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Ivan Ryngelblum
Ivan Ryngelblum
Jornalista formado pela PUC-SP, com pós-graduação em Economia Brasileira e Globalização pela Fipe. Trabalhou como repórter no Valor Econômico, IstoÉ Dinheiro e Agência CMA.
novo normal

Cosan vai entrar em ciclo de crescimento e ação pode valorizar mais de 46%

Analistas do BTG Pactual elevam preço-alvo das ações, vendo bom potencial em diversos segmentos da companhia nos próximos anos

Ivan Ryngelblum
Ivan Ryngelblum
17 de março de 2021
16:24 - atualizado às 17:56
Cosan
Imagem: Shutterstock

Uma nova Cosan (CSAN3) merece um novo preço-alvo. Com a companhia prestes a embarcar em um novo ciclo de crescimento, após passar dez anos construindo o que hoje é um dos principais conglomerados do país, os analistas do BTG Pactual decidiram revisar a tese de investimento para incorporar as perspectivas dos planos da empresa para o futuro.

O resultado desta análise foi que o preço-alvo para os papéis passaram de R$ 83,00 para R$ 130,00, valor que demonstra um potencial de alta para os papéis de mais de 46%. E, no relatório, os analistas Thiago Duarte e Pedro Soares são enfáticos na recomendação: compre as ações.

A decisão do BTG Pactual foi tomada um dia após a Cosan apresentar seus planos para o futuro em evento aos investidores. As medidas, assim como a decisão dos analistas, foram bem recebidas pelo mercado. As ações da companhia fecharam em alta superior a 7% hoje.

De crescimento para valor e de volta para crescimento

Para os analistas, o “Cosan Day” de ontem reforçou a impressão deles de que a empresa, que está sempre se transformando, retomou a fase de crescimento.

Com a maturação das diversas frentes de negócios que construiu ao longo dos últimos dez anos e o término bem sucedido do processo de simplificação acionária, eles afirmam que a Cosan vai passar a avançar em investimentos e expandir sua presença na área de energia, como biogás, biomassa e o mercado de gás natural e de energias renováveis, numa estratégia bem vista pelos analistas.

É aqui que entra, por exemplo, a compra da Biosev, anunciada no começo de fevereiro. A incorporação da companhia que pertencia à trading francesa Louis Dreyfus pela Raízen vai resultar na criação de uma gigante no mercado sucroalcooleiro do país, com um total de 35 usinas e capacidade de moagem de 105 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

A Compass, empresa do ramo de gás natural e que controla a Comgás, deve se beneficiar do novo marco regulatório do setor, que promoveu sua liberalização.

“Gostamos muito do modelo de negócios construído ao redor da Compass, por vermos que ela é uma plataforma única que liga eficientemente a oferta e a demanda de gás, em meio à melhora do contexto regulatório do mercado e os desinvestimentos da Petrobras na área de gás”, diz trecho do relatório.

Fora do mercado de energia, os analistas do BTG Pactual veem com bons olhos a transformação da Rumo em subsidiária, após o processo de reorganização societária. Com esta decisão, a companhia vai passar a ter 30% do lucro da companhia de ferrovias, cujas perspectivas são positivas para os próximos anos, diante da expectativa de expansão da Malha Norte até Lucas do Rio Verde (MT), um dos maiores polos produtores de soja.

Quem quiser conhecer mais sobre a Cosan e as perspectivas para a companhia também pode assistir à entrevista concedida por Marcelo Martins, vice-presidente do grupo, ao estrategista-chefe da Empiricus, Felipe Miranda:

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