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Kaype Abreu
Kaype Abreu
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Colaborou com Estadão, Gazeta do Povo, entre outros.
em expansão

De olho no open banking, CSU lança unidade de soluções bancárias para empresas e mira aquisições

Empresa pretende alocar em até cinco anos R$ 150 milhões no negócio e oferecer uma “completa estrutura de produtos e serviços financeiros para empresas de diferentes setores”

Kaype Abreu
Kaype Abreu
23 de junho de 2021
8:00 - atualizado às 16:31
Imagem: Divulgação / CSU

A fornecedora de sistemas de gestão de cartões e atendimento a clientes CSU (CARD3) está entrando oficialmente no mercado de Banking as a Service (BaaS) — estrutura de serviços bancários —, com o lançamento de uma nova unidade, a Blue C Technology.

A empresa pretende alocar em até cinco anos R$ 150 milhões no negócio, que oferecerá contas digitais para pessoas físicas e jurídicas, soluções em crédito, câmbio, seguros, investimentos e adquirência.

A Blue C Technology segue o modelo white label: o plano da empresa é "oferecer uma completa estrutura de produtos e serviços financeiros para empresas de diferentes setores".

O movimento faz parte de um plano de expansão da CSU que inclui fusões e aquisições. O diretor-executivo de Relações com Investidores da empresa, Ricardo Leite, diz que a companhia busca, com as iniciativas, uma "substancial taxa de crescimento no futuro".

"A CSU continuará dando foco na ampliação de seu crescimento nas diversas modalidades do crédito, pagamento e na economia digital", afirma o executivo.

No ano passado, a empresa chegou a manifestar a intenção de realizar um follow-on para fazer frente ao projeto, mas recuou diante das condições do mercado.

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Em março, a companhia aportou R$ 10 milhões na fintech de pagamentos FitBank, correspondente a uma fatia de 4% do capital da investida.

Na B3, as ações da CSU registram alta de mais de 70% no último ano, cotadas na faixa de R$ 23.

Sede da CSU em Barueri - Divulgação

Nova fase

A CSU diz ver uma nova fase para as inovações do setor financeiro. A primeira seria a de nascimento e ascensão das fintechs. A entrada de grandes varejistas no segmento marcaria um segundo momento.

A chegada de empresas dos demais setores a esse tipo de solução faria parte de uma terceira etapa, que estaria começando agora, de acordo com a companhia.

O CEO da CSU, Marcos Leite, fala em Open Banking e o BaaS como "tendências majoritárias e dominantes no desenvolvimento do mercado de pagamentos e crédito no Brasil".

"Foi por isso que a CSU desenvolveu uma estrutura tecnológica robusta e de alta performance que viabilizará operações dos mais variados perfis de empresas neste segmento", diz o executivo.

"Qualquer companhia com um volume relevante de clientes ou um bom relacionamento com seus stakeholders – parceiros, fornecedores, distribuidores – pode se beneficiar como um provedor de serviços financeiros digitais".

CEO da CSU, Marcos Leite

Para a empresa, os serviços financeiros seriam uma maneira de estreitar o relacionamento com seu público, entender melhor seu comportamento de compra e gastos, reduzir custos com serviços bancários e, ao mesmo tempo, multiplicar suas fontes de receita.

A Blue C Technology deve tirar o projeto da estrutura da CSU, que informa ter 28 milhões de cartões em sua base de serviços, e processar transações cujo montante mensal chega a R$ 15 bilhões.

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