Ação da EspaçoLaser (ESPA3), que tem Xuxa como sócia, pode subir 27%, segundo BTG Pactual
Banco destaca principalmente o potencial do mercado de estética e cuidados pessoais no Brasil, e a baixa utilização da depilação a laser
Única do seu setor listada em Bolsa, a EspaçoLaser (ESPA3), rede de depilação a laser, praticamente não saiu do lugar desde o seu IPO, em fevereiro. Mas o BTG Pactual enxerga um potencial grande para a empresa, e começou a cobertura com recomendação de Compra.
Na abertura de capital, a ação saiu a R$ 17,90, no centro da faixa sugerida pela empresa. Logo no primeiro dia, o papel subiu mais de 17%. E hoje, está praticamente no mesmo patamar do IPO, a pouco mais de R$ 18. Há pouco, a ação subia mais de 2%, a R$ 18,08.
Além da recomendação de Compra, o BTG estabeleceu um preço-alvo de R$ 23, o que representa um potencial de valorização de 27% em 12 meses.
O que inspira essa projeção?
O lucro é um dos fatores principais que determinam o desempenho de uma ação. E o BTG espera que a EspaçoLaser tenha um crescimento médio anual de 30% em seus resultados entre este ano e 2025.
“O mercado brasileiro de estética e cuidados pessoais ocupa o 4º lugar mundial, com vendas de US$ 30 bilhões em 2019. Apenas o nicho de depilação chegou a R$ 36 bilhões em naquele ano”, afirma o banco em relatório.
E segundo o BTG, o potencial para a EspaçoLaser é ainda maior. Dentro do mercado de depilação no Brasil, a tecnologia a laser responde por apenas 5% do total, contra 20% nos Estados Unidos e 50% na Espanha, por exemplo.
“Nossa análise demográfica concluiu que existem 368 cidades com mais de 50 mil habitantes sem a presença da EspaçoLaser”
BTG Pactual
Em junho, a rede, fundada em 2004, tinha 666 lojas e 1,4 milhão de clientes ativos. O mercado de depilação a laser tem potencial para crescer 17% ao ano até 2024, segundo estudo da consultoria Bain & Company.
Os analistas projetam a abertura de mais 160 unidades até o fim de 2025, o que pode garantir o aumento no número de clientes e de cidades onde a Espaçolaser atua.
Mas sempre tem uma dorzinha...
Mesmo considerando o grande potencial da empresa, o banco não deixa de destacar a alta concorrência do setor, o que dificulta a lucratividade. Além disso, a expansão na América Latina também desperta cautela.
O BTG lembra também que a pandemia afetou diretamente os negócios da empresa, já que os atendimentos são necessariamente presenciais e individuais.
Mas no fim, os analistas acreditam que a EspaçoLaser é uma boa alternativa para quem quer se posicionar esperando a retomada definitiva da economia.