Metade das empresas do Ibovespa supera estimativas de lucro, mesmo com piora da pandemia
Mineração e siderurgia foi o setor de destaque do período, com a forte demanda externa e dólar ainda em alta; em 2021, analistas estimam crescimento de quase 200% nos lucros das empresas, segundo a Bloomberg
Com o fim nesta semana da temporada de resultados do primeiro trimestre, que começou em 23 de abril, analistas do mercado já apresentam um "balanços dos balanços" do período.
Cerca de 48% dos resultados das empresas do Ibovespa superaram os números projetados pelo mercado, 29% estiveram em linha com o esperado e 23% ficaram abaixo das estimativas, segundo dados da Bloomberg levantados pela XP Investimentos.
O primeiro trimestre de 2021 foi marcado por preocupações sobre a inflação, alta nas taxas de juros de longo prazo em países desenvolvidos e atividade econômica mais fraca no Brasil — com piora considerável da pandemia.
No entanto, várias empresas da bolsa demonstraram resiliência em meio ao cenário doméstico com restrições de mobilidade, diz a XP. Ao mesmo tempo, companhias com exposição à forte recuperação econômica global continuam a se destacar.
"Nossa análise consolidada sugere que a receita e lucro operacional (Ebitda) das empresas sob a cobertura XP superaram nossas projeções, na média, em 3,1% e 10,6%, respectivamente", dizem os analistas da casa.
No primeiro trimestre, os lucros das empresas do Ibovespa contraíram 48% em relação ao quarto trimestre de 2020, mas cresceram 200% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com XP.
Leia Também
Para o ano de 2021, analistas estimam um crescimento de 196% nos lucros das empresas, segundo dados da Bloomberg.
Commodities em alta
O destaque do primeiro trimestre foram os setores ligados a commodities, com o impulso do forte crescimento dos Estados Unidos e da China, além da desvalorização do real frente ao dólar.
No setor Mineração e Siderurgia, todas das empresas reportaram resultados acima ou em linha com as nossas expectativas, disse a XP. A empresas foram beneficiadas pelos preços mais altos do minério de ferro (+25% T/T, US$ 167/t na média do trimestre) e do cobre (+17% T/T).
O setor de Alimentos e Bebidas também se destacou — em particular a Marfrig (MRFG3), beneficiada pela demanda nos EUA, que compensou os resultados no Brasil. Já Ambev (ABEV3) surpreendeu positivamente apesar do momento ainda desafiador para bares e restaurantes, disse a XP.
No Varejo, a corretora destaca as empresas de supermercado como a Assai (ASAI3) e GPA (PCAR3), que apresentaram "sólidos resultados apesar de uma base de comparação mais difícil e um trimestre desafiador com restrições de circulação". As empresas com canal de e-commerce viram um bom desempenho.
A piora da pandemia no primeiro trimestre levou a resultados mistos para o setor de Saúde. "Ao contrário do que esperávamos, não houve uma postergação de tratamentos e procedimentos eletivos, o que pressionou as margens das operadoras de saúde como a GNDI (GNDI3)", disse XP.
Taxas de ocupação mais alta e aumento de leitos operacionais impulsionaram o desempenho de prestadores de serviço, em particular a Rede D’Or (RDOR3).
No setor Financeiro, os resultados foram mistos, com 40% dos resultados abaixo das expectativas, segundo a XP. Os números foram impulsionados por menores provisões, que não devem ser sustentáveis ao longo do tempo.
O desempenho do Santander (SANB11) chamou a atenção por uma maior margem financeira e maiores volumes, disse a corretora. "Na ponta negativa, o Itaú (ITUB4) surpreendeu nossas expectativas, mas os resultados não impressionaram os mercados pois incluíram diversos itens não sustentáveis".
As empresas de aluguel de carros, do setor de Transporte e Logística, apresentaram resultados fortes, com destaque para a Unidas (LCAM3), de acordo com a XP.
A corretora lembra que os números foram impulsionados principalmente pelo cenário positivo para seminovos em um cenário de elevação dos preços de carros novos.
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Quais os planos da BRF com a compra da fábrica de alimentos na China por US$ 43 milhões
Empresa deve investir outros US$ 36 milhões para dobrar a capacidade da nova unidade, que abre caminho para expansão de oferta
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas
CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem
Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro
Ações do Alibaba caem 2% em Nova York após melhora dos resultados trimestrais. Por que o mercado torce o nariz para a gigante chinesa?
