Crise com Bolsonaro foi problema de comunicação, diz presidente do Banco do Brasil
Brandão disse acreditar que o presidente entendeu o plano do BB de fechamento de agências; companhia pretende economizar R$ 3 bilhões anuais de forma recorrente
O presidente do Banco do Brasil, André Brandão, atribuiu a crise política gerada pelo plano de fechar mais de 300 agências a um "problema de comunicação" com o presidente Jair Bolsonaro.
"É razoável o presidente, governadores e senadores estarem preocupados", disse em entrevista coletiva nesta sexta-feira (12). "Não tive tempo de conversar com todos eles, mas de forma alguma a gente vai desassistir nenhum município ou estado".
Brandão afirmou que há um processo de preparação de fechamento de agências que envolve um diálogo com governadores e clientes regionais. Mas disse que ainda pretende conversar com Bolsonaro, quando as agendas permitirem. "Creio que Bolsonaro entendeu que o estamos fazendo".
O Banco do Brasil anunciou em janeiro um plano de reestruturação que envolvia, além do fechamento de agências, a demissão incentivada de mais de 5 mil funcionários. A medida foi criticada pelo presidente da República, alimentando os rumores de demissão de Brandão.
A instituição planeja economizar R$ 3 bilhões por ano com o corte de despesas - R$ 780 milhões por ano com as demissões. "São pessoas muito próximas de estarem aposentadas", disse o presidente do BB.
Brandão, que assumiu a presidência do BB em setembro passado com a promessa de melhorar a rentabilidade do banco, destacou que a instituição continua com o processo de desinvestimentos.
Leia Também
"Quando cheguei aqui demos uma pausa, mas as avaliações continuam", disse. "Temos várias transações, com consultores ajudando no processo, e metas de acelerar o processo em várias frentes".
O executivo não revelou qualquer data ou processo que já estaria avançado, mas voltou a falar que o Banco do Brasil não pretende se desfazer da participação na empresa de maquininhas de cartão Cielo, como o mercado chegou a especular.
Queda no lucro
O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 12,697 bilhões em 2020, em uma queda anual de 30,1%, segundo balanço divulgado pela companhia nesta quinta-feira (11).
O desempenho da última linha do balanço da instituição seguiu a tendência dos pares privados, por causa das perdas com a crise desencadeada pela pandemia. Até agora, o Itaú Unibanco já revelou uma queda de 34,6% do lucro em 2020 e o Bradesco teve recuo de 24,8% na cifra.
O BB informou ainda ter uma carteira de crédito ampliada de R$ 742,0 bilhões ao final de dezembro, em uma alta de 1,5% sobre os dados de setembro e em avanço de 9% na comparação anual.
A rentabilidade sobre o patrimônio líquido chegou a 12,1%, afetada pelas provisões. A linha era de 12% ao final do trimestre anterior e de 17% em 2019. A instituição retomou as projeções, esperando lucro líquido ajustado entre R$ 16 bilhões e R$ 19 bilhões em 2021.
O que dizem os analistas
O analista Marcel Campos, da XP Investimentos, reiterou a recomendação de compra dos papéis do BB em relatório, com preço-alvo de R$ 43. No entanto, ele disse que a casa prefere a ação do Bradesco, entre as instituições financeiras.
Para a XP, o Bradesco pode estar mais bem posicionado para captar a recuperação econômica e aumentar a lucratividade no curto prazo. "Além disso, o Bradesco também está mais consciente dos custos e deve ter uma vantagem de longo prazo no negócio de seguros", disse o analista.
Em relação ao Banco do Brasil, Campos disse ver na a capacidade do banco de retornar à lucratividade "mais um desafio", mas disse que a empresa está bem defendida com:
- 41% das operações de crédito do agronegócio e consignado, que apresentam inadimplência estruturalmente menor;
- um índice de nível I de capital de 17,3%, uma adequação de capital bastante confortável;
- 348% do índice de cobertura, "que acreditamos ser suficiente, já que a carteira de crédito do banco deve se comportar melhor do que os concorrentes (embora seu índice de inadimplência pareça muito artificial)".
A XP também chamou atenção para as provisões operacionais, com ações trabalhistas e cíveis que "parecem ter voltado". As provisões operacionais do BB para essas linhas atingiram R$ 5,8 bilhões nos primeiros meses de 2019, contra R$ 2,4 bilhões no mesmo período de 2020.
"Esperávamos que a linha não ultrapassasse R$ 1 bilhão em provisões por trimestre. No entanto, a linha cresceu 118% no trimestre, para R$ 1,8 bilhão, sem explicações adicionais", disse Campos. "Se o banco tivesse mantido as provisões baixas, o lucro teria ultrapassado R$ 4 bilhões".
Devendo e apostando: 29% dos inadimplentes jogaram em bets para ganhar dinheiro rápido, diz Serasa
Estudo mostra que 46% dos inadimplentes na base da Serasa já apostaram pelo menos uma vez na vida
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
Felipe Miranda: O Brasil (ainda não) voltou — mas isso vai acontecer
Depois de anos alijados do interesse da comunidade internacional, voltamos a ser destaque na imprensa especializada. Para o lado negativo, claro
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias
Milei muda de posição na última hora e tenta travar debate sobre taxação de super-ricos no G20
Depois de bloquear discussões sobre igualdade de gênero e agenda da ONU, Milei agora se insurge contra principal iniciativa de Lula no G20
Azeite a peso de ouro: maior produtora do mundo diz que preços vão cair; saiba quando isso vai acontecer e quanto pode custar
A escassez de azeite de oliva, um alimento básico da dieta mediterrânea, empurrou o setor para o modo de crise, alimentou temores de insegurança alimentar e até mesmo provocou um aumento da criminalidade em supermercados na Europa
A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira
Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações
Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad
Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília
Rodolfo Amstalden: Abrindo a janela de Druckenmiller para deixar o sol entrar
Neste exato momento, enxergo a fresta de sol nascente para o próximo grande bull market no Brasil, intimamente correlacionado com os ciclos eleitorais
Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA
Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar
Quantidade ou qualidade? Ibovespa repercute ata do Copom e mais balanços enquanto aguarda pacote fiscal
Além da expectativa em relação ao pacote fiscal, investidores estão de olho na pausa do rali do Trump trade
Felipe Miranda: Algumas coisas que aprendi em 15 anos
O grande campeão é o sujeito que acaba de sofrer uma grande vergonha e, pouco tempo depois, está ali novamente de pé, pronto para uma nova luta
Mubadala não tem medo do risco fiscal: “Brasil é incrível para se investir”, diz diretor do fundo árabe
O Mubadala Capital, fundo soberano de Abu Dhabi, segue com “fome de Brasil”, apesar das preocupações dos investidores com o fiscal
Em ritmo de festa: Ibovespa começa semana à espera da prévia do PIB; Wall Street amanhece em alta
Bolsas internacionais operam em alta e dão o tom dos mercados nesta segunda-feira; investidores nacionais calibram expectativas sobre um possível rali do Ibovespa
Agenda econômica: Prévia do PIB é destaque em semana com feriado no Brasil e inflação nos EUA
A agenda econômica da semana ainda conta com divulgação da ata da última reunião do Copom e do relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)
Adeus, Porto Seguro (PSSA3), olá Lojas Renner (LREN3) e Vivara (VIVA3): em novembro, o BTG Pactual decidiu ‘mergulhar’ no varejo de moda; entenda o motivo
Na carteira de 10 ações para novembro, o BTG decidiu aumentar a exposição em ações do setor de varejo de moda com múltiplos atraentes e potencial de valorização interessante
Melhor que Magazine Luiza (MGLU3)? Apesar do resultado forte no 3T24, Empiricus prefere ação de varejista barata e com potencial de valorizar até 87,5%
Na última quinta-feira (8), após o fechamento do pregão, foi a vez do Magazine Luiza (MGLU3) divulgar seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2024, que agradaram o mercado, com números bem acima das expectativas. Entre julho e setembro deste ano, o Magalu registrou um lucro líquido de R$ 102,4 milhões, revertendo o prejuízo de […]
Você quer 0 a 0 ou 1 a 1? Ibovespa repercute balanço da Petrobras enquanto investidores aguardam anúncio sobre cortes
Depois de cair 0,51% ontem, o Ibovespa voltou ao zero a zero em novembro; índice segue patinando em torno dos 130 mil pontos
Jogando nas onze: Depois da vitória de Trump, Ibovespa reage a Copom, Fed e balanços, com destaque para a Petrobras
Investidores estão de olho não apenas no resultado trimestral da Petrobras, mas também em informações sobre os dividendos da empresa