Câmara aprova resolução de Orçamento que abre caminho para pacote fiscal de Biden
Biden disse que espera o apoio de alguns republicanos no pacote de estímulos, mas novamente indicou que os democratas seguiriam em frente sem o apoio bipartidário.
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou a resolução orçamentária que abre caminho para a ratificação do pacote de estímulos fiscais de US$ 1,9 trilhão, proposto pelo governo de Joe Biden, à medida que o presidente americano se reunia com lideranças democratas da Câmara e legisladores movem o foco para a elaboração dos detalhes do pacote de apoio. A decisão da Câmara vem após o Senado americano aprovar o dispositivo.
A votação, que terminou em 219 a favor e 209 contra o dispositivo, marcou mais um passo na reconciliação do orçamento, um processo que permitiria aos democratas aprovar o pacote de ajuda por maioria simples, sem o apoio republicano no Senado.
Agora, os democratas se voltarão para acertar os detalhes do pacote ao longo de várias semanas, incluindo decidir quem terá direito a pagamentos diretos de US$ 1,4 mil e se aumentará ou não o salário mínimo para US$ 15 por hora.
Durante a reunião na Casa Branca, os líderes dos comitês da Câmara apresentaram vários elementos do projeto. O deputado democrata Richard Neal, presidente do Comitê de Formas e Meios, disse que o grupo discutiu quem deveria receber os cheques previstos no plano. Biden indicou que está aberto a direcionar os cheques de forma mais restrita.
O último relatório de emprego, divulgado nesta sexta-feira, mostrou que o mercado de trabalho permaneceu fraco, com a economia dos EUA criando 49 mil novos empregos em janeiro, depois que a folha de pagamento caiu drasticamente em dezembro. Biden disse que espera o apoio de alguns republicanos no pacote de estímulos, mas novamente indicou que os democratas seguiriam em frente sem o apoio bipartidário.
"Existem algumas pessoas realmente excelentes que querem fazer algo. Mas eles simplesmente não estão dispostos a ir tão longe quanto eu acho que temos que ir", afirmou Biden.
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