Bitcoin é imune à inflação? Especialistas explicam como moeda pode ser usada para escapar do dragão
O dragão da inflação assusta, mas o herói dessa jornada pode salvar seus investimentos no final do dia
O medo inflacionário segue como um dos principais temores do mercado como um todo. No Brasil, dados inflacionários apontam que a disparada de preços deve vir para ficar, de acordo com o IBGE.
E o dragão está aterrorizando todos os países do mundo. Tanto aqui como no exterior, ele mostra suas garras, bate as asas e engole o poder de compra das pessoas por todo o canto. Não há escapatória.
Mas existe um ativo que pode salvar a todos, um ponto de salvação, onde a besta mítica não alcança. Sim, o bitcoin pode ser considerado um ativo imune à inflação. Entretanto, é preciso levar algumas coisas em consideração.
Emissão
As criptomoedas nasceram com a ideia de ser um sistema financeiro autônomo, sem a necessidade de um banco central por trás. Dessa forma, para colocar novos bitcoins na rede, é preciso realizar o processo de mineração, que você pode conferir clicando aqui.
Esse processo basicamente lança novos bitcoins em rede, valida as transações e torna todo o processo mais seguro. Não há um lastro por trás, diferentemente do que acontece com as moedas tradicionais.
Em teoria, os BCs só podem emitir papel moeda a partir de um lastro, em ouro ou dólar, como é mais comum. "Em teoria", porque não é exatamente assim que acontece no dia a dia.
Leia Também
Os Bancos Centrais estão sujeitos às políticas monetárias, que podem mudar com o tempo. O BC pode começar a imprimir mais moeda mesmo sem ter um lastro para ela, o que diminui o poder de compra daquele dinheiro.
Traduzindo e simplificando, o Banco Central pode "criar" dinheiro, mas o bitcoin tem um limite possível de rede de 21 milhões de unidades. Por ser um ativo limitado, chamamos a criptomoeda de "deflacionária".
Isso quer dizer que o poder de compra da moeda aumenta com o passar do tempo. A partir do momento em que o último bitcoin for lançado em rede, a lei de oferta e demanda devem passar a imperar, reforçando a característica deflacionária desse tipo de ativo.
Blindado contra inflação
O controle inflacionário é uma das questões que preocupa os especialistas com El Salvador adotando o bitcoin como uma das moedas oficiais do país.
Como o país não controla a emissão da criptomoeda, se for necessário injetar mais dinheiro na economia, como o programa de estímulos do governo americano tem feito com o dólar, não será possível, a menos que se compre mais moeda.
Toda moeda sofre oscilações com a economia, seja de característica inflacionária ou deflacionária. Entretanto, existem situações em que o bitcoin sai ganhando no poder de compra frente a outras moedas.
O poder de compra do bitcoin ainda é pequeno frente ao dólar, mas é mais constante do que a moeda norte-americana. O mesmo vale para o real ou qualquer outro dinheiro emitido pelo Banco Central.
Casos no mundo
Em países da África, onde as economias são constantemente abaladas por choques inflacionários, o uso de bitcoins já é comum. Mesmo a América Latina tem exemplos parecidos: Venezuela e Argentina usam criptomoedas devido ao pequeno poder de compra de suas moedas locais.
Os moradores desses países veem que, cada vez o bolívar venezuelano ou o peso argentino compra menos artigos. Por outro lado, o bitcoin segue valorizado e valendo muito, apesar das oscilações.
Na fogueira
Diferentemente de outros ativos, as criptomoedas ainda não sofreram sua “prova de fogo”, sobrevivendo a diversos cenários econômicos. Apesar disso, os especialistas seguem otimistas sobre o uso do bitcoin como uma reserva de valor e diversificação da carteira para segurar a alta da inflação dos últimos tempos.
Vale lembrar que o investimento em criptomoedas é altamente arriscado e os especialistas recomendam cautela na hora de colcoar dinheiro em algum projeto.
*Colaboraram com esta matéria: André Franco, especialista em criptomoedas da Empiricus, Bruno Milanello, executivo de novos negócios do Mercado Bitcoin, Guilherme Nunes, Chief Strategic Officer do Capitual.
Está com pressa por quê? O recado do chefão do BC dos EUA sobre os juros que desanimou o mercado
As bolsas em Nova York aceleraram as perdas e, por aqui, o Ibovespa chegou a inverter o sinal e operar no vermelho depois das declarações de Jerome Powell; veja o que ele disse
A escalada sem fim da Selic: Campos Neto deixa pulga atrás da orelha sobre patamar dos juros; saiba tudo o que pensa o presidente do BC sobre esse e outros temas
As primeiras declarações públicas de RCN depois da divulgação da ata do Copom, na última terça-feira (12), dialogam com o teor do comunicado e do próprio resumo da reunião
Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad
Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília
Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA
Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar
Voltado para a aposentadoria, Tesouro RendA+ chega a cair 30% em 2024; investidor deve fazer algo a respeito?
