🔴 GANHOS DE ATÉ R$ 1.000 POR HORA? ESTE MÉTODO PODE GERAR RENDA DE 7 DÍGITOS POR MÊS – CONHEÇA

Kaype Abreu
Kaype Abreu
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Colaborou com Estadão, Gazeta do Povo, entre outros.
Entrevista exclusiva

Home office ‘eterno’ e urnas eletrônicas: as apostas da Positivo para manter o lucro em alta após pandemia

No ano da pandemia, lucro da empresa saltou 839%; CEO fala em continuidade da mudança de comportamento que beneficiou a companhia e conta como a empresa diversificou os negócios após crises

Kaype Abreu
Kaype Abreu
29 de março de 2021
6:05 - atualizado às 11:06
Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Tecnologia. - Imagem: Divulgação / Positivo

A necessidade de trabalhar em casa diante da pandemia da covid-19 fez o brasileiro redescobrir o computador, que nos últimos anos havia perdido espaço para os smartphones.

A onda do home office impulsionou os resultados da Positivo Tecnologia, principal fabricante brasileira de produtos eletrônicos — entre eles os procurados notebooks.

No ano da pandemia, o lucro da empresa saltou 839%, para R$ 196 milhões. Parte do ganho veio de uma questão tributária, mas ainda sem considerar esse efeito não recorrente o resultado teria aumentado 174% em relação a 2019.

A divulgação do balanço impulsionou as ações da Positivo (POSI3), que acumulam alta de 20% em março — em mais um momento emblemático da longa trajetória da companhia na bolsa, cheia de altos e baixos.

A grande dúvida é se os números se sustentam em um cenário pós-pandemia e se a mudança de hábito que beneficiou a empresa veio para ficar.

O CEO da Positivo, Hélio Rotenberg, não tem dúvida da resposta para ambas as questões. "Está claro para nós essa tendência de crescimento, mais do que algo pontual", disse o executivo, em entrevista ao Seu Dinheiro.

Leia Também

O otimismo da Positivo se refere a frentes tradicionais, como a de notebooks, mas também a investimentos mais recentes — a base de clientes da "Casa Inteligente" saltou 1.485% no ano passado, para 250 mil usuários únicos.

Segundo Rotenberg, a demanda por notebooks deve continuar em alta porque o mercado está "muito deprimido": a fatia de computadores vendida no Brasil já correspondeu a 4% do que era comercializado no mundo, mas caiu pela metade nos últimos anos. "Esse mercado [de notebooks] ainda vai nos trazer bons resultados", diz.

Gargalos, dólar e economia

No curto prazo, porém, a Positivo vai ter de lidar com alguns obstáculos, como a falta de insumos — problema de vários mercados após a pandemia ter desestruturado as cadeias de suprimentos. “A gente não está conseguindo abastecer toda a demanda. Mas acredito que a situação se normalize até o final do ano.”

Outro problema é a alta do dólar, que escalou 29% em 2020. A empresa tem grande parte dos custos atrelados a moeda americana e não vê alternativas a não ser repassar os ajustes ao consumidor. "É uma particularidade do mercado de tecnologia: os componentes são dolarizados", defende Rotenberg.

Segundo o executivo, o preços de telas LCD, por exemplo, disputadas inclusive por fabricantes de TVs, dobrou para US$ 52 em 2020. Rotenberg prevê que o preço médio de computadores tenha uma alta de 15% a 20% neste ano, depois de subir 25% no ano passado.

Apesar do bom momento, os analistas ainda acompanham com certo ceticismo a acelerada da Positivo na crise. A alta da moeda americana e o fim do auxílio emergencial foram os principais motivos para a XP, por exemplo, ainda manter recomendação neutra sobre as ações da companhia.

Outra razão para a cautela do analista é a piora nas perspectivas para a economia. Mas para Rotenberg, a demanda deverá seguir forte, mesmo que a retomada venha num ritmo mais lento. “Acredito que, passada a pandemia, a economia vai crescer”, diz o executivo.

Fábrica da Positivo / Divulgação

Dos PCs ao momento tech

Não é a primeira crise que Rotenberg vivencia como CEO da Positivo Tecnologia. O executivo está à frente da companhia desde a sua fundação, em 1989.

A empresa surgiu a partir de uma derivada do grupo de educação curitibano Positivo, quando Rotenberg sugeriu a um dos sócios da companhia a criação de uma linha de informática voltada à educação.

A iniciativa foi para além da sala de aula e nos anos 2000 cresceu apoiada na fase de alto consumo da classe média. No entanto, no início da década seguinte teria o desafio de continuar relevante em meio à crise e ao mercado de computadores pessoais em declínio por conta da popularização dos smartphones.

A empresa teve de encolher — de seis mil funcionários para atuais dois mil — e apostar em novos produtos, entre eles tablets e smartphones. Trocou de nome, de Positivo Informatica para Positivo Tecnologia, em uma decisão que sintetizaria a estratégia mais ampla da companhia. A governança também foi ampliada.

A mais recente incursão da Positivo é pela smart home, uma linha de produtos que inclui câmeras Wi-Fi, plugues de alimentação, lâmpadas inteligentes, controles universais, alarmes e sensores de segurança.

A "Casa Inteligente" faz parte de um guarda-chuva de iniciativas em que a empresa vê um maior potencial de crescimento. Hoje, essas "avenidas" representam 19% da receita do negócio, mas o plano da companhia é fazer a fatia chegar a 50%.

