🔴 SAVE THE DATE – 25/11: MOEDA COM POTENCIAL DE 30.000% DE VALORIZAÇÃO SERÁ REVELADA – VEJA COMO ACESSAR

Contemplando horizontes: o espaço para fazer investimentos em mercados emergentes

Segundo trimestre deste ano foi mais favorável para ações de países desenvolvidos, mais caras, mas tendência deve mudar nos próximos meses

13 de julho de 2021
6:46 - atualizado às 6:47
Computador tecnologia ações
Ações de tecnologia - Imagem: Shutterstock

A decisão deve ter pesado sobre os ombros de Sérgio no momento em que a bomba explodiu, levando consigo boa parte da estrutura do Hotel Canal.

Talvez, se ele não tivesse retirado as tropas de perto da sede das Nações Unidas, visando uma imagem mais receptiva e apaziguadora, os diplomatas estariam seguros e a missão de um Iraque sem guerra continuaria viva.

Inclusive, quando solicitou a remoção do corpo protetivo militar, ponderou o risco do pior aconteceu.

Infelizmente, o pior, de fato, aconteceu.

Sérgio Vieira de Mello foi um dos maiores diplomatas da história recente. Sua morte marcaria o fim de uma era na ONU e abriria caminho para uma Guerra Civil no Iraque, logo após a queda de Saddam Hussein.

Consequentemente, sem o ativismo de Kofi Annan e um substituto de perfil semelhante, com todo o devido respeito a Ban Ki-moon, as Nações Unidas perderam espaço na dinâmica global, ainda que se mantenha relevante.

Leia Também

Os leitores mais curiosos podem conferir mais da história de Sérgio no documentário de 2009 ou no filme de 2020 estrelado por Wagner Moura (os dois podem ser encontrados no Netflix).

Ambos são ótimos e recomendo fortemente a todos que guardam algum carinho por habilidades de diálogos em tempos tão polarizados e polêmicos como os atuais.

Por sinal, vale a pena também o Roda Vida com Samantha Power.

A americana é autora de obra que narra a história de Mello, bem como procura adotar estratégias parecidas de atuação em seu trabalho no governo dos EUA.

Transitar por diferentes visões de mundo e dialogar com interesses díspares é uma característica admirável, especialmente nos mercados financeiros, os quais, em essência, se baseiam em trocas de ativos entre pessoas que acreditam no exato oposto – imagine que a todo instante uma pessoa que vender a ação X e outra pessoa a quer comprar, sendo que ambos só atingem seu objetivo pela existência do outro.

O ambiente é sempre incerto e muito delicado.

Nesta entrada de segundo semestre, tenho refletido cada vez mais sobre isso: como dialogar com as diferentes classes de ativos em um ambiente tão volátil e sensível.

Na semana passada, por exemplo, o mercado de títulos americanos ficou mais barulhento em um desdobramento adicional das negociações de reflação e retomada das tendências seculares.

Abaixo, um estudo utilizando a ferramenta chamada de "Macro Compass" (ou "compasso macroeconômico"), que avalia o melhor mix de alocação de ativos de risco em diferentes pontos do ciclo macro.

O indicador, como vocês podem ver, é influenciado por 2 métricas: i) o impulso de crédito do G5; e ii) a orientação relativa da política monetária.

Note que, de abril de 2020 até março de 2021, tivemos uma curta jornada entre os quadrantes 2 e 3, onde as posições reflacionárias (ativos que valorizam em ambiente de inflação) ganharam força devido à corrida do crédito (de curto prazo), levando a (temporariamente) melhores ganhos e curvas de juros mais íngremes (inclinadas).

É quando as manchetes ficam entusiasmadas com as possíveis “mudanças de regime monetários”, que nunca duram mais do que alguns trimestres.

Na verdade, agora estamos de volta ao primeiro quadrante, que representa principalmente benefícios às tendências seculares: i) bom para ações de crescimento; ii) bom momento para mercado desenvolvidos em detrimento de emergentes; e iii) rendimentos de títulos mais baixos e curvas mais planas.

