BNDES embolsa R$ 11 bi com venda das últimas ações que detinha na Vale
Desde agosto do ano passado, a instituição financeira vendeu um total de R$ 24 bilhões em ações da mineradora.

Em mais um passo para a desvinculação entre a Vale e o poder público, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) zerou sua participação acionária na mineradora, em operações que, desde o início de 2021, somaram R$ 11,2 bilhões na Bolsa paulista.
Leia também:
- Braskem dispara 8% e lidera altas do Ibovespa com proximidade de acordo com governo mexicano
- Aeris tem forte alta após anúncio de venda de pás eólicas para Siemens
- Após ver alta de 9 vezes na receita com Bitcoin, empresa de CEO do Twitter aumenta posição no ativo
Desde agosto do ano passado, a instituição financeira vendeu um total de R$ 24 bilhões em ações da mineradora. Parte relevante dessa venda foi possível após o fim do acordo de acionistas da Vale, ao qual o banco estava vinculado, e que se encerrou em novembro de 2020. "A venda de Vale foi basicamente encerrar um processo de privatização que começou há 23 anos", disse o diretor de privatizações do banco de fomento, Leonardo Cabral.
Agora, a única presença do banco de fomento na companhia é por meio de títulos que foram originados com a privatização, realizada em 1997. O banco tem mais R$ 6 bilhões dessas debêntures participativas nos direitos minerais da empresa. Essa venda está planejada ainda para o primeiro semestre, de acordo com Cabral.
Por se tratar de um instrumento diferente no mercado, o processo precisa ser feito com mais calma, para que os investidores entendam exatamente do que se trata esse título. "É a primeira oferta de um ativo desse tipo no Brasil", explica o executivo.
O BNDES conseguiu aproveitar o fato de que a ação da Vale está nas máximas históricas, consequência direta da alta do preço do minério de ferro, na esteira do salto dos valores das commodities como um todo. Em 12 meses, o valor da ação da mineradora praticamente dobrou de preço. O resultado é que hoje a Vale é a empresa mais valiosa da Bolsa brasileira, avaliada em mais de R$ 500 bilhões.
Leia Também
Após a despedida do banco público, o governo federal ainda tem participação indireta na Vale, por meio dos fundos de pensão Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), Petros (da Petrobras) e Funcef (da Caixa Econômica Federal). Somente a Previ tem uma fatia de um pouco mais de 10% da mineradora - as outras duas fundações têm participações bem menores.
Cronograma
O movimento de desinvestimentos do banco de fomento tem sido intenso. Ao longo de um pouco mais de um ano ao longo da gestão de Gustavo Montezano, a carteira de renda variável da instituição financeira, que tinha grande concentração das chamadas "campeãs nacionais", foi reduzida em R$ 65 bilhões.
Além de Vale, foram vendidas as ações com direito a voto (ordinárias) na Petrobras, a participação na Marfrig, na Suzano, na AES Tietê e metade da fatia que o banco tinha na Klabin.
Além das ações remanescentes na fabricante de papel, a próxima venda deverá ser da fatia na empresa do setor elétrico Copel. Já a participação ainda detida na Petrobras, por meio das ações sem direito ao voto (preferenciais), e a fatia no frigorífico JBS não estão no radar imediato e devem ocorrer mais adiante, comenta Cabral.
As ações detidas na Eletrobras, outro ativo na carteira, também não devem ser vendidas nesse momento. "Está fora do radar do BNDES, mas não do governo, iremos aguardar as diretrizes", comenta. O prazo que o BNDES estabeleceu para vender um total de R$ 90 bilhões de sua carteira de renda variável se encerra apenas no fim de 2022.
'Nova era'
O diretor de participações, mercado de capitais e crédito indireto do banco de fomento, Bruno Laskowsky, explica que a saída do BNDES de empresas mais maduras representa uma espécie de "reciclagem do capital do banco", com os recursos agora passando a ser destinados a outras áreas. A prioridade passará a ser empresas menores, cadeias de inovação, com atenção às startups, investimentos alternativos relacionados ao mercado de carbono e aportes em infraestrutura.
Outro movimento que também será notado, segundo Laskowsky, é a ida de empresas que receberam investimentos do banco para a Bolsa, por meio de oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Hoje, o banco tem em sua carteira fatias de cerca de 40 empresas fechadas.