Segundo Rotenberg, por trás das novas iniciativas há um esforço em elevar o ticket médio da companhia (relação entre faturamento e vendas). "As 'avenidas de crescimento' trazem mais serviços embutidos e geram uma margem [de lucro] maior que a do computador", afirma.

A Positivo consolidou sua posição de liderança na fabricação de eletrônicos no Brasil com foco em consumidores de baixa renda. A companhia detém participação de 84% no mercado de computadores abaixo de R$ 1,2 mil.

"Mas hoje a Vaio, que atende a classes A/B, compete de igual pra igual com multinacionais", diz o CEO da Positivo. A empresa é responsável pela produção e distribuição da marca japonesa no Brasil desde 2015. No varejo, a Vaio cresceu 292% no quarto trimestre.

Aperta e confirma

A Positivo também produz para instituições públicas, com produtos "sob medida" para vencer editais. O destaque recente é o processo envolvendo a compra de urnas eletrônicas.

Em julho de 2020, a empresa venceu o processo licitatório junto ao TSE para o fornecimento de até 180 mil equipamentos usados no voto e outros produtos e serviços previstos no edital.

A companhia espera faturar R$ 650 milhões com o negócio até 2022. "A licitação pública faz parte da nossa história", diz Rotenberg sobre a companhia que sempre vendeu PCs para escolas.

Segundo o executivo, está nos planos da Positivo entrar no ramo de tecnologia para terminais lotéricos e avançar sobre as maquinas de pagamento e adquirentes — o principal cliente hoje é a Cielo.

O segmento de servidores e soluções para infraestrutura de tecnologia da informação, cuja receita avançou 29% no ano passado, é outro foco da empresa.

Três anos atrás, a Positivo comprou 80% da Accept — hoje Positivo Servers&Solutions —, uma empresa especializada na produção e comercialização de produtos como servidores e soluções em computação de alta desempenho.

Para Rotenberg, a diversificação dos negócios deve evitar um "novo sofrimento", como aquele pelo qual a empresa passou a partir de 2013. “Na verdade, se a gente soubesse que o computador chegaria ao patamar atual, talvez não tivesse diversificado”, brinca. “Mas já que diversificamos, estamos numa posição muito boa.”

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Petrobras (PETR4) saltam até 6% na bolsa e lideram altas do Ibovespa; analistas enxergam espaço para dividendos ainda maiores em novo plano estratégico

22 de novembro de 2024 - 13:46

O detalhamento do plano estratégico 2025-2029 e um anúncio complementar de R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários impulsionam os papéis da petroleira hoje

NOVA AVENIDA DE CRESCIMENTO

Por que a JBS (JBSS3) anunciou um plano de investimento de US$ 2,5 bilhões em acordo com a Nigéria — e o que esperar das ações 

22 de novembro de 2024 - 11:50

O objetivo é desenvolver um plano de investimento de pouco mais de R$ 14,5 bilhões em cinco anos para a construção de seis fábricas no país africano

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad

22 de novembro de 2024 - 8:41

Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões

SEXTOU COM O RUY

Bolsa caindo à espera do pacote fiscal que nunca chega? Vale a pena manter ações na carteira, mas não qualquer uma

22 de novembro de 2024 - 5:59

As ações brasileiras estão negociando por múltiplos que não víamos há anos. Isso significa que elas estão baratas, e qualquer anúncio de corte de gastos minimamente satisfatório, que reduza um pouco os riscos, os juros e o dólar, deveria fazer a bolsa engatar um forte rali de fim de ano.

EM BUSCA DE SALVAÇÃO

Em recuperação judicial, AgroGalaxy (AGXY3) planeja grupamento de ações para deixar de ser ‘penny stock’; saiba como será a operação

21 de novembro de 2024 - 19:24

Empresa divulgou um cronograma preliminar após questionamentos da B3 no início deste mês sobre o preço das ações ordinárias de emissão da varejista

RANKING DE PROVENTOS

Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial

21 de novembro de 2024 - 17:59

A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson

A FAVORITA DO BANCO

‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA

21 de novembro de 2024 - 15:10

A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento

PÉ NO CHÃO

“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 13:19

Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital

GUERRA DOS MIL DIAS

A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear

21 de novembro de 2024 - 13:04

No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta

FACA NA TECNOLOGIA

O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim

21 de novembro de 2024 - 12:48

Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos

BOM, PORÉM…

Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar  no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço

21 de novembro de 2024 - 11:22

Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual

RELATÓRIO DO BC

Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal

21 de novembro de 2024 - 11:10

Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote

21 de novembro de 2024 - 8:23

Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa

FÁBRICA DE BILIONÁRIOS

Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica

21 de novembro de 2024 - 8:22

O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão

DE COADJUVANTE A PROTAGONISTA

Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 6:09

Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade

PAPEL ATRAENTE

É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA

19 de novembro de 2024 - 18:17

O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025

SD Select

Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)

19 de novembro de 2024 - 15:47

Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”

HIDRELÉTRICAS

R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações 

19 de novembro de 2024 - 15:12

Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias

EM ROTA DE COLISÃO?

Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo

19 de novembro de 2024 - 14:28

O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente

Conteúdo BTG Pactual

Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?

19 de novembro de 2024 - 14:00

Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar