Quem ganha com o “novo anormal”

Os ativos do mercado financeiro gravitaram nesta semana em torno da decisão do Banco Central de mostrar os dentes contra a inflação e elevar os juros em 0,75 ponto percentual.
A Selic de 2,75% ainda deixa as taxas negativas em termos reais — descontando a inflação. Mas o movimento de alta está apenas no começo e só deve parar quando o juro alcançar pelo menos 4,5% ao ano.
É dentro desse “novo anormal” das taxas que os investidores começaram a recalibrar suas carteiras, o que explica movimentos como a queda do dólar e a alta dos juros de curto prazo após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
A Selic mais alta também tem reflexos na bolsa. Em tese, quanto maior o juro, menor a atratividade das ações. Mas existem setores que são diretamente beneficiados com a subida das taxas.
Os bancos são os principais “suspeitos”. De fato, eles ganham mais quando fazem empréstimos com taxas e spreads maiores. Mas não são os únicos.
A alta dos juros afeta diretamente as seguradoras, que têm nas aplicações financeiras uma fonte importante de resultados.
Leia Também
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Não por acaso, a maior alta entre as ações que compõem o Ibovespa nesta semana de Copom foi justamente a de uma seguradora. Confira quem foi a campeã na matéria da Jasmine Olga.
MERCADO
• O mercado reagiu bem à decisão do Banco Central de voltar a subir a Selic depois de quase seis anos, mesmo em um ritmo mais forte do que o esperado. O Ibovespa encerrou a semana em alta de 1,81% e o dólar recuou 1,34%. Mas a semana esteve longe de ser tranquila para os investidores, principalmente no exterior.
• Polêmicos e instáveis, com momentos de fortes altas e perigosas quedas, brincando com nosso coração. Poderia ser a chamada de algum filme cult, mas é somente a história do Bitcoin e Tesla. Uma análise do Deutsche Bank mostra que os dois ativos estão bastante interligados e podem ter um futuro bem parecido.
EMPRESAS
• A Petrobras informou às distribuidoras de combustíveis que vai reduzir o preço da gasolina nas refinarias em R$ 0,1420 o litro a partir do sábado nas refinarias. É a primeira vez que o valor do combustível vai diminuir em 2021.
• Uma das empresas mais afetadas pela crise do coronavírus, a Embraer demonstrou no quarto trimestre que o tempo ruim que encobre a empresa está começando a melhorar. Confira a análise do resultado da fabricante de aviões e a reação das ações na B3.
• Mais uma estatal está a caminho da bolsa de valores. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou que fará uma oferta inicial de ações (IPO) da companhia estadual de saneamento, a Corsan. E mais: o Estado deixará de ser o controlador da empresa.
ECONOMIA
•O ex-presidente Michel Temer foi absolvido das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do decreto dos portos. Além do ex-presidente, outras cinco pessoas também foram consideradas inocentes pela Justiça.
•A Polícia Federal prendeu um suspeito pelo maior vazamento de dados do país, ocorrido em janeiro. Foram colocados à venda, em fóruns na internet, mais de 223 milhões de CPFs, com nomes, endereços, renda, imposto de renda e fotos.
OPINIÃO
• Quer ganhar dinheiro com o petróleo? Então NÃO invista nas ações da Petrobras. O alerta é do nosso colunista Ruy Hungria. Ele explica para você por que a alta das cotações da commodity nem sempre é seguida pelos papéis das empresas na bolsa. E a razão não é apenas política. Vale a leitura!
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite". Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa
Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
Ato falho relevante: Ibovespa tenta manter tom positivo em meio a incertezas com tarifas ‘recíprocas’ de Trump
Na véspera, teor da ata do Copom animou os investidores brasileiros, que fizeram a bolsa subir e o dólar cair
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros
Eles perderam a fofura? Ibovespa luta contra agenda movimentada para continuar renovando as máximas do ano
Ata do Copom, balanços e prévia da inflação disputam espaço com números sobre a economia dos EUA nos próximos dias
Bolão fatura sozinho a Mega-Sena, a resposta da XP às acusações de esquema de pirâmide e renda fixa mais rentável: as mais lidas da semana no Seu Dinheiro
Loterias da Caixa Econômica foram destaque no Seu Dinheiro, mas outros assuntos dividiram a atenção dos leitores; veja as matérias mais lidas dos últimos dias
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção
Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom
Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais
De volta à Terra: Ibovespa tenta manter boa sequência na Super Quarta dos bancos centrais
Em momentos diferentes, Copom e Fed decidem hoje os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos
Não é um pássaro (nem um avião): Ibovespa tenta manter bom momento enquanto investidores se preparam para a Super Quarta
Investidores tentam antecipar os próximos passos dos bancos centrais enquanto Lula assina projeto sobre isenção de imposto de renda
O rugido do leão: Ibovespa se prepara para Super Semana dos bancos centrais e mais balanços
Além das decisões de juros, os investidores seguem repercutindo as medidas de estímulo ao consumo na China
Frenetic trading days: Com guerra comercial no radar, Ibovespa tenta manter bom momento em dia de vendas no varejo e resultado fiscal
Bolsa vem de alta de mais de 1% na esteira da recuperação da Petrobras, da Vale, da B3 e dos bancos
Contradições na bolsa: Ibovespa busca reação em dia de indicadores de atividade no Brasil e nos EUA
Investidores também reagem ao andamento da temporada de balanços, com destaque para o resultado da Casas Bahia