🔴 SAVE THE DATE – 25/11: MOEDA COM POTENCIAL DE 30.000% DE VALORIZAÇÃO SERÁ REVELADA – VEJA COMO ACESSAR

Kaype Abreu
Kaype Abreu
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Colaborou com Estadão, Gazeta do Povo, entre outros.
otimismo em alta

Mercado revisa para cima projeção para o PIB em 2021 e vê ‘efeito cascata’ sobre a economia

Com alta de 1,2% do PIB no primeiro trimestre, grandes bancos falam em avanço de pelo menos 4% da economia neste ano; mercado vê impacto sobre Selic, dólar e bolsa, mas monitora desemprego, risco de crise hídrica e Brasília

Kaype Abreu
Kaype Abreu
1 de junho de 2021
15:59 - atualizado às 18:56
Gráfico de alta das bolsas
Imagem: Shutterstock

A divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre já leva parte do mercado a revisar para cima as projeções de crescimento da economia brasileira em 2021.

O PIB cresceu 1,2% nos três primeiros meses deste ano, na comparação com o trimestre anterior, segundo dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (1). O mercado esperava alta de 0,8%, de acordo com a média das projeções reunidas pela Broadcast.

Com o resultado, o Goldman Sachs revisou a projeção de crescimento do PIB em 2021 de 4,6% para 5,5%. A atualização do JP Morgan foi de avanço de 4,1% para crescimento de 4,9%. Já o Bank of America mudou a projeção de alta de 3,4% para 5,2%.

Por que revisar para cima

Para o economista Alberto Ramos, que assina o relatório do Goldman Sachs, a economia deve se recuperar com o progresso da vacinação no Brasil e gradual reabertura da atividade.

O especialista cita também estímulos ficais renovados, com recuperação da confiança do consumidor e do empresariado, e o cenário externo favorável — com a contínua demanda da China.

Cassiana Fernandez e Vinícius Moreira, do JP Morgan, apontam que os indicadores antecedentes — ferramentas de previsão em diversas frentes econômicas — sugerem uma recuperação no segundo trimestre e um momento positivo "mais prolongado", apesar do recrudescimento da pandemia.

Leia Também

O Brasil registrou nesta segunda (31) mais de duas mil mortes por covid-19, chegando a um total de 461 mil óbitos pela doença. Apenas 10% da população brasileira recebeu a segunda dose da vacina, de acordo com dados reunidos pelo G1.

O que pesa contra

Do lado negativo, Ramos, do Golman Sachs, lembra que o mercado prevê uma alta na taxa básica de juros e inflação avançando — edição mais recente do Focus, do Banco Central, mostra previsão de 5,75% e 5,31% para as taxas, respectivamente, ao final deste ano.

A Selic em alta encarece o crédito, ao passo que a inflação subindo tem impacto em especial sobre os mais pobres, em um momento de desemprego em patamares elevados. Eram 14,8 milhões de brasileiros sem trabalho no final de março, de acordo com o IBGE.

Incerteza política também é citada pelo especialista do Goldman Sachs. Embora o relatório não detalhe a preocupação com Brasília, a relação entre Congresso e Executivo é sempre monitorada pelo mercado.

A frente de disputa mais recente é a CPI da Covid, que apura a omissão do governo federal no combate a pandemia.

O mercado também monitora eventuais problemas na cadeia de suprimentos, o que tem sido comum em todo o mundo — em especial no ramo tecnológico — e o risco de crise hídrica no Brasil.

O governo federal emitiu uma alerta de emergência hídrica na semana passada. Na prática, a produção das usinas hidrelétricas, que representam mais de 60% da matriz elétrica nacional, pode ser afetada.

Impactos na Selic, inflação e contas públicas

Os analistas do Bank of America reviram as projeções também para Selic, déficit fiscal e dólar. David Beker e Ana Madeira, que assinam o relatório do banco, mudaram a estimativa para a taxa básica de juros, ao final deste ano, de 5% para 6%.

"Crescimento mais forte do que o esperado do PIB e inflação persistentemente acima da meta devem pressionar o BC", disseram. Para os economistas, a taxa seguiria no mesmo patamar no próximo ano.

