Vilões da inflação: alimentos e combustíveis são os itens que mais pesam no bolso do brasileiro, diz pesquisa
Serviços de saúde, remédios e juros do cartão de crédito também são associados à disparada de preços no levantamento Radar Febraban, feito pela Federação Brasileira de Bancos
Se você foi ao supermercado fazer compras este ano e notou que os preços subiram muito, você não está sozinho: 69% dos entrevistados no Radar Febraban, pesquisa feita pela Federação Brasileira de Bancos, apontaram o consumo de alimentos e de outros produtos do abastecimento doméstico como os itens que sofreram o maior impacto da inflação no final de 2021.
Esse percentual é ainda maior quando considerados faixa etária e grau de escolaridade: 74% dos brasileiros com idade entre 25 e 44 anos atribuíram aos alimentos e outros produtos do abastecimento doméstico o maior impacto da aceleração da inflação - bem próximo dos 73% dos brasileiros com nível superior.
Combustível e saúde
E não foram só os alimentos os responsáveis por essa percepção. Quem anda de carro ou moto também sentiu no bolso o rombo feito pelo aumento dos combustíveis.
O Radar Febraban indica que 42% dos entrevistados apontam que o principal impacto da inflação é no preço do combustível. Entre as pessoas com nível superior e entre aquelas com renda acima de cinco salários mínimos, esse número sobe para 53% em ambos os casos.
Outros 19% consideram que a inflação impacta, sobretudo, o pagamento de serviços de saúde e remédios - dado que atinge 28% entre os brasileiros com mais de 60 anos.
Outros itens associados à inflação
Outros itens associados ao impacto da inflação na vida das pessoas obtiveram percentuais inferiores a 10%, ainda de acordo com a pesquisa.
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São eles: juros do cartão de crédito (8%); passagem de transporte público (6%); pagamento da escola, faculdade ou outros serviços de educação (5%); compra de veículos e imóveis (4%); compra de móveis e eletrodomésticos (2%); planos de viagem (1%).
O Radar Febraban ouviu 3 mil brasileiros com 18 anos ou mais em todas as cinco regiões do País entre os dias 19 e 27 de novembro deste ano. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95,5%.
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