Promessas do ministro: até fim de 2022, dívida pública vem para abaixo de 80% do PIB
Guedes alegou ainda que o governo foi o tempo inteiro muito ativo no controle de gastos públicos, pagando a conta ao invés de jogá-la para o futuro
O ministro da Economia, Paulo Guedes, projetou nesta sexta-feira (3) que a dívida pública deve cair para abaixo do 80% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.
"Os pessimistas diziam que a dívida ia pra 100% do PIB. Possivelmente dívida encerra ano que vem em 79% ou 78% do PIB - quase onde estava onde começou a pandemia. A geração atual está pagando a conta da guerra ao invés de jogar para o futuro", afirmou, em participação no "Scoop Day", organizado pelo TC.
Guedes alegou ainda que o governo foi o tempo inteiro muito ativo no controle de gastos públicos. "Juntamos os cinco ministérios na Economia e cortamos um terço dos gastos, de R$ 15 bilhões para R$ 10 bilhões", completou.
Recuperação em 'V'
O ministro da Economia argumentou que a retração de 0,1% no PIB no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses do ano foi apenas "uma pausa" no crescimento da atividade. Ele voltou a alegar que a economia brasileira teria uma recuperação em "V".
"O segundo trimestre foi o trimestre mais trágico da pandemia, com maior número de mortes, quando estávamos voltando ao trabalho. Foi uma ligeira pausa, foi basicamente de lado, caiu 0,05%, e arredondaram para 0,1%. Se fosse 0,04%, teria arredondado para zero. É preciso olhar demais indicadores, estamos criando empregos, a arrecadação está vindo forte e temos investimentos contratados", afirmou Guedes.
Para o ministro, os críticos que dizem que economia parou são os mesmos que previram uma queda de 10% do PIB e duvidaram da volta em "V" da atividade. "Prefiro acreditar na economia brasileira, no desempenho e no vigor que ela tem exibido, do que acreditar em pessimistas de plantão", respondeu.
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Paulo Guedes tem um sopro de esperança para o Brasil
Guedes voltou a dizer que a pandemia revelou 38 milhões de trabalhadores informais, que chamou de "guerreiros da informalidade". "Era um desemprego disfarçado em massa. Com vacina avançando eles estão retornando ao trabalho e veremos uma aceleração desse emprego informal, além do formal", completou.
'Momentos muito difíceis'
O ministro da Economia disse que o pessimismo em relação à economia brasileira no começo da pandemia de covid-19 se deveu à gravidade da doença. "Foram momentos muito difíceis, com tragédias pessoais e familiares. E nós saímos dos trilhos das reformas para um combate direto à pandemia", repetiu.
Guedes voltou a destacar que o Brasil é um dos países que mais aplicou a primeira dose da vacina. "Possivelmente encerraremos o ano com a maior taxa de vacinados, com toda a população adulta já vacinada. Nos Estados Unidos, tem gente que não quer tomar vacina, e no Brasil todo mundo abraçou a vacina e está se vacinando", completou.
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