Ao final de 2021, o déficit primário seria de 2,1% do PIB, ante 3,4% na previsão anterior do BofA. Os resultados de janeiro a abril, os melhores para o período desde 2012, são apontados como razão para a mudança de expectativa.

A dívida chegaria a 84,3% do PIB, sendo que o relatório anterior apontava o patamar de 88,9%, por conta também dos gastos públicos contidos, dizem os analistas.

O dólar é visto a R$ 5,20 pelos especialistas. A projeção anterior era de R$ 5,40, sendo que a moeda americana fechou a R$ 5,1460 nesta terça-feira. Beker e Madeira citam a Selic em alta e os preços das commodities como motivadores da revisão.

E a bolsa?

Uma revisão mais consistente dos indicadores deve aparecer na próxima edição do boletim Focus, publicação do Banco Central que reúne as estimativas das principais casas do mercado financeiro.

A edição da última segunda-feira mostrava uma estimativa de alta de 3,9% do PIB neste ano, depois de sucessivas revisões para cima. A edição da próxima semana deve mostrar a faixa de 4% a 5% sendo ocupada, segundo o estrategista da RB Investimentos, Gustavo Cruz.

"O movimento [de revisão das projeções das casas de análise] tem consequências em outras etapas: há um efeito cascata, com os analistas de ações revisando para cima os cenários de suas empresas", diz.

Cruz vê uma valorização dos ativos de maior risco, em uma continuidade do movimento de alta do Ibovespa registrado nos últimos dias. O principal índice da bolsa operava no patamar recorde de 128 mil pontos nesta terça.

A XP Investimentos e o Inter, por exemplo, projetam a bolsa brasileira no patamar de 145 mil pontos e de 142 mil pontos, respectivamente. As estimativas não consideram os dados do PIB desta segunda.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Pacote fiscal do governo vira novela mexicana e ameaça provocar um efeito colateral indesejado

12 de novembro de 2024 - 7:01

Uma alta ainda maior dos juros seria um efeito colateral da demora para a divulgação dos detalhes do pacote fiscal pelo governo

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Prévia do PIB é destaque em semana com feriado no Brasil e inflação nos EUA

11 de novembro de 2024 - 7:03

A agenda econômica da semana ainda conta com divulgação da ata da última reunião do Copom e do relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)

TOUROS E URSOS #197

Renda fixa apimentada: “Têm nomes que nem pagando CDI + 15% a gente quer”; gestora da Ibiuna comenta sobre risco de bolha em debêntures 

9 de novembro de 2024 - 8:00

No episódio da semana do podcast Touros e Ursos, Vivian Lee comenta sobre o mercado de crédito e onde estão os principais riscos e oportunidades

SD Select

Selic sobe para 11,25% ao ano e analista aponta 8 ações para buscar lucros de até 87,5% ‘sem bancar o herói’

8 de novembro de 2024 - 13:44

Analista aponta ações de qualidade, com resultados robustos e baixo nível de endividamento que ainda podem surpreender investidores com valorizações de até 87,5% mais dividendos

ALGUMA COISA ESTÁ FORA DA META

Carne com tomate no forno elétrico: o que levou o IPCA estourar a meta de inflação às vésperas da saída de Campos Neto

8 de novembro de 2024 - 11:27

Inflação acelera tanto na leitura mensal quanto no acumulado em 12 meses até outubro e mantém pressão sobre o BC por mais juros

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Você quer 0 a 0 ou 1 a 1? Ibovespa repercute balanço da Petrobras enquanto investidores aguardam anúncio sobre cortes

8 de novembro de 2024 - 8:17

Depois de cair 0,51% ontem, o Ibovespa voltou ao zero a zero em novembro; índice segue patinando em torno dos 130 mil pontos

ONDE INVESTIR

O que comprar no Tesouro Direto agora? Inter indica títulos públicos para investir e destaca ‘a grande oportunidade’ nesse mercado hoje

8 de novembro de 2024 - 8:02

Para o banco, taxas como as que estamos vendo atualmente só ocorrem em cenários de estresse, que não ocorrem a todo momento

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Jogando nas onze: Depois da vitória de Trump, Ibovespa reage a Copom, Fed e balanços, com destaque para a Petrobras

7 de novembro de 2024 - 8:17

Investidores estão de olho não apenas no resultado trimestral da Petrobras, mas também em informações sobre os dividendos da empresa

