Lula de volta ao xadrez. E o investidor em xeque

No jogo de xadrez, quando o peão alcança a última casa do tabuleiro adversário, o jogador pode promovê-lo a outra peça de sua escolha, incluindo a poderosa rainha.
A decisão do ministro do STF Edson Fachin de anular as condenações que envolviam o ex-presidente Lula na Lava Jato equivale a recolocar no jogo uma peça que pode mudar os rumos do xadrez eleitoral.
Como era de se esperar, a possível liberação da candidatura do petista nas eleições de 2022 colocou mais fogo no parquinho da política brasileira, que já estava em chamas.
As reações da sociedade à decisão do STF, é claro, ficaram divididas entre os que comemoraram a liberação de Lula e os que detonaram a medida. O mercado financeiro ficou no segundo grupo, como mostra a queda de quase 4% do Ibovespa e a forte alta do dólar.
Seja qual for a sua opinião sobre o destino do ex-presidente, o fato é que a volta de Lula ao xadrez político coloca você em xeque como investidor.
Devemos esperar ainda mais volatilidade e risco nos mercados até 2022. E isso pode significar tanto uma oportunidade maior de retorno — como foi com a primeira eleição do petista em 2002 — ou de perdas consideráveis para os seus investimentos caso as previsões mais negativas se confirmem.
Leia Também
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Entre a tarde e a noite de ontem, eu conversei com gestores e analistas para entender os impactos da decisão do Supremo. Saiba por que a volta de Lula ao tabuleiro mexe tanto com a economia e com os mercados.
O que você precisa saber hoje
MERCADOS
Os diversos fatores que vêm pressionando o mercado para baixo nos últimos dias – recorde de mortos pelo coronavírus, colapso do sistema de saúde, vacinação lenta, lockdown na maior parte do país e incertezas fiscais – ganharam ontem a companhia do ex-presidente Lula, e juntos fizeram o Ibovespa fechar com queda de 3,98%, aos 110.611 pontos, e o dólar subir 1,67%, a R$ 5,7783.
O que mexe com os mercados hoje? Após a anulação das condenações de Lula, as atenções dos investidores se voltam para a reação do presidente Jair Bolsonaro, que já fala em fazer novas concessões na PEC emergencial. Mas a abertura positiva dos futuros em Wall Street pode atenuar os movimentos na bolsa brasileira.
EMPRESAS
Mesmo vivendo “vários anos em um”, o Magazine Luiza conseguiu fechar 2020 com um saldo positivo. O desempenho no quarto trimestre superou as expectativas do mercado e as vendas pela internet passaram a responder por cerca de dois terços de tudo o que ela vende.
Um dos principais nomes da onda de IPOs do ano passado, a Petz registrou forte crescimento de receita no quarto trimestre e em 2020, graças ao impulso dado pelas vendas online.
ECONOMIA
O presidente Jair Bolsonaro revelou ontem que existe uma negociação para desidratar a PEC Emergencial, com a retirada de propostas de ajuste fiscal que desagradam parte de seus aliados.
O Ministério da Saúde informou ontem que o Brasil registrou 987 mortes e 32.321 novos diagnósticos positivos de covid-19 nas últimas 24 horas. Confira os números atualizados da pandemia.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua manhã". Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa
Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
Ato falho relevante: Ibovespa tenta manter tom positivo em meio a incertezas com tarifas ‘recíprocas’ de Trump
Na véspera, teor da ata do Copom animou os investidores brasileiros, que fizeram a bolsa subir e o dólar cair
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros
Eles perderam a fofura? Ibovespa luta contra agenda movimentada para continuar renovando as máximas do ano
Ata do Copom, balanços e prévia da inflação disputam espaço com números sobre a economia dos EUA nos próximos dias
Bolão fatura sozinho a Mega-Sena, a resposta da XP às acusações de esquema de pirâmide e renda fixa mais rentável: as mais lidas da semana no Seu Dinheiro
Loterias da Caixa Econômica foram destaque no Seu Dinheiro, mas outros assuntos dividiram a atenção dos leitores; veja as matérias mais lidas dos últimos dias
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção
Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom
Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais
De volta à Terra: Ibovespa tenta manter boa sequência na Super Quarta dos bancos centrais
Em momentos diferentes, Copom e Fed decidem hoje os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos
Não é um pássaro (nem um avião): Ibovespa tenta manter bom momento enquanto investidores se preparam para a Super Quarta
Investidores tentam antecipar os próximos passos dos bancos centrais enquanto Lula assina projeto sobre isenção de imposto de renda
O rugido do leão: Ibovespa se prepara para Super Semana dos bancos centrais e mais balanços
Além das decisões de juros, os investidores seguem repercutindo as medidas de estímulo ao consumo na China
Frenetic trading days: Com guerra comercial no radar, Ibovespa tenta manter bom momento em dia de vendas no varejo e resultado fiscal
Bolsa vem de alta de mais de 1% na esteira da recuperação da Petrobras, da Vale, da B3 e dos bancos
Contradições na bolsa: Ibovespa busca reação em dia de indicadores de atividade no Brasil e nos EUA
Investidores também reagem ao andamento da temporada de balanços, com destaque para o resultado da Casas Bahia