Paulo Guedes rebate críticas do The Economist contra a gestão de Jair Bolsonaro e condução da economia: ‘Deveria olhar o próprio umbigo’
Em entrevista à Reuters, o ministro da economia ressaltou que a economia deve crescer 5,5% este ano, acima das projeções do mercado
O ministro da Economia, Paulo Guedes, rebateu as críticas do jornal inglês The Economist sobre o aval do chefe da pasta na tentativa do governo de furar o teto de gastos. “O Brasil é melhor que as grandes economias, principalmente o Reino Unido”, afirmou ele em entrevista à Reuters.
Guedes prevê que o PIB deve crescer cerca de 5,5% este ano e pelo menos 1% em 2022, acima das projeções do mercado da última edição do Boletim Focus na última segunda-feira (08), que apontavam para um crescimento de 4,93% em 2021 e mais uma alta de 1% no ano seguinte.
Ao expor as projeções para a economia nacional, o ministro afirma que o jornal deveria olhar "para o próprio umbigo", em referência ao crescimento do Reino Unido. O país viu uma queda de 9,8% do PIB em 2020 e enfrenta uma crise de abastecimento com falta de caminhoneiros para escoar a produção.
Em um artigo publicado na última sexta-feira (12), o The Economist destaca que a gestão do presidente Jair Bolsonaro é nociva não apenas para o meio ambiente, mas para a economia e os direitos humanos. Em um determinado ponto, a publicação cita que o ministro Paulo Guedes tem direcionado o Brasil de volta para uma situação de “incontinência fiscal”.
‘Travessuras orçamentárias’
O artigo ressalta que o drible no teto de gastos são “travessuras orçamentárias” do governo, que provocam ainda mais incertezas no país.
Por outro lado, Guedes acredita que os especialistas podem estar errados mais uma vez sobre o crescimento brasileiro. O ministro afirma que, apesar da pandemia, o país tem uma “forte base fiscal” e projetos para gerar investimentos de até R$ 700 bilhões nos próximos anos.
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Na entrevista, Guedes se mostrou preocupado com os dados da inflação, mas afirmou que o Banco Central já está agindo para evitar que os preços continuem subindo.
Na última quarta-feira (10), o IBGE divulgou o IPCA de outubro, que avançou 1,25%, frente às projeções de alta de 1,06% na mediana das projeções dos analistas ouvidos pelo Broadcast. Em setembro, o índice avançou 1,16%.
Com isso, o índice de preços acumula alta de 10,67% nos últimos 12 meses, contra 10,46% das projeções. O IPCA avança 8,24% em 2021.
*Com informações da Reuters
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