencial de crescimento e retorno sobre o capital maiores, além de integração mais rápida e simples”, diz.
A pandemia cobrou seu preço
A retomada do plano de aquisições ocorre num momento em que a Priner ainda lida com as consequências da pandemia de covid-19 sobre as suas operações.
A suspensão ou redução das atividades industriais com as medidas de lockdown empreendidas no ano passado cobrou seu preço, reduzindo a demanda por serviços e impactando fortemente as receitas da companhia.
Houve momentos em que a empresa simplesmente não pôde atuar, tamanhas as restrições. Cidades onde havia clientes, como Macaé e Rio das Ostras, no estado do Rio de Janeiro, chegaram a ser fechadas para não moradores. Em um episódio, trabalhadores da Priner que seguiam num ônibus em direção à planta da Suzano na Bahia tiveram que voltar no meio do caminho.
No segundo trimestre de 2020, a redução da receita líquida foi de quase 50% em comparação ao mesmo período do ano anterior; no terceiro trimestre, a queda na comparação anual foi de 36%, mas já com alguma melhora ante o trimestre anterior.
Felizmente, os contratos da companhia não foram cancelados, apenas adiados. Assim, a Priner focou em preservar o caixa e sobreviver. Os planos de fusões e aquisições foram adiados e foi preciso fazer demissões para atravessar os tempos difíceis.
“No segundo trimestre, que foi o ápice dos lockdowns, nós tivemos que fazer uma redução muito grande na companhia. Nós demitimos quase R$ 10 milhões em pessoas, porque os projetos simplesmente não tinham data para voltar”, conta Cintra.
“Se nós tivéssemos lançado mão daquele recurso do governo de apenas reduzir salário por três meses, teríamos sido obrigados, depois, a manter os colaboradores por mais três meses após o fim do benefício, mesmo que não tivéssemos receita. Sem ter certeza de que os projetos de fato voltariam, não podíamos correr esse risco”, explica.
Porém, desde o pior momento, em maio, as receitas têm crescido em todos os meses, com exceção de setembro. “Em dezembro já voltamos ao nível de receita de janeiro de 2020, pré-pandemia. E agora em janeiro tivemos uma receita ainda maior que em dezembro”, diz o CEO.
As ações acompanharam os acontecimentos, mas ainda não se recuperaram totalmente. Na opinião de Tulio Cintra, o mercado entendeu que, com a queda da demanda e a postergação dos projetos, as receitas seriam afetadas, o que de fato ocorreu.
“Outro ponto que eu acho que frustrou o mercado foi a questão das fusões e aquisições. Porque nós fizemos a oferta de ações com uma carteira de projetos muito grande e uma promessa nesse sentido. Mas tudo isso parou com a pandemia”, opina.
Ele disse que muita gente acha que o momento de crise é o ideal para as empresas capitalizadas irem às compras, pois é quando as empresas-alvo passam necessidade e ficam sem caixa, mas isso não necessariamente é verdade.
“As pessoas esquecem que, nessas horas, o vendedor também não quer vender. Por que ele iria vender numa hora dessas, em que seu negócio estaria mais barato do que em tempos normais?”, questiona.
Um desafio com o qual a Priner ainda tem que lidar, porém, é a pressão sobre as margens, uma vez que os custos subiram com toda a saga que se tornou a atuação da companhia no “novo normal”.
Agora, os trabalhadores precisam ficar de quarentena em um hotel, às custas da empresa, por duas semanas antes de ingressar numa planta, fora toda a gestão de pessoas necessária quando um caso de covid-19 é identificado em uma equipe.
“Se aparece apenas um caso de covid, nós precisamos reduzir o efetivo ou então tirar todo mundo daquele projeto, até que todos sejam testados. Isso deve afetar nossas margens até a vacina começar a tomar um corpo maior”, diz Cintra.
Um bom ano
A visão da Priner para 2021, porém, é positiva. A companhia não tem preocupações quanto ao cenário político e não tem exposição ao câmbio nem às cotações das commodities, uma vez que as plantas industriais dependem de manutenção independentemente dos preços dos seus produtos. “Em termos de demanda, estamos muito confiantes. As postergações que ocorreram no ano passado não podem mais ocorrer em 2021”, diz o CEO.
Ele diz que a preocupação maior é a gestão dos custos e despesas para lidar com a logística do covid, mas que a empresa já aprendeu a conviver com isso. “As nossas despesas estão sob controle hoje em dia. Já fizemos os ajustes necessários em 2020, então não vejo a companhia fazendo novos ajustes neste ano”, observa.
Cintra diz estar bastante confiante com as aquisições e com o crescimento orgânico da companhia. “Estou muito seguro de que vamos fazer um ano bonito. Acho que não iremos decepcionar os investidores que estão comprando nossas ações agora. Espero que o mercado valorize a companhia corretamente, à medida que os resultados forem sendo publicados”, completou.
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