🔴 GANHOS DE ATÉ R$ 1.000 POR HORA? ESTE MÉTODO PODE GERAR RENDA DE 7 DÍGITOS POR MÊS – CONHEÇA

Estadão Conteúdo
Tema sensível

Ex-integrantes de equipes econômicas defendem retirar precatórios do teto

A PEC foi a solução encontrada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, depois que o Judiciário apresentou uma despesa de R$ 89 bilhões com pagamento dessas sentenças judiciais em 2022 – gasto que o governo afirma não ter como acomodar no Orçamento sem comprometer as políticas públicas.

Estadão Conteúdo
29 de agosto de 2021
7:57 - atualizado às 7:58
Congresso Nacional Governo
Imagem: Shutterstock

Pedro Parente, Eduardo Guardia, Mansueto Almeida, Amaury Bier e Carlos Kawall. Esse time composto por ex-integrantes de equipes econômicas de governos anteriores defende a retirada parcial ou integral dos precatórios (dívidas judiciais que a União é obrigada a quitar) do teto de gastos para evitar a moratória e o aumento da insegurança jurídica.

Para eles, há riscos no parcelamento em até dez anos dos precatórios incluído numa Proposta de Emenda Constitucional (PEC) enviada pelo governo ao Congresso, que enfrenta resistências e tem gerado turbulências no mercado.

A PEC foi a solução encontrada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, depois que o Judiciário apresentou uma despesa de R$ 89 bilhões com pagamento dessas sentenças judiciais em 2022 - gasto que o governo afirma não ter como acomodar no Orçamento sem comprometer as políticas públicas.

Entre as soluções consideradas possíveis, está a de retirar do alcance do teto (a regra que limita o avanço das despesas à inflação e é a âncora do governo para indicar sustentabilidade das contas) apenas o "excesso" de crescimento das dívidas judiciais, isto é, os cerca R$ 30 bilhões de aumento acima do previsto para 2022, mantendo uma regra semelhante para anos seguintes. Outra opção é retirar toda a despesa com precatórios do teto e recalcular o limite desde a sua origem, em 2016.

"O precatório é uma dívida e ponto final. O parcelamento não resolve. A ideia de retroagir é boa", diz Pedro Parente, ex-ministro do Planejamento, da Casa Civil e ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda no governo FHC. Ele observa que as despesas do governo são apuradas pelo regime de competência, com registro de lançamento na hora que o evento acontece. "Se o regime é de competência para as despesas, o parcelamento não muda nada. Tem de reconhecer a despesa imediatamente", explica Parente, atual presidente do conselho de administração da BRF.

Ex-ministro da Fazenda no governo Temer, Eduardo Guardia considera que, dada a magnitude do aumento de precatórios, a melhor solução é que essa despesa saia do teto. Segundo ele, ao retirar a despesa de precatório do teto, o mesmo tem de ser reduzido. "O ideal seria pelo valor médio anual efetivamente pago de precatório nos últimos anos, sem considerar o crescimento esperado para 2022", diz. Segundo Guardia, quando o teto foi criado, a dívida de precatórios estava numa evolução compatível com o crescimento da despesa pública e se achava que fazia sentido que esse gasto ficasse dentro da regra. "O teto de gastos é um instrumento muito importante que criamos para conter as despesas correntes do governo para não sair aumentando salário, aumentando gasto de custeio."

Leia Também

Sócio da Gávea e ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, Amaury Bier diz que o parcelamento é uma "pseudo-solução" inapropriada para acomodar a conta de R$ 89 bilhões. Na sua avaliação, não faz sentido do ponto de vista econômico a União pagar um pedaço dessa dívida e se endividar para parcelar o restante, ao invés de pagar 100% do débito e se endividar do mesmo jeito. "Para que fazer essa confusão? É só para dizer que 'estou aqui cumprindo o teto?' Para quê?".

Diretor do ASA Investments e ex-secretário do Tesouro no governo Lula, Carlos Kawall também defende uma solução alternativa que não passe pela criação de um fundo de ativos para quitar os precatórios, previsto na PEC, e pelo parcelamento, mesmo que, excepcionalmente, exista algum espaço extra teto, "de preferência de forma temporária".

Outro ex-secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, em artigo no Brasil Journal, recomendou uma solução negociada, e não imposta com uma regra permanente como a PEC do governo. "Apesar da boa intenção do governo ao propor a criação de um fundo com a receita de privatizações e concessões para pagar precatórios que seriam parcelados, essa proposta tem contribuído muito mais para o aumento da incerteza e risco fiscal", escreveu Mansueto, que hoje é economista-chefe do BTG.

De acordo com Thiago Pessoa, responsável pelas mesas de operações do banco Morgan Stanley para América Latina, do ponto de vista dos investidores, o parcelamento dos precatórios da forma como está sendo proposto é visto em qualquer lugar do mundo como uma moratória. "Cria uma percepção institucional, no ano de véspera de eleição, muito ruim para o mercado brasileiro", diz. Para ele, esse é um gasto imprevisível e, desde lá atrás, talvez não devesse ter ficado dentro do teto. Entre as alternativas que estão na mesa, o economista considera que retirar do teto o que exceder 2,6% de receita corrente líquida seria uma opção na "escolha de Sofia" que tem de ser feita pelo governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
MACROECONOMIA EM FOCO

Brasil com grau de investimento, mais uma revisão positiva do PIB e inflação dentro da meta? Tudo isso é possível, segundo Haddad 

14 de outubro de 2024 - 14:17

O ministro da Fazenda admitiu em evento nesta segunda-feira (14) que o governo pode revisar mais uma vez neste ano a projeção para o Produto Interno Bruto de 2024

Cenário macro

Selic de dois dígitos será mais norma que exceção, diz economista do Citi; como os bancões gringos veem juros e inflação no Brasil?

7 de outubro de 2024 - 16:20

Cautela do Banco Central em relação à pressão inflacionária é bem vista por economistas do Citi, do JP Morgan e do BofA, que deram suas projeções para juros em 2024 e 2025

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Brasil com grau de investimento: falta apenas um passo, mas não qualquer passo

2 de outubro de 2024 - 14:40

A Moody’s deixa bem claro qual é o passo que precisamos satisfazer para o Brasil retomar o grau de investimento: responsabilidade fiscal

AVALIAÇÃO DO GOVERNO

Para 41%, economia brasileira piorou no último ano sob governo Lula, segundo pesquisa Genial/Quaest

2 de outubro de 2024 - 8:17

A pesquisa foi feita em setembro de 2024 com dois mil entrevistados e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos

APAGA A LUZ

Largada com bandeira vermelha: outubro começa com conta de energia elétrica mais cara a partir de hoje

1 de outubro de 2024 - 14:14

A medida eleva o preço para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos passa de R$ 4,463 para R$ 7,877

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O Fim do Brasil não é o fim da História – e isso é uma má notícia

24 de setembro de 2024 - 20:01

Ao pensar sobre nosso país, tenho a sensação de que caminhamos para trás. Feitos 10 anos do Fim do Brasil, não aprendemos nada com os erros do passado

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Qual é a exata distância entre 25 e 50 bps?

18 de setembro de 2024 - 12:18

Em mais uma Super Quarta, os bancos centrais do Brasil e dos EUA anunciam hoje o futuro das taxas básicas de juros

REPORTAGEM ESPECIAL

O que pensam os “tubarões” do mercado que estão pessimistas com a bolsa — e o que pode abrir uma nova janela de alta para o Ibovespa 

17 de setembro de 2024 - 6:04

Após o rali em agosto, grandes gestoras do mercado aproveitaram para mexer nas posições de seus portfólios — e o sentimento negativo com a bolsa brasileira domina novas apostas dos economistas

VOLATILIDADE ATACA

‘Crise de depreciação’ do real tem dois ‘vilões’, segundo o BIS – mas a moeda brasileira não é a única a perder para o dólar

