Dividendos: Raízen paga R$ 168,1 milhões em juros sobre capital próprio
O pagamento é referente ao período compreendido entre 1º de julho e 30 de setembro de 2021, segundo a companhia; confira os detalhes
A Raízen (RAIZ4) deliberou a declaração de dividendos em forma de juros sobre capital próprio no montante bruto de R$ 168,1 milhões, equivalente ao valor de R$ 0,016239073 por ação.
O pagamento é referente ao período compreendido entre 1º de julho e 30 de setembro de 2021, segundo a companhia. O provento terá como base de cálculo a posição acionária de 5 de outubro, considerando um total de 10.352.509.484 de ações de emissão da companhia.
As ações serão negociadas “ex JCP” a partir do dia 06 de outubro de 2021 (inclusive), segundo a Raízen. O pagamento dos dividendos ocorrerá em data a ser definida e divulgada pela diretoria da companhia.
Os juros serão imputados aos dividendos mínimos obrigatórios do exercício social que se encerrará em 31 de março de 2022, segundo a empresa.
O pagamento dos juros sobre capital próprio estará sujeito à incidência de 15% (quinze por cento) de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), na forma da legislação vigente, exceto para os acionistas que se declararem imunes ou isentos.
Raízen para além dos dividendos
O BTG Pactual, o Bank of America (BofA) e o Credit Suisse iniciaram a cobertura das ações da Raízen (RAIZ4), no início deste mês. Os três bancos participaram da coordenação da oferta pública inicial (IPO) da empresa, que veio a mercado em agosto, e começaram a cobertura com recomendação de compra, como é de praxe nessas situações.
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O UBS, outro banco que participou o IPO, também iniciou a cobertura da Raízen com recomendação de compra. O BofA retomou a cobertura de Cosan (CSAN3) com recomendação de compra, e as ações da empresa controladora da Raízen avançaram mais de 3,89% hoje, a R$ 22,70.
A Raízen (RAIZ4) é produtora de açúcar e etanol, geradora de energia a partir de biomassa e dona da rede de postos de combustíveis Shell.
A empresa holandesa controla a companhia junto com a Cosan. A joint venture efetuou o IPO justamente para captar recursos para investir em fontes de energia renovável, sobretudo a produção de etanol de segunda geração (produzido a partir do bagaço da cana de açúcar).
Veja a seguir o preço-alvo e o comentário dos três bancos sobre as ações da Raízen (RAIZ4)
BTG Pactual
Recomendação: compra
Preço-alvo (em 12 meses): R$ 11
Potencial de alta: 58%
Em um relatório de 48 páginas, o BTG Pactual discute "o quanto a proposta de valor da Raízen difere daquela de seus pares". O banco diz acompanhar a companhia há dez anos e visualizar agora um ciclo de crescimento de dez anos, com o potencial de triplicar o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês).
"Escala inigualável, cultura corporativa forte e um sonho grande" são as qualidades da companhia destacadas pelo BTG. Segundo o banco, após a aquisição da Biosev, a escala da Raízen se tornou difícil de igualar, devido a uma verticalização única no setor. A maturação de novas tecnologias, dizem os analistas, podem permitir a extração de cerca de 30% mais valor de sua vasta capacidade de processamento de cana de açúcar.
Segundo os analistas, apenas o Ebitda do segmento de renováveis deve ver um crescimento de 50% em dez anos. Eles também destacam a maior propensão do mercado atual a pagar por combustíveis menos poluentes e do potencial do carbono de se tornar uma nova commodity, para que companhias possam reduzir seu impacto ambiental.
"Compre Raízen hoje, receba os próximos dez anos de graça", diz o relatório. Os analistas do BTG acreditam que o preço da ação hoje basicamente reflete o portfólio atual, ignorando o valor dos novos projetos, mesmo os de curto prazo.
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Bank of America (BofA)
Recomendação: compra
Preço-alvo: R$ 12
Potencial de alta: 72%
O BofA prevê uma Taxa de Crescimento Anual Composta (CAGR, na sigla em inglês) de 10% para o Ebitda da Raízen de 2022 a 2025, além de destacar que o balanço sólido da companhia e forte geração de caixa devem resultar em dividendos sustentáveis.
Os analistas acreditam que os resultados da companhia devem melhorar consideravelmente nos próximos dois ou três anos, puxados por maiores volumes de cana processados, preços das commodities sustentados em patamares elevados, uma boa estratégia de precificação e ganhos de participação de mercado e melhora das margens no negócio de distribuição de combustíveis.
VÍDEO: Veja o que pensa a analista Larissa Quaresma sobre a Raízen, neste vídeo gravado na época do IPO:
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