Embora o resultado do grupo tenha crescido em algumas métricas no trimestre encerrado em setembro, ficaram abaixo das projeções do mercado — mas não é só isso que explica a baixa dos ativos
“A bandeira amarela ficou laranja”: Balanço do Banco do Brasil (BBAS3) faz ações caírem mais de 2% na bolsa hoje; entenda o motivo
Os analistas destacaram que o aumento das provisões chamou a atenção, ainda que os resultados tenham sido majoritariamente positivos
Streaming e sucessos de bilheteria salvam o ‘cofre do Tio Patinhas’ e garantem lucro no balanço da Disney
Para CFO da empresa, investidores precisam entender “não apenas os resultados atuais do negócio, mas também o retorno dos investimentos”
Acendeu a luz roxa? Ações do Nubank caem forte mesmo depois do bom balanço no 3T24; Itaú BBA rebaixa recomendação
Relatório aponta potencial piora do mercado de crédito em 2025, o que pode impactar o custo dos empréstimos feitos pelo banco
Agro é pop, mas também é risco para o Banco do Brasil (BBAS3)? CEO fala de inadimplência, provisões e do futuro do banco
Redução no preço das commodities, margens apertadas e os fenômenos climáticos extremos afetam em cheio o principal segmento do BB
A surpresa de um dividendo bilionário: ações da Marfrig (MRFG3) chegam a saltar 8% após lucro acompanhado de distribuição farta ao acionista. Vale a compra?
Os papéis lideram a ponta positiva do Ibovespa nesta quinta-feira (14), mas tem bancão cauteloso com o desempenho financeiro da companhia; entenda os motivos
Depois de chegar a valer menos de R$ 0,10 na bolsa, ação da Americanas (AMER3) dispara 175% após balanço do 3T24 — o jogo virou para a varejista?
Nos últimos meses, a companhia vinha enfrentando uma sequência de perdas, conforme os balanços de 2023 e do primeiro semestre de 2024, publicados após diversos adiamentos
Menin diz que resultado do grupo MRV no 3T24 deve ser comemorado, mas ações liberam baixas do Ibovespa. Por que MRVE3 cai após o balanço?
Os ativos já chegaram a recuar mais de 7% na manhã desta quinta-feira (14); entenda os motivos e saiba o que fazer com os papéis agora
Prejuízo menor já é ‘lucro’? Azul (AZUL4) reduz perdas no 3T24 e mostra recuperação de enchentes no RS; ação sobe 2% na bolsa hoje
Companhia aérea espera alcançar EBITDA de R$ 6 bilhões este ano, após registrar recorde histórico no terceiro trimestre
Depois de lucro ‘milagroso’ no 2T24, Casas Bahia (BHIA3) volta ao prejuízo no 3T24 — e não foi por causa das lojas físicas
O retorno a uma era de ouro de lucratividade da Casas Bahia parece ainda distante, mesmo depois do breve milagre do trimestre anterior
Americanas (AMER3) registra lucro líquido de R$ 10,279 bilhões no 3T24 e reverte prejuízo de R$ 1,6 bilhão; veja os destaques do balanço
A CFO da varejista em recuperação judicial, Camille Faria, explicou que o lucro está relacionado ao processo de novação da dívida
Banco do Brasil (BBAS3) lucra R$ 9,5 bilhões no 3T24, mas provisões aumentam 34% e instituição ajusta projeções para 2024
A linha que contabiliza as projeções de créditos e o guidance para o crescimento de despesas foram alteradas, enquanto as demais perspectivas foram mantidas
Nubank (ROXO34) supera estimativas e reporta lucro líquido de US$ 553 milhões no 3T24; rentabilidade (ROE) chega aos 30%
Inadimplência de curto prazo caiu 0,1 ponto percentual na base trimestral, mas atrasos acima de 90 dias subiram 0,2 p.p. Banco diz que indicador está dentro das estimativas
CVC sai da rota do prejuízo com lucro trimestral de R$ 14,4 milhões; Itaú BBA e BTG comentam
Despesas operacionais recorrentes da empresa no terceiro trimestre somaram R$ 239 milhões, valor 30% abaixo do registrado no ano anterior