Os maiores vilões da inflação medida pelo IPCA-15, que atinge 0,83% em junho e acumula 8,13% em 12 meses
Preços dos combustíveis voltaram a pesar na inflação, assim como a energia elétrica após o acionamento da bandeira vermelha, segundo o IBGE
A inflação medida pelo IPCA-15, a prévia do índice oficial, acelerou e bateu em 0,83% em junho, de acordo com o IBGE. Embora mais alto, o resultado deste mês não chegou a surpreender e veio dentro do esperado pelo mercado.
Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 8,13%, bem acima do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central para este ano, que é de 5,25%.
Os preços dos combustíveis voltaram a pesar na inflação, assim como a energia elétrica após o acionamento da bandeira vermelha, segundo o IBGE. Confira a seguir quais foram os maiores vilões da inflação em junho:
1 - Transportes
O item que havia dado um alívio no mês de maio voltou a assustar no IPCA-15 de junho, com alta de 1,35%. Quem precisa encher o tanque no posto de gasolina provavelmente sabe do que estou falando.
Os preços dos combustíveis subiram 3,69%, de acordo com o IBGE. A gasolina teve alta de 2,86% em junho e acumula variação de 45,86% nos últimos 12 meses. Os preços do gás veicular (12,41%), do etanol (9,12%) e do óleo diesel (3,53%) também subiram.
Quem procurou comprar um carro novo também deve ter sentido os preços subirem. As altas do automóvel novo (0,47%) e o automóvel usado (0,80%) contribuíram com cerca de 0,03 ponto percentual na inflação do mês.
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Já quem pega transporte público sentiu o aumento do preço do metrô (4,14%) com o reajuste no preço da passagem no Rio de Janeiro em maio. Em ônibus urbano (0,16%), o destaque ainda é o reajuste na tarifa em Salvador, ocorrido em 26 de abril. A única queda ocorreu nas passagens aéreas, de 5,63%.
2 - Habitação
Os preços relacionados à habitação registraram alta ainda maior no IPCA-15, de 1,67%, mas com uma contribuição um pouco menor no índice como um todo em relação ao grupo de transportes.
A grande vilã neste caso foi a energia elétrica (3,85%), após o acionamento da bandeira vermelha patamar 2 em junho.
Além da energia, os consumidores pagaram mais por serviços de água e esgoto (2,45%), com reajustes em São Paulo e Curitiba. Já em Brasília, houve uma queda de 2,74% no valor das tarifas.
O gás encanado registrou uma alta 5,20%, de acordo com o IBGE, após reajustes promovidos no Rio de Janeiro, Curitiba (3,88%) e São Paulo.
3 - Alimentação
Os preços da alimentação em casa registraram uma alta menor em junho, de 0,15%. Veja a seguir a variação dos principais itens:
- frutas (-6,44%)
- batata-inglesa (-9,41%)
- cebola (-10,32%)
- arroz (-1,91%)
- carnes (1,14%)
- leite longa vida (2,57%)
- queijo (1,99%)
O problema é que essa desaceleração foi compensada pelo preço maior para comer fora de casa, cuja alta foi de 1,08% no IPCA-15 de junho.
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4 - Saúde e cuidados pessoais
A alta dos preços para cuidar da saúde e cuidados pessoais (0,53%) foi menor em relação a maio (1,23%), segundo o IBGE.
A desaceleração ocorreu em razão dos produtos farmacêuticos, que subiram 0,68%, contra 2,98% no mês anterior, na esteira do reajuste de até 10,08% dos medicamentos em abril. Além disso, a alta dos itens de higiene pessoal (0,37%) também foi menor que a registrada em maio.
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