Quem comprou esses títulos públicos no Tesouro Direto pode até estar pensando no longo prazo, mas deve estar incomodado com o desempenho vermelho da carteira
A Argentina dos sonhos está (ainda) mais perto? Dólar dá uma trégua e inflação de outubro é a menor em três anos
Por lá, a taxa seguiu em desaceleração em outubro, chegando a 2,7% em base mensal — essa não é apenas a variação mais baixa até agora em 2024, mas também é o menor patamar desde novembro de 2021
Pacote fiscal do governo vira novela mexicana e ameaça provocar um efeito colateral indesejado
Uma alta ainda maior dos juros seria um efeito colateral da demora para a divulgação dos detalhes do pacote fiscal pelo governo
Stuhlberger compra bitcoin (BTC) na véspera da eleição de Trump enquanto o lendário fundo Verde segue zerado na bolsa brasileira
O Verde se antecipou ao retorno do republicano à Casa Branca e construiu uma “pequena posição comprada” na maior criptomoeda do mundo antes das eleições norte-americanas
Em ritmo de festa: Ibovespa começa semana à espera da prévia do PIB; Wall Street amanhece em alta
Bolsas internacionais operam em alta e dão o tom dos mercados nesta segunda-feira; investidores nacionais calibram expectativas sobre um possível rali do Ibovespa
Agenda econômica: Prévia do PIB é destaque em semana com feriado no Brasil e inflação nos EUA
A agenda econômica da semana ainda conta com divulgação da ata da última reunião do Copom e do relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)
7% ao ano acima da inflação: 2 títulos públicos e 10 papéis isentos de IR para aproveitar o retorno gordo da renda fixa
Com a alta dos juros, taxas da renda fixa indexada à inflação estão em níveis historicamente elevados, e em títulos privados isentos de IR já chegam a ultrapassar os 7% ao ano + IPCA
Criptomoeda ‘desconhecida’ dispara mais de 700% em 5 dias; fundamentos e eleição de Trump devem impulsionar o ativo ainda mais, diz especialista
“Trata-se de um ativo pequeno, novo, embrionário, com alto nível de risco, mas que tem muito fundamento”, disse o especialista sobre a criptomoeda
Carne com tomate no forno elétrico: o que levou o IPCA estourar a meta de inflação às vésperas da saída de Campos Neto
Inflação acelera tanto na leitura mensal quanto no acumulado em 12 meses até outubro e mantém pressão sobre o BC por mais juros
Você quer 0 a 0 ou 1 a 1? Ibovespa repercute balanço da Petrobras enquanto investidores aguardam anúncio sobre cortes
Depois de cair 0,51% ontem, o Ibovespa voltou ao zero a zero em novembro; índice segue patinando em torno dos 130 mil pontos
O que comprar no Tesouro Direto agora? Inter indica títulos públicos para investir e destaca ‘a grande oportunidade’ nesse mercado hoje
Para o banco, taxas como as que estamos vendo atualmente só ocorrem em cenários de estresse, que não ocorrem a todo momento
Com Trump pedindo passagem, Fed reduz calibre do corte de juros para 0,25 pp — e Powell responde o que fará sob novo governo
A decisão acontece logo depois que o republicano, crítico ferrenho do banco central norte-americano, conseguiu uma vitória acachapante nas eleições norte-americanas — e na esteira de dados distorcidos do mercado de trabalho por furacões e greves
Jogando nas onze: Depois da vitória de Trump, Ibovespa reage a Copom, Fed e balanços, com destaque para a Petrobras
Investidores estão de olho não apenas no resultado trimestral da Petrobras, mas também em informações sobre os dividendos da empresa
Trump vai fazer os juros caírem na marra? Fed deve cortar a taxa hoje, mas vai precisar equilibrar pratos com a volta do republicano à Casa Branca
Futuro de Jerome Powell à frente do BC norte-americano está em jogo com o novo governo, por isso, ele deve enfrentar uma enxurrada de perguntas sobre a eleição na coletiva desta quinta-feira (7)
Campos Neto acelerou: Copom aumenta o ritmo de alta da Selic e eleva os juros para 11,25% ao ano
A decisão pelo novo patamar da taxa, que foi unânime, já era amplamente esperada pelo mercado
É a economia, estúpido? Como Trump venceu Kamala mesmo com o PIB dos EUA bombando e o desemprego baixo
Percepção dos eleitores norte-americanos é de que a economia dos EUA não vai tão bem quanto alguns indicadores sugerem