Setor de serviços recupera perdas da pandemia em fevereiro, mas desempenho segue abaixo do pré-crise
Nem mesmo nove altas consecutivas foram capaz de levar o segmento de volta ao patamar observado no início de 2020
A alta de 3,7% registrada entre janeiro e fevereiro, somada a oito resultados positivos anteriores, levou o setor de serviços a superar, pela primeira vez, o nível pré-pandemia. É o que indica a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quinta-feira (15), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com nove altas consecutivas e crescimento acumulado de 24%, o resultado apagou as perdas de 18,6% observadas entre março e maio de 2020, meses marcados pela implementação de medidas restritivas na tentativa de frear o avanço da covid-19.
Contudo, quando comparado com o desempenho em fevereiro do ano passado, o resultado recua 2%. E fica mais negativo ainda — 10,8%, para ser mais preciso — em relação ao pico registrado em novembro de 2014, seu melhor momento desde o início da série.
Quem puxou a alta?
Mesmo assim, o avanço ainda é de se comemorar: todas as cinco atividades analisadas e 18 estados cresceram. O destaque vai para o salto de 14,7% no Mato Grosso e de 8,8% nos serviços prestados às famílias, que abrangem restaurantes e hotéis, por exemplo.
Apesar de ser um resultado positivo, o alto índice de crescimento da atividade pode ser explicado pelo patamar inferior da base de comparação. Mesmo com a alta, o segmento ainda se encontra 23,7% abaixo do nível de fevereiro de 2020.
“Sendo uma das atividades mais afetadas pelas restrições impostas por estados e municípios para enfrentamento da pandemia, serviços prestados às famílias tiveram perdas significativas entre março e maio e ainda oscilam muito, conforme as medidas de isolamento social são relaxadas ou enrijecidas”, comenta Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.
Leia Também
Carne com tomate no forno elétrico: o que levou o IPCA estourar a meta de inflação às vésperas da saída de Campos Neto
Felipe Miranda: O Brasil vai virar a Argentina?
Por outro lado, as medidas restritivas ajudaram a impulsionar outra atividade: os transportes e serviços auxiliares a eles a os correios cresceram 4,4% no mês e acumulam ganhos de 8,7% neste início de ano.
“Nesse segmento vêm se destacando as empresas que prestam serviço de logística, que já vinha tendo alta expressiva por conta do aumento das exportações de petróleo e do agronegócio e, durante a pandemia, tiveram uma grande escalada de demanda, devido ao crescimento das vendas no comércio online”, explica Lobo.
Turismo luta para se recuperar
Outro setor que voltou a aquecer no período foi o turismo. A atividade subiu 2,4% no mês e acumula crescimento de 127,5% de maio até aqui. Mas não deixe que o tamanho da porcentagem te engane: para voltar ao patamar pré-pandemia ainda faltam 39,2%.
Na comparação com fevereiro de 2020, empresas dos ramos de hotelaria, restaurantes, aéreas, agências de viagem e serviços de bufê amargaram perdas, com destaque negativo para os tombos em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, que recuaram 39,3%, 30,4% e 29,1%, respectivamente.
‘Putin prefere [a eleição de] Trump’ nos Estados Unidos, diz economista Roberto Dumas Damas; entenda
Dumas Damas vê Donald Trump menos propenso a ajudar na defesa da Ucrânia e de Taiwan; por outro lado, republicano pode “se meter” no confronto no Oriente Médio
O “moody” de Rogério Xavier sobre o Brasil: “eu tenho dado downgrade a cada notícia”; saiba o que pensa o gestor da SPX
Na avaliação do sócio-fundador da SPX, gastos parafiscais de R$ 100 bilhões sustentam PIB acima do esperado, mas fazem dívida correr o risco de “explodir”
Brasil com grau de investimento, mais uma revisão positiva do PIB e inflação dentro da meta? Tudo isso é possível, segundo Haddad
O ministro da Fazenda admitiu em evento nesta segunda-feira (14) que o governo pode revisar mais uma vez neste ano a projeção para o Produto Interno Bruto de 2024
Quanto o brasileiro gasta com as bets? O IBGE vai descobrir em sua próxima pesquisa
Nova edição da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada pelo IBGE vai medir o peso das bets nos gastos do brasileiro
A boa e a má notícia da inflação nas últimas semanas antes de Galípolo suceder Campos Neto à frente do Banco Central
IPCA saiu de deflação de 0,02% em agosto para uma inflação de 0,44% em setembro, ligeiramente abaixo das projeções dos analistas
Selic de dois dígitos será mais norma que exceção, diz economista do Citi; como os bancões gringos veem juros e inflação no Brasil?
