Zoeira com Nassim Taleb, ‘venda da Empiricus’ e reflexões sobre a taxa de juros: veja o que rolou no episódio #35 do Puro Malte
Podcast com Felipe Miranda, Rodolfo Amstalden, Beatriz Nantes e Ricardo Mioto é “conversa de bar” para quem gosta de finanças

Essa é a primeira vez que venho aqui contar aos leitores do Seu Dinheiro sobre o Puro Malte. Trata-se de um podcast gravado às sextas-feiras pelos sócios-fundadores da Empiricus Felipe Miranda e Rodolfo Amstalden, junto com Beatriz Nantes, diretora de Operações, e Ricardo Mioto, diretor de Comunicação. E se eu precisasse explicá-lo em poucas palavras, o definiria como uma grande conversa de bar.
É o espaço que os sócios criaram para falar sobre dinheiro em um contexto de paixões, família, sucesso, fracassos, esporte e vida profissional. Se você quer um programa para se informar sobre o mercado financeiro e, além de tudo, dar umas boas risadas, acho que o Puro Malte é uma boa pedida.
Digo isso porque em menos de 5 minutos de programa, com duração máxima de 1h, eu mesma já havia rido com os comentários dos sócios. A seguir, quero contar o que aconteceu de mais interessante na gravação de hoje e também vou dar o caminho para que você ouça o próximo episódio:
Nassim Taleb é genial, mas...
O podcast começou com uma “provocação” de uma ouvinte. Ao Felipe, ela questionou se o economista Nassim Taleb, apesar de sua fama no mercado financeiro, não seria antes de tudo um grande sociólogo. De prontidão, Felipe argumentou que, na verdade, o mercado financeiro é uma metonímia da realidade.
Na opinião dele, Taleb fala sobre a vida, não sobre investimentos. E sem dúvidas o autor é muito melhor como pensador do que como investidor. Na conversa, os sócios concordaram inclusive que Taleb nunca ficou “rico” com suas ideias… Afinal, “elas eram tão boas que se tivessem dado dinheiro seria até sacanagem”, brincou Rodolfo.
A antifragilidade, por exemplo, é um dos conceitos defendidos por Taleb que a Empiricus segue na escolha de ativos para diversas carteiras recomendadas da casa. Apesar de não tê-la inventado, Taleb foi um excelente organizador ao expô-la no livro “Antifrágil”. Os livros “Cisne Negro” e “Iludidos pelo Acaso” carregam boa parte dos princípios do que é hoje a Empiricus (para quem não sabe, Felipe Miranda é um grande fã de Nassim Taleb).
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Em outro momento, os sócios falaram sobre o projeto que estão lançando na casa, o “Memórias da Empiricus”. Com a criação de uma nova holding, eles entendem que é importante criar uma grande memória empresarial. Como é o “jeito Empiricus” de fazer as coisas? Quais são os princípios que unem todas as empresas do grupo? A ideia é contar como foram os 12 anos de existência da casa de análise financeira.
Nessa conversa, Felipe, Rodolfo e Bia relembraram os velhos tempos da empresa… Recordaram, por exemplo, que Roberto Altenhofen, “chefão” da equipe de copywriting, já precisou colar os papéis de parede com o logo da empresa. E que todo mundo precisava fazer um pouco de tudo. Não existiam departamentos ou especializações…
No entanto, lembraram que sempre houve a vocação para falar com o público. A linguagem sempre foi simples, divertida e que atrai pessoas. Esse era o grande diferencial, e é uma “marca” que carregam até hoje.
Por outro lado, recordam que nem sempre foi fácil. A Bia lembra que já fez o trabalho de analista, apesar de não gostar tanto… “Lembro que fazia o Vacas Leiteiras [assinatura da casa], mas não achava o que eu escrevia legal. Gosto mais do que faço hoje”.
A Bia é COO da Empiricus atualmente, traduzindo, Diretora de Operações. Em uma de suas lembranças, contou sobre como começou a trabalhar no e-commerce da empresa. Na época, dividia a função com André Kiss, Diretor de Marketing Digital da Empiricus hoje. E revelou que os dois já tiveram uma grande briga por algo que incomodava Bia e ambos levaram uma bronca do Rodolfo (essa parte é engraçada).
Tudo isso faz parte da construção de uma empresa do zero. Felipe acha que é importante, principalmente no meio empresarial, falar sobre as coisas que o incomodam. “Acho chato as pessoas irem em uma reunião, concordarem com tudo e depois sabotar, falar coisas ruins”. Por isso, na Empiricus, os feedbacks são levados bastante a sério. Os sócios avaliam que a crítica é algo essencial para o aprendizado.
Erramos feio na taxa básica de juros do Brasil?
Essa foi uma outra pergunta de um ouvinte que rendeu uma boa discussão durante o podcast: “erramos feio na taxa básica de juros no Brasil?” Na visão de Rodolfo, foi um erro, mas que não foi tão feio assim. “Acho que houve uma certa insistência, uma demora em admitir que estava errado. Mas não acho que foi um erro grave”, disse.
Para Felipe, o BC estava testando onde era a fronteira do juro mínimo brasileiro. Na visão dele, a instituição só tinha duas opções: errar com o juro mais alto do que deveria ser, ou testar como seria se ficasse abaixo do habitual. E então decidiu pela segunda.
Já para a Bia, o juro precisava mesmo cair. Na época da faculdade, ela recorda que os jornalistas ainda em formação comentavam “nunca seremos um país desenvolvido enquanto o juro estiver nas alturas”. E pontuou que não é bem assim “o juro caiu e não mudou muita coisa”.
E a nota que saiu sobre a venda da Universa?
Para quem ainda não ficou sabendo, a Empiricus está em um processo para se reorganizar em uma holding chamada Universa junto a corretora Vitreo. Seu Dinheiro, que é um site da Empiricus, também participará dela. E, recentemente, foi divulgada uma reportagem na imprensa que a Universa pode receber novos sócios. E Felipe decidiu esclarecer as coisas...
O estrategista-chefe enfatizou a todos os ouvintes e assinantes da Empiricus de que nenhuma ação societária será firmada se não for para melhorar os produtos e serviços. Para ele, não é interessante fazer uma parceria para ficar “no zero a zero”, ou para piorar o que já funciona.
Por fim, Felipe, Rodolfo, Bia e Mioto deram algumas recomendações culturais de coisas que estão assistindo e lendo no momento. A seguir, listei todas as indicações que foram dadas no Puro Malte episódio #35:
- “Mank”, A História Tumultuosa de Herman J. Mankiewicz, indicado ao Oscar de Melhor Filme para 2021;
- “Malcom & Marie”, um filme para quem gosta de filme, na opinião de Felipe, e que está disponível na Netflix;
- “Agassi”, uma autobiografia indicada por Rodolfo sobre Andre Agassi;
- “O Alquimista”, livro de Paulo Coelho recomendado pela Bia;
- “O Dono do Morro”, livro de Misha Glenny sobre o tráfico do Rio de Janeiro, recomendado por Mioto.
Bom, esse foi o “resumão” dos melhores momentos do episódio 35 do Puro Malte. Recomendo que você escute o podcast na íntegra. E só apertar o “play” abaixo. E fique ligado que toda sexta-feira tem um episódio novo.
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