Em fase de crescimento: Petz dobra lucro e analistas esperam mais para os próximos anos
Números devem continuar melhorando até pelo menos 2025 em um ritmo expressivo, e empresa tem sucesso com sua estratégia de vendas digitais
Se a Petz (PETZ3) fosse um bichinho de estimação, poderíamos dizer que, apesar de já estar grande, ainda está em fase de crescimento. Depois do balanço apresentado nesta terça-feira, os analistas afirmam podem esperar aumento consistente nos lucros da empresa, pelo menos até 2025.
O lucro líquido da companhia no segundo trimestre de 2021 avançou 109% ante o mesmo período de 2020, totalizando R$ 21,6 milhões. O Ebitda ajustado, por sua vez, ficou em R$ 56,2 milhões, alta de 50,3%.
Além disso, a empresa atingiu R$ 2 bilhões em faturamento nos últimos 12 meses, com a receita bruta total em R$ 598 milhões no segundo trimestre, alta de 57,5% em relação ao ano anterior.
Colhendo bons frutos
Após reforçar sua participação no digital com as aquisições do Zee.dog e Cansei de Ser Gato, as vendas online representaram 30,3% do total no trimestre, totalizando R$ 181,2 milhões de receita bruta, um ganho de 85%.
Desde a abertura de capital da empresa, em setembro do último ano, as ações praticamente dobraram de valor. Hoje, as ações (PETZ3) fecharam a R$ 26,14, ante os R$ 13,75 estabelecidos no IPO da Petz.
No quadro Ações Para Ficar de Olho desta semana, o Victor Aguiar preparou uma análise completa de empresas promissoras; confira no vídeo abaixo:
Calma que vem mais
O desempenho da companhia trouxe uma leitura otimista dos analistas em relação ao seu desenvolvimento. O BTG Pactual, por exemplo, projeta crescimento médio anual de 45% no lucro da Petz até 2025, e reforça a recomendação de compra.
De acordo com o banco, desde o IPO os resultados da empresa reforçam a visão positiva em relação ao negócio, pois além da participação representativa no nicho de produtos e serviços para animais, que ainda tem grande potencial de expansão no Brasil, a Petz tem conseguido sucesso na atuação multicanal, que combina plataformas digitais e lojas físicas.
Na leitura da Levante, a Petz, assim como outras varejistas, tem sofrido com o custo mais alto dos materiais para os produtos vendidos, sobretudo no segmento alimentar e têxtil, que seguram as margens de curto prazo. Mas em um horizonte mais amplo, o cenário é positivo. “Com a continuidade da estratégia de expansão, integração do ambiente digital com o físico (omnichannel) e ampliação de seu portfólio e alcance, as margens voltarão a crescer”.