Black Friday antecipada nos mercados e outros destaques do dia

O brasileiro pode até não celebrar o Dia de Ação de Graças, mas a sexta-feira pós-feriado americano está marcada em todos os calendários. Levante a mão quem nunca pensou em esperar a Black Friday para comprar aquele eletrodoméstico ou eletrônico com um desconto dos bons nas comemorações tupiniquins — que, muitas vezes, se arrastam pelo mês todo.
Com o cenário político-fiscal conturbado e o exterior sem poder dar aquela força, a bolsa brasileira parece não ter esperado a chegada de novembro para entrar em liquidação. Em poucos meses, o Ibovespa saiu das máximas e voltou a flertar com o patamar dos 100 mil pontos: uma promoção e tanto.
O gerente da B3 não ficou maluco, mas hoje foi dia de muito investidor comprar ações com um descontão. É só olhar para a alta expressiva de empresas que acumulam um recuo na casa dos dois dígitos em 2021. Cielo, Yduqs, Ecorodovias, IRB e Americanas são só alguns dos papéis que correram atrás do prejuízo.
O gatilho para a alta de 2,03% do Ibovespa veio após a divulgação dos dados econômicos mais importantes da semana: o relatório de emprego nos Estados Unidos e os últimos números da inflação brasileira. Eles não necessariamente foram lidos de forma positiva, mas, diante de um copo meio cheio, os investidores aproveitaram as barganhas.
Na verdade, os dois dados vieram abaixo da expectativa e trouxeram uma leitura confusa para o mercado. Nos EUA, a frustração foi grande: o payroll mostrou a criação de 194 mil novas vagas, contra uma expectativa de 500 mil. Já a taxa de desemprego caiu mais que o esperado, apoiada na revisão dos números dos meses anteriores e uma desaceleração nas demissões.
Caso o Fed entenda que a recuperação vista é suficiente para iniciar a redução da injeção de recursos na economia, o mercado tende a reagir de forma negativa. Má notícia também para os emergentes, já que menos liquidez no mercado significa investidores mais seletivos, com preferência por ativos mais seguros.
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O segundo dado do dia foi o IPCA. O índice de inflação subiu 1,16% em setembro, abaixo do esperado, mas foi o suficiente para deixar o indicador acima dos 10% no acumulado dos últimos 12 meses.
O número pode ter sido apenas ligeiramente melhor, mas foi suficiente para promover um ajuste na bolsa, principalmente nas empresas de varejo e consumo. O saldo da semana, no entanto, seguiu negativo: uma queda de 0,06%, aos 112.833 pontos
Vale ressaltar que a alta da bolsa brasileira não significa que os investidores estão se desfazendo de suas posições defensivas antes do feriado. Após abrir o dia em queda, o dólar ficou próximo do zero a zero, a R$ 5,5161. Na semana, a alta foi de 2,75%.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta sexta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa na semana.
SINAL DE CAUTELA NA BOLSA
A abertura de capital da Environmental ESG, subsidiária da Ambipar, era tida como certa — mas, mesmo assim, não foi adiante. Entenda o que aconteceu e como os cancelamentos de IPOs são um mau presságio no mercado de ações.
A MORDIDA DO DRAGÃO
O IPCA acumulado em 12 meses atingiu dois dígitos em setembro— e se você resolveu fazer um churrasco ou pegar a estrada, o reajuste de preços foi muito maior que a média. Veja os itens que mais pesaram no bolso do brasileiro.
TIRANDO O PÉ DO ACELERADOR
A Petrobras anunciou um novo reajuste da gasolina e do gás de cozinha, cumprindo a promessa de que não haverá mudança em sua política de preços. As ações da estatal subiram hoje, embora tenham se afastado das máximas ao longo da sessão.
DE OLHO NO EXTERIOR
Grendene e 3G Capital finalmente acertaram a criação de uma joint venture para acelerar a venda de produtos lá fora; as partes já tinham assinado um memorando de entendimento há três meses.
PANE NO SISTEMA 2.0
Instagram e Facebook voltam a enfrentar instabilidade nesta sexta; no começo da semana, as duas redes sociais e o WhatsApp ficaram fora do ar por mais de sete horas.
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