A RENDA FIXA VIVE

Com Selic em 11,25%, renda fixa conservadora brilha: veja quanto passa a render R$ 100 mil na sua reserva de emergência

6 de novembro de 2024 - 19:02

Copom aumentou a taxa básica em mais 0,50 ponto percentual nesta quarta (06), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas

POLÍTICA MONETÁRIA

Campos Neto acelerou: Copom aumenta o ritmo de alta da Selic e eleva os juros para 11,25% ao ano

6 de novembro de 2024 - 18:33

A decisão pelo novo patamar da taxa, que foi unânime, já era amplamente esperada pelo mercado

ELEIÇÕES NOS EUA

É a economia, estúpido? Como Trump venceu Kamala mesmo com o PIB dos EUA bombando e o desemprego baixo

6 de novembro de 2024 - 12:32

Percepção dos eleitores norte-americanos é de que a economia dos EUA não vai tão bem quanto alguns indicadores sugerem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Mais rápido do que se imaginava: Trump assegura vitória no Colégio Eleitoral e vai voltar à Casa Branca; Copom se prepara para subir os juros

6 de novembro de 2024 - 8:20

Das bolsas ao bitcoin, ativos de risco sobem com confirmação da vitória de Trump nos EUA, que coloca pressão sobre o dólar e os juros

SD ENTREVISTA

“O Banco Central tem poucas opções na mesa”: Luciano Sobral, da Neo, diz que Copom deve acelerar alta da Selic, mas mercado teme que BC perca o controle da inflação

6 de novembro de 2024 - 7:05

Na visão de Sobral, o Copom deve elevar a Selic em 0,5 ponto percentual hoje, para 11,25% ano

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um rigoroso empate: Americanos vão às urnas para escolher entre Kamala Harris e Donald Trump antes de decisões de juros no Brasil e nos EUA

5 de novembro de 2024 - 8:08

Dixville Notch é uma comunidade de apenas dez habitantes situada no interior de New Hampshire, quase na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá. A cada quatro anos, o povoado ganha holofotes por ser o primeiro a votar nas eleições presidenciais norte-americanas. Os moradores se reúnem à meia-noite, a urna é aberta, os eleitores votam […]

O QUE ESPERAR DO CENÁRIO MACRO

“Campos Neto está certo”: André Esteves, do BTG Pactual, diz que mercado está mais pessimista com o fiscal do que fundamentos sugerem

4 de novembro de 2024 - 17:55

Para o chairman do banco de investimentos, o mercado está “ressabiado” após a perda de credibilidade do governo quanto à questão fiscal

PRÉ-COPOM

Selic deve subir nas próximas reuniões e ficar acima de 12% por um bom tempo, mostra pesquisa do BTG Pactual

4 de novembro de 2024 - 13:39

Taxa básica de juros deve atingir os 12,25% ao ano no início de 2025, de acordo com o levantamento realizado com gestores, traders e economistas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Começa a semana mais importante do ano: Investidores se preparam para eleições nos EUA com Fed e Copom no radar

4 de novembro de 2024 - 8:00

Eleitores norte-americanos irão às urnas na terça-feira para escolher entre Kamala Harris e Donald Trump, mas resultado pode demorar

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Eleições nos EUA dividem espaço com decisão de juros no país; Copom e IPCA são destaque no Brasil

4 de novembro de 2024 - 7:03

A agenda econômica desta semana também conta com dados da balança comercial do Brasil, EUA e China, além da divulgação de resultados do terceiro trimestre de empresas gigantes no mercado

SD Select

Selic: Copom pode subir juros em 0,5% na próxima reunião; como ficam seus investimentos?

2 de novembro de 2024 - 14:00

Decisão acontecerá no dia 6 de novembro; saiba como ajustar sua carteira para se beneficiar do ciclo de alta de juros

TOUROS E URSOS #196

“Fundo do poço tem alçapão”. Mercado perde a paciência com Lula e governo só tem uma saída

2 de novembro de 2024 - 8:00

Com dólar nas alturas e alta de juros no radar, investidor deveria fazer o “básico bem feito”, disse Rafael Fedalto, da Libra Investimentos, ao podcast Touros e Ursos

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar