Preocupado com o Bitcoin e outras criptomoedas? Pois a Nvidia mostra que o mercado está aquecido
Os processadores para mineração de criptomoedas, chamados de CMP, em inglês, foram desenvolvidos para encerrar a competição entre mineradores e gamers

O universo das criptomoedas muitas vezes parece apartado do resto do mercado financeiro. Ainda é difícil determinar correlações entre ativos "tradicionais" e o bitcoin, por exemplo — e uma das poucas pontes que conecta os dois mundos se abriu hoje: a Nvidia.
A fabricante de chips e placas de vídeo divulgou seus números do primeiro trimestre de 2021, mostrando forte crescimento na receita e bom desempenho em todas as unidades de negócio. E a própria companhia admite, ainda que num tom hesitante: as criptomoedas são parte importante do resultado.
E não, não estamos falando de algum investimento feito pela empresa em bitcoin ou outras moedas digitais. O que acontece é que a mineração de criptoativos depende de certos processadores e componentes gráficos — e a Nvidia é especialista exatamente nessas áreas.
Vamos aos números: a receita líquida da Nvidia chegou a US$ 5,66 bilhões, cifra recorde para um primeiro trimestre e que marca um aumento de 84% na base anual. O lucro líquido mais que dobrou, para US$ 1,91 bilhão.
Mas o que realmente importa para o mercado de criptomoedas é o comportamento das unidades de negócio da Nvidia. A divisão de 'gaming' — que engloba as placas de vídeo, computadores, laptops e videogames —respondeu, sozinha, por US$ 2,76 bilhões, alta de 106% em um ano.
Mas… E daí? Qual a relação entre games e criptomoedas?
Leia Também
Nvidia e a demanda elevada
Sem entrar em grandes detalhes técnicos, mas, resumidamente: a mineração de Bitcoin e outras moedas digitais exige computadores rápidos e processadores bastante específicos — e essas peças fazem parte das placas de vídeo de última geração da Nvidia.
A família de placas gráficas mais avançada da companhia é a GeForce RTX 30 — o modelo mais potente é vendido por US$ 1.500. E por mais que os gamers sejam o público-alvo, os mineradores também são fortes compradores.

Ou seja: estamos falando de um produto caro e que tem demanda elevada — a combinação dos sonhos para qualquer empresa
"Continuamos a nos beneficiar das vendas elevadas das placas GeForce RTX 30. Acreditamos que a divisão gaming também foi beneficiada pela demanda de mineração de criptomoedas, apesar de ser difícil de determinar qual a extensão desse efeito".
Bitcoin, criptomoedas, games e Nvidia
Essa competição com os mineradores causa certo desconforto na comunidade gamer, uma vez que a demanda alta tem inflacionado o preço das placas de vídeo — ou, até mesmo, gerado escassez do produto.
Para colocar panos quentes na briga, a Nvidia adotou uma solução parcial: lançou uma linha de chips voltados exclusivamente à mineração de criptomoedas, chamada de CMPs — uma tentativa de encerrar a competição.
As vendas desses chips para mineração são catalogadas em outra divisão da companhia: a de equipamentos originais. E ela também cresceu num ritmo acelerado no trimestre, anotando receita líquida de US$ 327 milhões, alta de 137% em um ano.
E, segundo a própria Nvidia, os CMPs corresponderam a US$ 155 milhões de vendas da companhia no primeiro trimestre do ano. Mais que isso: a empresa espera que as vendas desses chips cheguem a US$ 400 milhões no segundo trimestre, mostrando uma expectativa de aquecimento contínuo do mercado de criptomoedas.
O CEO da Nvidia, Jensen Huang, insiste que o principal negócio da empresa é hardware de jogos para PC. Ele espera que os mineradores de criptomoeda fiquem com os produtos CMP da Nvidia em vez das placas de vídeo GeForce.
"O que esperamos é que os CMPs satisfaçam os mineiros e permaneçam nas minas profissionais", disse Huang, acrescentando que "o CMP rende melhor e a produção deles não prejudica o fornecimento da GeForce. Portanto, protege o fornecimento para os jogadores”.
Crise de chips
Não apenas a Nvidia, mas outras empresas como Advanced, Intel e Qualcomm também viram os chips sumirem dos estoques. Apesar de o bitcoin (BTC) ter o maior retorno, a mineração dessa criptomoeda exige computadores e todo um aparato tecnológico (chamado de Rig) muito avançado.
Já a ethereum (ETH) exige menos poder computacional e energia, o que atraiu muitas pessoas para a mineração dentro de casa. Enquanto um rig de mineração de bitcoin ultrapassa facilmente os US$ 45 mil, a mesma máquina para o éter está na faixa entre US$ 25 mil e US$ 40 mil.
Além disso, com a recente atualização da Ethereum para o Ethereum 2.0, será necessário um poder computacional ainda menor. Ou seja, um CPU mais simples (e mais barato) poderá ser usado para essa atividade.
Concretamente
O mercado vê com olhos ressabiados o avanço das criptomoedas. A alta volatilidade e o impacto ambiental são dois pontos que limitam a adoção ampla dos criptoativos pelos investidores tradicionais.
Com isso, durante os primeiros minutos do pregão, as ações da Nvidia (NVDA) chegaram a subir no pré-mercado, mas inverteram e estão em queda de 0,23%. Na direção oposta, quem está se beneficiando do noticiário são as criptomoedas.
O bitcoin (BTC) avançava 2,88%, aos US$ 40.287,72, por volta das 11h30, enquanto o ethereum (ETH) subia 3,68%, cotado a US$ 2.862,23 no mesmo horário.
*Com informações do Decrypt.co e Market Watch
Selic abaixo dos 15% no fim do ano: Inter vai na contramão do mercado e corta projeção para os juros — mas os motivos não são tão animadores assim
O banco cortou as estimativas para a Selic terminal para 14,75% ao ano, mas traçou projeções menos otimistas para outras variáveis macroeconômicas
Ultrapar (UGPA3) pretende investir até R$ 2,5 bilhões em 2025 – e a maior parte deve ir ‘lá para o posto Ipiranga’
Plano apresentado pela Ultrapar (UGPA3) prevê investimentos de até R$ 2,542 bilhões este ano, com 60% do valor destinados à expansão do grupo
O raio-x da Moody’s para quem investe em empresas brasileiras: quais devem sofrer o maior e o menor impacto dos juros altos
Aumento da Selic, inflação persistente e depreciação cambial devem pressionar a rentabilidade das companhias nacionais em diferentes graus, segundo a agência de classificação de risco
Em mais uma etapa da reestruturação financeira, Azul (AZUL4) aprova aumento de capital em até R$ 6,1 bilhões – mercado reage e ação cai
Conselho de administração da Azul aprova aumento de capital da companhia em até R$ 6,1 bilhões; ação fica entre maiores quedas do Ibovespa nesta manhã (5)
Ações do Magazine Luiza (MGLU3) saltam 10% com Ibovespa nas alturas. O que está por trás da pernada da bolsa hoje?
Por volta das 15h08, o principal índice de ações da B3 subia 2,78%, aos 126.861 pontos, com as ações cíclicas dominando a ponta positiva
Até quando Galípolo conseguirá segurar os juros elevados sem que Lula interfira? Teste de fogo do chefe do BC pode estar mais próximo do que você imagina
Para Rodrigo Azevedo, Carlos Viana de Carvalho e Bruno Serra, uma das grandes dúvidas é se Galípolo conseguirá manter a política monetária restritiva por tempo suficiente para domar a inflação sem uma interferência do governo
“Piquenique à beira do vulcão”: o que Luis Stuhlberger tem a dizer sobre o fiscal, inflação e juros no Brasil antes da reunião do Copom
Para o gestor da Verde Asset, o quadro macro do país nunca esteve tão exacerbado, com uma dívida pública crescente, inflação elevada, juros restritivos e reservas de dólar encolhendo
‘Se você errou todos os números da Mega-Sena, mesmo assim pode ficar milionário’: conheça a criptomoeda que pode disparar até 4.900%
Criptomoeda faz parte de setor que já entregou valorizações de até 500.000% em apenas 3 meses, mas economista brasileiro acredita que há mais lucro no horizonte
O fim do ‘sonho grande’ da Cosan (CSAN3): o futuro da empresa após o fracasso do investimento na Vale e com a Selic em 15%
A holding de Rubens Ometto ainda enfrenta desafios significativos mesmo após zerar a participação na Vale. Entenda quais são as perspectivas para as finanças e as ações CSAN3 neste ano
A partir de 27 de janeiro, uma criptomoeda ligada à inteligência artificial pode valorizar até 4.900% em semanas, aponta especialista brasileiro
Especialista em criptoativos aponta oportunidade de investimento em criptomoeda recém-lançada no mercado e que ainda não recebeu nenhuma recomendação de compra no Brasil
Inteligência artificial e criptoativos: a nova ‘onda’ que pode entregar ganhos surreais em 2025; conheça o ativo que chamou a atenção de especialista
Saiba como um único projeto recém-lançado já explodiu +1.000% e tem potencial de valorizar até 4.900% em 2025
‘Cripto como nunca vimos antes’: por que a posse de Trump pode ser a ‘virada de chave’ para o Bitcoin e outras moedas?
Algumas criptomoedas menos conhecidas podem valorizar exponencialmente em pouco tempo, afirma especialista
‘Não dá para ficar de fora dessa tríade’: Marcello Cestari, da Empiricus Gestão, apontou as 3 criptomoedas mais promissoras do ano durante o Onde Investir em 2025
Marcello Cestari, analista de criptoativos da Empiricus Gestão, foi um dos convidados do painel sobre criptomoedas do evento “Onde Investir em 2025”, organizado pelo Seu Dinheiro
O Grand Slam do Seu Dinheiro: Vindo de duas leves altas, Ibovespa tenta manter momento em dia de inflação nos EUA
Além da inflação nos EUA, Ibovespa deve reagir a Livro Bege do Fed, dados sobre serviços e resultado do governo
É hora de se preparar para o bear market na bolsa brasileira: BTG revela 6 ações domésticas para defender a carteira
O banco cita três passos para se posicionar para o mercado de baixa nos próximos meses: blindar a carteira com dólar e buscar ações de empresas com baixa alavancagem e com “beta” baixo
Dólar vai acima de R$ 7 ou de volta aos R$ 5,20 em 2025: as decisões do governo Lula que ditarão o futuro do câmbio no ano que vem, segundo o BTG
Na avaliação dos analistas, há duas trajetórias possíveis para o câmbio no ano que vem — e a direção dependerá quase que totalmente da postura do governo daqui para frente
Ninguém escapa da Selic a 12,25%: Ações do Carrefour (CRFB3) desabam 10% e lideram perdas do Ibovespa, que cai em bloco após aperto de juros pelo Copom
O desempenho negativo das ações brasileiras é ainda mais evidente entre as empresas cíclicas e companhias que operam mais alavancadas
Com País politicamente dividido, maioria não acredita no pacote fiscal e visão de melhora da economia cai, diz pesquisa Quaest sobre governo Lula
A Genial/Quaest entrevistou 8.598 brasileiros de 16 anos ou mais entre 4 e 9 de dezembro. A margem de erro é de 1 ponto porcentual e o nível de confiabilidade, de 95%
Por que os R$ 70 bilhões do pacote de corte de gastos são “irrelevantes” diante do problema fiscal do Brasil, segundo o sócio da Kinea
De acordo com Ruy Alves, gestor de multimercados da Kinea, a desaceleração econômica do Brasil resultaria em uma queda direta na arrecadação, o que pioraria a situação fiscal já deteriorada do país
‘Pacote fiscal de Bitcoin’? Enquanto medida de Haddad decepciona no Brasil, Senado dos EUA quer proteger a economia usando criptomoedas
Iniciativa legislativa de senadora americana tem efeitos semelhantes ao nosso pacote fiscal, mas pode ser um divisor de águas no mercado de criptomoedas