16 de setembro de 2024 - 14:40

O ‘banco central dos bancos centrais’ defende que as incertezas na economia dos Estados Unidos impactaram os ativos financeiros de países emergentes nos últimos meses

VISÃO DO GESTOR

O Ibovespa vai voltar a bater recordes em 2024? Na contramão, gestora com R$ 7 bi em ativos vê escalada da bolsa a 145 mil pontos e dólar a R$ 5,30

13 de setembro de 2024 - 6:11

Ao Seu Dinheiro, os gestores Matheus Tarzia e Mario Schalch revelaram as perspectivas para a bolsa, juros e dólar — e os principais riscos para a economia brasileira

POLÍTICA MONETÁRIA

O Copom “errou a mão” nas decisões de juros? Diretor do Banco Central revela perspectivas sobre Selic, inflação e intervenções no câmbio

5 de setembro de 2024 - 17:53

Segundo Diogo Guillen, a visão do Copom não mudou em relação a fazer o que for necessário para convergir a inflação à meta de 3% ao ano

FUTURO DOS JUROS

Novo presidente do BC terá “oportunidade imperdível” de subir a Selic e ganhar a confiança do mercado, diz Rogério Xavier, da SPX

20 de agosto de 2024 - 18:54

Na avaliação do sócio-fundador da SPX, um eventual pequeno ciclo de aumento de juros também traria um saldo positivo para o Brasil

Market Makers

Paulo Guedes tem um sopro de esperança para o Brasil

30 de julho de 2024 - 19:51

Ex-ministro da Economia explica por que acredita que o mundo vai voltar os olhos para o país

ECONOMIA BRASILEIRA

Governo está comprometido com déficit fiscal zero em 2025 — mas Brasil precisa gastar “o necessário”, afirma Simone Tebet 

18 de julho de 2024 - 11:37

Em entrevista, ministra do Planejamento e Orçamento reforçou a importância de zerar o déficit no ano que vem, mas disse que o Executivo precisa garantir as políticas sociais

MOEDA EM ALTA

Dólar em disparada: real está sofrendo com ataque especulativo ou a culpa é mesmo do presidente Lula?

3 de julho de 2024 - 14:37

Desde o começo do ano, a valorização da moeda norte-americana é da ordem de quase 15%, segundo o Tradingview

TENSÃO RENOVADA

Dólar sobe a R$ 5,65: As falas de Lula sobre Campos Neto, Banco Central e a Selic que levaram a moeda ao maior patamar em 2 anos

1 de julho de 2024 - 17:38

Nesta manhã, Lula aproveitou uma entrevista à Rádio Princesa para tecer novos comentários sobre o BC e o panorama brasileiro de juros e inflação

Giro do Mercado

Veja quais são os dois pontos fundamentais para o mercado voltar a pensar em novos cortes na Selic no 2º semestre

26 de junho de 2024 - 17:18

Segundo o head de renda fixa da Prosperidade Investimentos, Fernando Lourençon, atitude concreta do governo com relação aos gastos e queda de juros nos EUA são fundamentais para melhorar o ânimo local

PROCESSO SUCESSÓRIO

Sucessão de Campos Neto no BC assusta parte do mercado — mas CEO do Bradesco (BBDC4) “não perde o sono” com a transição 

25 de junho de 2024 - 16:05

Em evento, Marcelo Noronha ainda revelou as perspectivas para o futuro dos juros no Brasil e o que espera para a situação fiscal do país

AJUDA AO GOVERNO

Dividendos pingando na conta do Tesouro: BNDES eleva pagamento de proventos para 50% — e cifra deve chegar a R$ 16 bilhões

12 de junho de 2024 - 19:30

Aumento do percentual de pagamento de dividendos de 25% para 50% não deve reduzir os desembolsos do banco, segundo Aloizio Mercadante

ECONOMIA BRASILEIRA

Corte de gastos: Presidente do BNDES defende crescimento da economia para resolver crise fiscal

8 de junho de 2024 - 17:13

Aloizio Mercadante defendeu que o corte de gastos públicos pedido pelo mercado seja criterioso para não comprometer o crescimento do país

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar