Votorantim reverte prejuízo e tem lucro de R$ 1,128 bilhão no 1º trimestre
Em comparação com o mesmo período de 2020, a receita líquida aumentou 50% no primeiro trimestre deste ano, totalizando R$ 10,2 bilhões

A Votorantim S.A. reverteu o prejuízo de R$ 3,3 bilhões registrado no primeiro trimestre de 2020 em lucro líquido de R$ 1,128 bilhão entre janeiro e março deste ano. O resultado é reflexo do desempenho robusto das empresas do grupo no começo do ano, com os preços mais elevados das commodities e a depreciação do real em relação ao dólar.
Sérgio Malacrida, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Votorantim S.A., diz que o volume de vendas foi surpreendente com a demanda inesperada pelos produtos fabricados pela companhia, principalmente commodities.
"Seguramente, cimentos subiu muito de um trimestre para o outro, mas o avanço também se aplica em alumínio, zinco e cobre. O aumento da demanda fez os preços subirem e o câmbio se valorizou, favorecendo os nossos produtos que são dolarizados. Tudo isso contribuiu para um bom resultado no primeiro trimestre", diz ele em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Em comparação com o mesmo período de 2020, a receita líquida aumentou 50% no primeiro trimestre deste ano, totalizando R$ 10,2 bilhões, e o Ebitda ajustado cresceu 290%, atingindo R$ 2,5 bilhões. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/Ebitda ajustado, foi de 1,37x. Malacrida explicou que o primeiro trimestre do ano passado foi afetado pelo reconhecimento de impairments (redução no valor recuperável de ativos) nas operações da controlada de mineração Nexa e pelo impacto da pandemia sobre as operações no Peru, que foi obrigado a anunciar lockdown.
Mas a situação, segundo ele, mudou muito de lá pra cá, ajudando a reverter os resultados. "Com a pandemia, olhávamos para a frente e víamos um futuro tenebroso. As condições de mercado mudaram significativamente depois", afirma. Segundo o executivo, apesar do ambiente incerto, a Votorantim continuou avançando em suas estratégias de longo prazo e apoiando os planos de crescimento das empresas do seu portfólio.
Os investimentos cresceram 26% no período, liderado pela Nexa, que respondeu por 87% do capex total com o desenvolvimento do projeto Aripuanã, mina subterrânea de zinco polimetálico em Mato Grosso, e uma unidade de processamento, ambas com previsão de conclusão em 2021. Para 2021, a perspectiva também e de crescimento, segundo Malacrida.
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Ele explica que o primeiro trimestre é historicamente o pior. Há muita sazonalidade na produção e venda do cimento, por conta das chuvas que atrapalham a construção civil no Brasil e o inverno rigoroso na América do Norte, onde a empresa tem operação.
Em 2021, no entanto, houve um período mais seco no Brasil e também um inverno mais tranquilo nas regiões em que a empresa está na América do Norte. "Assim, com o câmbio e os preços das commodities apresentamos lucro e estou otimista para o 2021.
O segundo semestre ainda é uma incerteza, mas teria que ser desastroso para não termos bons resultados no ano", comenta, acrescentando que a demanda por cimento e metais em geral continuam em alta.
Oferta primária
Na semana passada, o grupo Votorantim registrou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido de oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) da Companhia Brasileira de Alumínio. Malacrida diz que a oferta pública é processo natural de as empresas evoluírem na busca de estratégia e crescimento.
Malacrida explica que o processo na Votorantim Cimentos não deve ocorrer neste momento. Recentemente, O presidente da companhia, Marcello Castelli, disse em entrevista ao Broadcast que ainda é preciso avançar em projetos que trarão maior valor à empresa antes de fazer a operação, que em uma primeira tentativa, em 2013, acabou sendo frustrada por falta de interesse dos investidores.
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