BTG e consórcio de investidores compram ativos florestais da Arauco no Chile por US$ 385,5 milhões
Segundo o banco, a transação do TIG envolve cerca de 80,5 mil hectares de áreas florestais de “alta qualidade e com manejo sustentável”, nas regiões do Centro e Sul do país
Um consórcio liderado pelo Timberland Investment Group (TIG), do BTG Pactual (BPAC11), acaba de anunciar a aquisição de ativos florestais da Arauco, empresa de celulose, no Chile por US$ 385,5 milhões (cerca de R$ 2,02 bilhões, pela cotação atual).
A operação também conta com o investidor institucional canadense British Columbia Investment Management Corporation (BCI) — que tem C$ 171,3 bilhões de ativos sob gestão — e a APG, fundo que administra € 577 bilhões em ativos de pensão.
Segundo o BTG, a transação do TIG envolve cerca de 80,5 mil hectares de áreas florestais de "alta qualidade e com manejo sustentável", nas regiões do Centro e Sul do Chile.
Com foco em ativos florestais, o TIG é uma divisão da gestora do banco brasileiro — são quase US$ 4 bilhões em ativos e capital comprometido e mais de 1,0 milhões de hectares sob gestão. A asset do BTG tem US$ 70 bilhões em ativos sob gestão.
A aquisição marca a entrada do consórcio no país e reforça o esforço do banco em atender a demanda ESG — sigla em inglês para as melhores práticas ambientais, sociais e de governança.
"A operação faz parte da estratégia do consórcio de investir em ativos florestais em diversas regiões do mundo e que ofereçam retornos atraentes", disse o BTG.
O sócio do BTG e diretor da TIG, Gerrity Lansing, contou que "há mais de uma década" a divisão da gestora está em busca de oportunidades de investimentos no Chile. "Esta transação oferece a escala e os requisitos de alta sustentabilidade que estávamos procurando".
Para o vice-presidente executivo e chefe global de infraestrutura e recursos renováveis do BCI, Lincoln Webb, o investimento fornece retornos ajustados ao risco, que são "atraentes para nossos clientes de fundos de pensão e fundos de seguro".
As áreas florestais incluídas na transação são certificadas através da Arauco pelo Forest Stewardship Council (FSC), organização com sede na Alemanha que atua de forma independente.
A operação está sujeita às condições habituais de fechamento, incluindo aprovações regulatórias, e deve ser concluída no terceiro trimestre de 2021.