China se deu mal, mas ações da Vale (VALE3) ainda têm potencial de alta, diz Genial; Gerdau (GGBR4), CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) devem sair mais prejudicadas
O cenário é visto como negativo e turbulento para as mineradoras e siderúrgicas brasileiras, porém, Vale está muito descontada e tem espaço para ganhos
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) perdem juntas R$ 26 bilhões em valor de mercado e a culpa é de Trump
Enquanto a petroleira sofreu com a forte desvalorização do petróleo no mercado internacional, a mineradora sentiu os efeitos da queda dos preços do minério de ferro
Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa
Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA
Petrobras faz parceria com BNDES e busca rentabilidade no mercado de créditos de carbono
Protocolo de intenções prevê compra de créditos de carbono de projetos de reflorestamento na Amazônia financiados pelo Banco
Adeus, Ibovespa: as ações que se despedem do índice em maio e quem entra no lugar, segundo a primeira prévia divulgada pela B3
A nova carteira passa a valer a partir do dia 5 de maio e ainda deve passar por duas atualizações preliminares
Vale (VALE3) garante R$ 1 bilhão em acordo de joint venture na Aliança Energia e aumenta expectativa de dividendos polpudos
Com a transação, a mineradora receberá cerca de US$ 1 bilhão e terá 30% da nova empresa, enquanto a GIP ficará com 70%
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Excesso de peso? Cosan (CSAN3) pode diluir participação na Raízen (RAIZ4) e vender pedaço da Moove
Há menos de um mês, empresa reportou prejuízo líquido de R$ 9,3 bilhões no 4T24 e dívida bruta de R$ 27,8 bilhões
De volta à Terra: Ibovespa tenta manter boa sequência na Super Quarta dos bancos centrais
Em momentos diferentes, Copom e Fed decidem hoje os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos
Ibovespa acima de 130 mil pela primeira vez em 3 meses: o que dá fôlego para a bolsa subir — e não é Nova York
Além de dados locais, o principal índice da bolsa brasileira recebeu uma forcinha externa; o dólar operou em queda no mercado à vista
Depois de sofrer um raro ‘apagão’ e cair 20% em 2024, o que esperar de uma das ações preferidas dos ‘tubarões’ da Faria Lima e do Leblon?
Ação da Equatorial (EQTL3) rendeu retorno de cerca de 570% na última década, bem mais que a alta de 195% do Ibovespa no período, mas atravessou um momento difícil no ano passado
Frenetic trading days: Com guerra comercial no radar, Ibovespa tenta manter bom momento em dia de vendas no varejo e resultado fiscal
Bolsa vem de alta de mais de 1% na esteira da recuperação da Petrobras, da Vale, da B3 e dos bancos
Onde investir em março? As melhores oportunidades em ações, criptomoedas, dividendos, FIIs e BDRs para este mês
No novo episódio do Onde Investir, analistas da Empiricus Research compartilham suas recomendações de olho na Super Quarta, nos resultados da temporada de balanços e no cenário internacional
Quando você é o técnico: Ibovespa busca motivos para subir em dia decisão de juros do BCE
Além do BCE, os investidores seguem de olho nas consequências da guerra comercial de Donald Trump
Efeito Vale (VALE3): Dividendos globais batem recorde em 2024, mas pagamentos no Brasil caem 9%
No mundo todo, o total de dividendos distribuídos chegou a US$ 1,75 trilhão, um aumento de 6% em relação a 2023
Vale (VALE3) ou Gerdau (GGBR4)? Apenas uma ação de mineração e siderurgia está entre as 5 mais recomendadas para dividendos após o 4T24
Para a Empiricus, apenas uma das ações está em um bom momento de compra agora e tem um “gatilho” para valorização; saiba qual é
Um olhar pelo retrovisor: Ibovespa tenta manter alta com investidores de olho em balanços e Petrobras em destaque
Além dos números da Petrobras, investidores repercutem balanços da Ambev, do IRB, da Klabin e da WEG, entre outros
Vale (VALE3) capta US$ 750 milhões em bonds no exterior e anuncia os novos indicados ao conselho
Além das indicações a conselheiros, a mineradora também aprovou a indicação de Daniel André Stieler como presidente do conselho (chairman)
Procuramos independência: Ibovespa tenta se recuperar de queda em dia de IPCA-15, balanços e Haddad
IRB e Vivo divulgam resultados por aqui; lá fora, investidores concentram o foco no balanço da Nvidia