Cautela do Banco Central em relação à pressão inflacionária é bem vista por economistas do Citi, do JP Morgan e do BofA, que deram suas projeções para juros em 2024 e 2025
Rodolfo Amstalden: Brasil com grau de investimento: falta apenas um passo, mas não qualquer passo
A Moody’s deixa bem claro qual é o passo que precisamos satisfazer para o Brasil retomar o grau de investimento: responsabilidade fiscal
Para 41%, economia brasileira piorou no último ano sob governo Lula, segundo pesquisa Genial/Quaest
A pesquisa foi feita em setembro de 2024 com dois mil entrevistados e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos
Largada com bandeira vermelha: outubro começa com conta de energia elétrica mais cara a partir de hoje
A medida eleva o preço para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos passa de R$ 4,463 para R$ 7,877
Campos Neto não curtiu? Desemprego atinge o menor nível para agosto — mas parte dos economistas acha isso ‘ruim’
Além da queda da taxa de desemprego próxima de uma situação de pleno emprego, o rendimento real dos trabalhadores cresceu
Um rolê no parquinho da bolsa: Ibovespa tenta reduzir perda acumulada em setembro em dia de Pnad e Caged, além de PCE nos EUA
A dois pregões do fim do mês, Ibovespa acumula queda de 2,2% em setembro, mas ainda pode voltar para o alto da roda gigante
Felipe Miranda: O Fim do Brasil não é o fim da História – e isso é uma má notícia
Ao pensar sobre nosso país, tenho a sensação de que caminhamos para trás. Feitos 10 anos do Fim do Brasil, não aprendemos nada com os erros do passado
Rodolfo Amstalden: Qual é a exata distância entre 25 e 50 bps?
Em mais uma Super Quarta, os bancos centrais do Brasil e dos EUA anunciam hoje o futuro das taxas básicas de juros
O que pensam os “tubarões” do mercado que estão pessimistas com a bolsa — e o que pode abrir uma nova janela de alta para o Ibovespa
Após o rali em agosto, grandes gestoras do mercado aproveitaram para mexer nas posições de seus portfólios — e o sentimento negativo com a bolsa brasileira domina novas apostas dos economistas
‘Crise de depreciação’ do real tem dois ‘vilões’, segundo o BIS – mas a moeda brasileira não é a única a perder para o dólar
O ‘banco central dos bancos centrais’ defende que as incertezas na economia dos Estados Unidos impactaram os ativos financeiros de países emergentes nos últimos meses
O Ibovespa vai voltar a bater recordes em 2024? Na contramão, gestora com R$ 7 bi em ativos vê escalada da bolsa a 145 mil pontos e dólar a R$ 5,30
Ao Seu Dinheiro, os gestores Matheus Tarzia e Mario Schalch revelaram as perspectivas para a bolsa, juros e dólar — e os principais riscos para a economia brasileira
O Copom “errou a mão” nas decisões de juros? Diretor do Banco Central revela perspectivas sobre Selic, inflação e intervenções no câmbio
Segundo Diogo Guillen, a visão do Copom não mudou em relação a fazer o que for necessário para convergir a inflação à meta de 3% ao ano
Brasil tem PIB Tim Maia no segundo trimestre (mais consumo, mais investimentos, ‘mais tudo’) — mas dá o argumento que faltava para Campos Neto subir os juros
PIB do Brasil cresceu 1,4% em relação ao primeiro trimestre com avanço em praticamente todas as áreas; na comparação anual, a alta foi de 3,3% e deve estimular revisão de projeções
Entre dragões de gelo e fogo: Ibovespa inicia semana de olho em dados de inflação e emprego e juras sobre juros
Indicadores de inflação e mercado de trabalho no Brasil e nos EUA ajudam investidores a calibrar perspectivas para os juros
Novo presidente do BC terá “oportunidade imperdível” de subir a Selic e ganhar a confiança do mercado, diz Rogério Xavier, da SPX
Na avaliação do sócio-fundador da SPX, um eventual pequeno ciclo de aumento de juros também traria um saldo positivo para o Brasil