Correndo na subida: Veja por que ação do IRB (IRBR3) bateu sua mínima histórica após balanço
Analistas enxergam muitas dificuldades para resseguradora apresentar uma recuperação mais consistente, e por isso, preferem manter cautela
O histórico do IRB Brasil Re (IRBR3) como empresa privatizada e de capital aberto inclui forte e rápida valorização da ação, fraudes contábeis para “inflar” o balanço e uma desvalorização difícil de brecar. Hoje, esta última parte teve mais um capítulo.
Ao bater os R$ 5,05 nas mínimas de hoje, IRBR3 chegou na sua cotação mínima histórica. Isso depois dos resultados do segundo trimestre de 2021, apresentados na noite de ontem pela empresa.
Perto das 15 horas, a ação caía cerca de 5%, em uma cotação mais próxima de R$ 5,20. Em 2021, o papel apresenta recuo próximo de 35%.
E os analistas não demonstram qualquer animação em relação à capacidade do IRB de alterar esse cenário.
O que pensa o mercado
Segundo levantamento da plataforma TradeMap, a maioria dos analistas que cobrem IRB recomendam a venda da ação. O preço-alvo médio é de R$ 7.
Sobre os resultados do segundo trimestre, o BTG Pactual admite que a administração atual, que assumiu depois da empresa ter apurado as fraudes contábeis que vieram à tona no começo de 2020, tem feito um bom trabalho para recuperar a “saúde” do IRB.
“Sim, a liquidez melhorou, a empresa está bem capitalizada e tem conseguido gerar caixa nos últimos trimestre. Mas o processo de reestruturação da carteira não é um caminho fácil ou rápido”, dizem os analistas do BTG.
A nova administração da resseguradora resolveu fazer uma revisão em suas carteiras, especialmente no exterior, o que tem provocado quedas nos prêmios fora do Brasil. No segundo trimestre, o recuo foi superior a 30%.
Veja no vídeo uma ação que tem bom potencial de retorno para sua carteira:
E o futuro?
O horizonte de recuperação da lucratividade para o IRB ainda está distante, segundo o BTG. “A imagem e a ação da empresa ainda estão em reconstrução, e pelo ponto de vista da liquidez e da solvência, a empresa parece bem”, diz o banco.
Mas mesmo depois de toda essa queda recente, para o BTG, o preço da ação ainda não está atraente para o investidor. Por isso, mantém a recomendação Neutra, com preço-alvo de R$ 7,20.