Vale tem lucro líquido de US$ 7,6 bilhões no 2º trimestre, alta de 662% no ano
Resultado foi 37% maior que o do primeiro trimestre, mas veio ligeiramente abaixo do esperado pelo mercado
Apesar do preço recorde do minério de ferro - US$ 200 por tonelada foi o preço de referência no período - os principais resultados financeiros da Vale (VALE3) no segundo trimestre vieram um pouco abaixo ou em linha com as estimativas do mercado.
A mineradora teve lucro líquido de US$ 7,6 bilhões no segundo trimestre de 2021, alta de 36,8% ante o trimestre anterior e de 662,4% em relação ao mesmo período de 2020.
A cifra, no entanto, veio um pouco abaixo do esperado pelo mercado, segundo as projeções dos analistas reunidas pela Bloomberg. Segundo a média das estimativas, o mercado esperava um lucro de US$ 7,8 bilhões de abril a junho.
A receita líquida da companhia totalizou US$ 16,7 bilhões, em linha com o esperado pelo mercado. A cifra representa um crescimento de 31,9% ante o trimestre anterior e 121,8% na comparação anual.
Já o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) totalizou US$ 11,0 bilhões, também um pouco abaixo dos US$ 11,7 bilhões esperados por analistas. Trata-se de uma alta de 32,2% ante o primeiro trimestre e 227,4% na comparação anual.
A margem Ebitda, assim, ficou em 66%, em linha com o primeiro trimestre do ano e ligeiramente abaixo da estimativa do mercado, de 70%.
Leia Também
O Ebitda ajustado proforma, que exclui as despesas relacionadas ao desastre de Brumadinho, totalizou, por sua vez, US$ 11,2 bilhões, alta de 32,7% ante o primeiro trimestre e 213,4% na comparação anual.
Segundo a companhia, trata-se de um valor recorde para esta linha do balanço, principalmente devido aos maiores preços realizados e aos volumes de venda de minério de ferro e pelotas.
Por outro lado, pesaram negativamente alguns custos e despesas vinculados ao preço do minério de ferro, como compras de terceiros e royalties, elevados custos de frete e maiores custos de manutenção e serviços, diz a Vale.
Segmento de Minerais Ferrosos puxou o resultado
A alta dos preços no mercado internacional no segundo trimestre beneficiou sobretudo o negócio de Minerais Ferrosos. Os preços de finos de minério de ferro e pelotas subiram, respectivamente, 18% e 32% no período; já os volumes de venda cresceram, respectivamente 13% e 22%. Com isso, o Ebitda do segmento totalizou US$ 10,7 bilhões.
O preço de referência do minério de ferro no segundo trimestre, de US$ 200, foi bem superior ao valor do primeiro trimestre (US$ 167) e ao do segundo trimestre de 2020 (US$ 93).
Já o segmento de Metais Básicos teve um Ebitda de US$ 866 milhões no período, US$ 145 milhões abaixo do primeiro trimestre. A greve em Sudbury teve impacto negativo no negócio de Níquel, mas as vendas de cobre viram crescimento no trimestre.
O maior Ebitda proforma e os melhores resultados financeiros, com o Real mais forte nos hedges cambiais e de juros e o efeito da marcação a mercado das debêntures participativas no primeiro trimestre, beneficiaram a última linha do balanço.
No entanto, o lucro líquido também sofreu impacto negativo dos encargos do impairment (registro contábil de deterioração de ativos) de ativos do Negócio de Carvão e resultados menores de participações, devido à provisão adicional relacionada à Fundação Renova, destinada à reparação dos danos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG).
O investimento total da Vale no segundo trimestre foi de US$ 1,1 bilhão, US$ 130 milhões acima do primeiro trimestre. Houve uma geração de US$ 6,5 bilhões de fluxo de caixa livre operacional, US$ 680 milhões a mais que no primeiro trimestre.
A dívida bruta da companhia totalizava US$ 12,2 bilhões no final do trimestre, em linha com o primeiro trimestre, e a dívida líquida totalizava US$ 738 milhões negativos no mesmo período. A dívida líquida expandida terminou o trimestre em US$ 11,4 bilhões.
Veja no vídeo a seguir 5 ações que podem valorizar para você ficar de olho:
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas
CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem
Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro
Ações do Alibaba caem 2% em Nova York após melhora dos resultados trimestrais. Por que o mercado torce o nariz para a gigante chinesa?
Embora o resultado do grupo tenha crescido em algumas métricas no trimestre encerrado em setembro, ficaram abaixo das projeções do mercado — mas não é só isso que explica a baixa dos ativos
“A bandeira amarela ficou laranja”: Balanço do Banco do Brasil (BBAS3) faz ações caírem mais de 2% na bolsa hoje; entenda o motivo
Os analistas destacaram que o aumento das provisões chamou a atenção, ainda que os resultados tenham sido majoritariamente positivos
Streaming e sucessos de bilheteria salvam o ‘cofre do Tio Patinhas’ e garantem lucro no balanço da Disney
Para CFO da empresa, investidores precisam entender “não apenas os resultados atuais do negócio, mas também o retorno dos investimentos”
Acendeu a luz roxa? Ações do Nubank caem forte mesmo depois do bom balanço no 3T24; Itaú BBA rebaixa recomendação
Relatório aponta potencial piora do mercado de crédito em 2025, o que pode impactar o custo dos empréstimos feitos pelo banco
Agro é pop, mas também é risco para o Banco do Brasil (BBAS3)? CEO fala de inadimplência, provisões e do futuro do banco
Redução no preço das commodities, margens apertadas e os fenômenos climáticos extremos afetam em cheio o principal segmento do BB
A surpresa de um dividendo bilionário: ações da Marfrig (MRFG3) chegam a saltar 8% após lucro acompanhado de distribuição farta ao acionista. Vale a compra?
Os papéis lideram a ponta positiva do Ibovespa nesta quinta-feira (14), mas tem bancão cauteloso com o desempenho financeiro da companhia; entenda os motivos
Depois de chegar a valer menos de R$ 0,10 na bolsa, ação da Americanas (AMER3) dispara 175% após balanço do 3T24 — o jogo virou para a varejista?
Nos últimos meses, a companhia vinha enfrentando uma sequência de perdas, conforme os balanços de 2023 e do primeiro semestre de 2024, publicados após diversos adiamentos
Menin diz que resultado do grupo MRV no 3T24 deve ser comemorado, mas ações liberam baixas do Ibovespa. Por que MRVE3 cai após o balanço?
Os ativos já chegaram a recuar mais de 7% na manhã desta quinta-feira (14); entenda os motivos e saiba o que fazer com os papéis agora
Prejuízo menor já é ‘lucro’? Azul (AZUL4) reduz perdas no 3T24 e mostra recuperação de enchentes no RS; ação sobe 2% na bolsa hoje
Companhia aérea espera alcançar EBITDA de R$ 6 bilhões este ano, após registrar recorde histórico no terceiro trimestre
Depois de lucro ‘milagroso’ no 2T24, Casas Bahia (BHIA3) volta ao prejuízo no 3T24 — e não foi por causa das lojas físicas
O retorno a uma era de ouro de lucratividade da Casas Bahia parece ainda distante, mesmo depois do breve milagre do trimestre anterior
Americanas (AMER3) registra lucro líquido de R$ 10,279 bilhões no 3T24 e reverte prejuízo de R$ 1,6 bilhão; veja os destaques do balanço
A CFO da varejista em recuperação judicial, Camille Faria, explicou que o lucro está relacionado ao processo de novação da dívida
Banco do Brasil (BBAS3) lucra R$ 9,5 bilhões no 3T24, mas provisões aumentam 34% e instituição ajusta projeções para 2024
A linha que contabiliza as projeções de créditos e o guidance para o crescimento de despesas foram alteradas, enquanto as demais perspectivas foram mantidas
Nubank (ROXO34) supera estimativas e reporta lucro líquido de US$ 553 milhões no 3T24; rentabilidade (ROE) chega aos 30%
Inadimplência de curto prazo caiu 0,1 ponto percentual na base trimestral, mas atrasos acima de 90 dias subiram 0,2 p.p. Banco diz que indicador está dentro das estimativas
CVC sai da rota do prejuízo com lucro trimestral de R$ 14,4 milhões; Itaú BBA e BTG comentam
Despesas operacionais recorrentes da empresa no terceiro trimestre somaram R$ 239 milhões, valor 30% abaixo do registrado no ano anterior
Porto (PSSA3) desbanca BB Seguridade (BBSE3) e Caixa Seguridade (CXSE3) para se tornar a seguradora ‘queridinha’ do mercado em 2024; veja os motivos
Porto tem lucro líquido 9% acima da projeção média dos analistas no 3T24 e ações PSSA3 decolam cada vez mais – alta em 2024 é de quase 40%
Hapvida (HAPV3) divulga balanço do 3T24 e ação fica entre as maiores quedas do Ibovespa após conferência de resultados; o que desagradou o mercado?
A operadora de saúde anunciou um lucro líquido ajustado de R$ 324,5 milhões, uma alta de 24,3% ante um ano antes; saiba o que fazer com os papéis
Por que a Oncoclínicas (ONCO3) cai na B3 mesmo depois de finalmente voltar a gerar caixa no 3T24
Com lucro em queda, receitas em desaceleração e despesas em alta, nem mesmo a geração de caixa foi capaz de diminuir o peso sobre as ações hoje