Superávit do setor público é o melhor dado de abril na série histórica, afirma BC
Confira os destaques do setor público divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (31)

O setor público consolidado registrou um superávit nominal de R$ 29,966 bilhões em abril, segundo o Banco Central. Em março, o resultado nominal havia sido deficitário em R$ 44,528 bilhões e, em abril de 2020, deficitário em R$ 115,820 bilhões.
No mês passado, o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou superávit nominal de R$ 24,649 bilhões. Os governos regionais tiveram saldo positivo de R$ 4,599 bilhões, enquanto as empresas estatais registraram superávit nominal de R$ 718 milhões.
O resultado nominal representa a diferença entre receitas e despesas do setor público, já após o pagamento dos juros da dívida pública. Em função da pandemia do novo coronavírus, que reduziu a arrecadação dos governos e elevou as despesas, o déficit nominal tem sido mais elevado nos últimos meses.
No ano até abril, o déficit nominal somou R$ 37,600 bilhões, o que equivale a 1,43% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 12 meses até abril, há déficit nominal de R$ 827,224 bilhões, ou 10,76% do PIB.
Resultado com juros
O setor público consolidado teve um resultado positivo de R$ 5,711 bilhões com juros em abril, após esta rubrica ter encerrado março com saldo negativo de R$ 49,510 bilhões, informou o Banco Central.
Além de registrar os gastos propriamente ditos do setor público com os juros da dívida pública, esta rubrica contabiliza os resultados do Banco Central com seu estoque de swaps a cada mês. Em função disso, é possível que haja, em alguns meses, resultado positivo na rubrica de juros, como ocorreu em abril.
Leia Também
Os dados do BC indicam que, no mês retrasado, o BC teve ganho de R$ 30,365 bilhões com swaps pelo critério caixa e de R$ 17,469 bilhões pelo critério de competência.
Conforme o BC, o Governo Central teve no mês passado ganhos na conta de juros de R$ 8,384 bilhões. Os governos regionais registraram gastos de R$ 2,373 bilhões e as empresas estatais, despesas de R$ 300 milhões.
No ano até abril, o gasto com juros somou US$ 113,442 bilhões, o que representa 4,31% do PIB. Em 12 meses até abril, as despesas com juros atingiram R$ 282,698 bilhões (3,68% do PIB).
Superávit é o melhor dado para abril
O superávit primário de R$ 24,255 bilhões do setor público consolidado, de acordo com o Banco Central, representa o melhor resultado para meses de abril desde o início da série histórica, em dezembro de 2001. Em março deste ano, havia sido registrado superávit de R$ 4,981 bilhões e, em abril de 2020, déficit de R$ 94,303 bilhões.
De acordo com o BC, as contas do setor público acumularam um superávit primário de R$ 75,841 bilhões no ano até abril, o equivalente a 2,88% do Produto Interno Bruto (PIB).
Este resultado foi consequência do desempenho registrado nos últimos meses, mesmo em meio aos efeitos da segunda onda da pandemia do novo coronavírus na economia.
O superávit fiscal no ano até abril ocorreu na esteira do superávit de R$ 40,852 bilhões do Governo Central (1,55% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 33,366 bilhões (1,27% do PIB) no período.
Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 29,078 bilhões, os municípios tiveram um saldo positivo de R$ 4,289 bilhões. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 1,623 bilhão no período.
Em 12 meses
As contas do setor público acumulam um déficit primário de R$ 544,526 bilhões em 12 meses até abril, o equivalente a 7,08% do PIB, informou o Banco Central. O déficit fiscal nos 12 meses encerrados em abril pode ser atribuído ao rombo de R$ 609,446 bilhões do Governo Central (7,92% do PIB). Os governos regionais apresentaram um superávit de R$ 61,346 bilhões (0,80% do PIB) em 12 meses até abril.
Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 56,966 bilhões, os municípios tiveram um saldo positivo de R$ 4,380 bilhões. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 3,574 bilhões no período.
Dívida bruta cai a 86,7% do PIB
Apesar do aumento dos gastos dos governos para fazer frente à pandemia do novo coronavírus, a dívida pública brasileira desacelerou em abril. A Dívida Bruta do Governo Geral fechou abril aos R$ 6,665 trilhões, o que representa 86,7% do Produto Interno Bruto (PIB). O percentual, divulgado nesta segunda pelo Banco Central, é menor que os 88,9% de março (dado revisado).
No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
Com o aumento de despesas públicas em função da pandemia do novo coronavírus, a expectativa é de que a dívida bruta continue a subir nos próximos meses no Brasil. Este é um dos principais fatores de preocupação dos economistas do mercado financeiro.
A Dívida Bruta do Governo Geral, excluindo o Banco Central e as empresas estatais, é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.O BC informou ainda que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) passou de 61,1% (dado revisado) para 60,5% do PIB em abril. A DLSP atingiu R$ 4,655 trilhões. A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil.
CEO da Embraer (EMBR3): tarifas de Trump não intimidam planos de US$ 10 bilhões em receita até 2030; empresa também quer listar BDRs da Eve na B3
A projeção da Embraer é de que, apenas neste ano, a receita líquida média atinja US$ 7,3 bilhões — sem considerar a performance da subsidiária Eve
Não foi só a queda do preço do petróleo que fez a Petrobras (PETR4) tombar ontem na bolsa; saiba o que mais pode ter contribuído
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teria pedido à estatal para rever novamente o preço do diesel, segundo notícias que circularam nesta segunda-feira (7)
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Sem medo do efeito Trump: Warren Buffett é o único entre os 10 maiores bilionários do mundo a ganhar dinheiro em 2025
O bilionário engordou seu patrimônio em US$ 12,7 bilhões neste ano, na contramão do desempenho das fortunas dos homens mais ricos do planeta
Sem aversão ao risco? Luiz Barsi aumenta aposta em ação de companhia em recuperação judicial — e papéis sobem forte na B3
Desde o início do ano, essa empresa praticamente dobrou de valor na bolsa, com uma valorização acumulada de 97% no período. Veja qual é o papel
Ibovespa chega a tombar 2% com pressão de Petrobras (PETR4), enquanto dólar sobe a R$ 5,91, seguindo tendência global
O principal motivo da queda generalizada das bolsas de valores mundiais é a retaliação da China ao tarifaço imposto por Donald Trump na semana passada
Banco Master: Reunião do Banco Central indica soluções para a compra pelo BRB — propostas envolvem o BTG
Apesar do Banco Central ter afirmado que a reunião tratou de “temas atuais”, fontes afirmam que o encontro foi realizado para discutir soluções para o Banco Master
Disputa aquecida na Mobly (MBLY3): Fundadores da Tok&Stok propõem injetar R$ 100 milhões se OPA avançar, mas empresa não está lá animada
Os acionistas Régis, Ghislaine e Paul Dubrule, fundadores da Tok&Stok, se comprometeram a injetar R$ 100 milhões na Mobly, caso a OPA seja bem-sucedida
Mark Zuckerberg e Elon Musk no vermelho: Os bilionários que mais perdem com as novas tarifas de Trump
Só no último pregão, os 10 homens mais ricos do mundo perderam, juntos, em torno de US$ 74,1 bilhões em patrimônio, de acordo com a Bloomberg
China não deixa barato: Xi Jinping interrompe feriado para anunciar retaliação a tarifas de Trump — e mercados derretem em resposta
O Ministério das Finanças da China disse nesta sexta-feira (4) que irá impor uma tarifa de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Pix parcelado já tem data marcada: Banco Central deve disponibilizar atualização em setembro e mecanismo de devolução em outubro
Banco Central planeja lançar o Pix parcelado, aprimorar o Mecanismo Especial de Devolução e expandir o pagamento por aproximação ainda em 2025; em 2026, chega o Pix garantido
Brava (BRAV3) despenca 10% em meio à guerra comercial de Trump e Goldman Sachs rebaixa as ações — mas não é a única a perder o brilho na visão do bancão
Ações das petroleiras caem em bloco nesta quinta-feira (3) com impacto do tarifaço de Donald Trump. Goldman Sachs também muda recomendação de outra empresa do segmento e indica que é hora de proteção
Embraer (EMBR3) tem começo de ano lento, mas analistas seguem animados com a ação em 2025 — mesmo com as tarifas de Trump
A fabricante de aeronaves entregou 30 aviões no primeiro trimestre de 2025. O resultado foi 20% superior ao registrado no mesmo período do ano passado
Oportunidades em meio ao caos: XP revela 6 ações brasileiras para lucrar com as novas tarifas de Trump
A recomendação para a carteira é aumentar o foco em empresas com produção nos EUA, com proteção contra a inflação e exportadoras; veja os papéis escolhidos pelos analistas
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Não haverá ‘bala de prata’ — Galípolo destaca desafios nos canais de transmissão da política monetária
Na cerimônia de comemoração dos 60 anos do Banco Central, Gabriel Galípolo destacou a força da instituição, a necessidade de aprimorar os canais de transmissão da política monetária e a importância de se conectar com um público mais amplo
Vale (VALE3) garante R$ 1 bilhão em acordo de joint venture na Aliança Energia e aumenta expectativa de dividendos polpudos
Com a transação, a mineradora receberá cerca de US$ 1 bilhão e terá 30% da nova empresa, enquanto a GIP ficará com 70%
Michael Klein de volta ao conselho da Casas Bahia (BHIA3): Empresário quer assumir o comando do colegiado da varejista; ações sobem forte na B3
Além de sua volta ao conselho, Klein também propõe a destituição de dois membros atuais do colegiado da varejista
Banco Master: Compra é ‘operação resgate’? CDBs serão honrados? BC vai barrar? CEO do BRB responde principais dúvidas do mercado
O CEO do BRB, Paulo Henrique Costa, nega pressão política pela compra do Master e endereça principais dúvidas do mercado