Este movimento deriva daquelas forças que já conversamos neste espaço: i) demografia; ii)  endividamento dos setores público e privado; iii) má alocação de capital; iv) produtividade estagnada; e v) tecnologia. Outra forma de entender o movimento pode ser descrita com o gráfico abaixo.,

Já começamos a sentir, no final do segundo trimestre, movimento nesse sentido.

Tanto é verdade que as ações de mercados emergentes encerraram o segundo trimestre com desempenho ruim relativamente ao S&P 500 e ao MSCI All Country World Index (ACWI) no acumulado do ano, bem como no último, três, cinco e dez anos.

Houve alguma esperança durante o primeiro trimestre de que o aumento da inflação e das taxas de juros esmagaria ativos de longa duração, como tecnologia dos EUA, e daria uma chance para ações de valor e mercados emergentes apresentarem desempenho superior.

No entanto, isso durou pouco.

No final do segundo trimestre, as taxas de juros estavam em colapso, as ações de tecnologia dos EUA estavam liderando novamente e o excepcionalismo americano foi reafirmado pelos índices do país atingindo níveis recordes em avaliações quase recordes.

O ímpeto tem sido a principal força dos mercados, levando as ações caras para cima e as ações baratas para baixo.

Agora, é possível afirmar que este movimento é sustentável?

Negativo.

Na verdade, muito pelo contrário.

Muito provavelmente poderemos ter até mais algo como três ou seis meses de retorno às teses de sucesso dos últimos anos, em especial as de tecnologia americana.

Mas com o passar do tempo, seria natural uma migração, ao menos parcial, de nomes caros para nomes não tão caros. Até mesmo porque estamos em um início de ciclo de retomada econômica, que costuma ser bom para ações baratas, principalmente em países emergentes.

Logo, ainda que o final do segundo trimestre tenha sido não muito bom para as ações de mercados emergentes – com a exceção do Brasil, que assistiu em abril e maio um re-rating de seus ativos de risco e um rali rumo aos 130 mil pontos no Ibovespa –, há  espaço para posicionamento nesses países.

Claro, nossa terra tropical teve destaque por estar barata em dólar e carregar prêmio político.

Pensando nisso, tenho trabalhado com Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus, para bolar uma carteira de ações no Brasil especial para surfar esse desconto de países emergentes, o qual deverá ser visto com bons olhos pelos grigos depois de mais um movimento de compra dos ativos americanos tradicionais.

Nossos leitores, que já estão posicionados, poderão capturar ganhos se houver a migração de volta para emergentes, como foi de abril do ano passado para março de 2021.

Para quem ficou interessado, vale conferir a série best-seller da casa, a Palavra do Estrategista, onde Felipe e eu contamos as melhores estratégias e investimentos para os mais variados perfis de investidores.

Assim, como Sérgio, precisamos estar atentos às diferentes narrativas e saber dialogar por entre os mais diversos ambientes.

Nossa ideia aqui é justamente essa.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
A FAVORITA DO BANCO

‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA

21 de novembro de 2024 - 15:10

A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento

PÉ NO CHÃO

“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 13:19

Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital

GUERRA DOS MIL DIAS

A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear

21 de novembro de 2024 - 13:04

No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta

FACA NA TECNOLOGIA

O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim

21 de novembro de 2024 - 12:48

Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos

BOM, PORÉM…

Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar  no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço

21 de novembro de 2024 - 11:22

Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote

21 de novembro de 2024 - 8:23

Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa

FÁBRICA DE BILIONÁRIOS

Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica

21 de novembro de 2024 - 8:22

O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão

DE COADJUVANTE A PROTAGONISTA

Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 6:09

Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade

PAPEL ATRAENTE

É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA

19 de novembro de 2024 - 18:17

O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025

SD Select

Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)

19 de novembro de 2024 - 15:47

Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”

HIDRELÉTRICAS

R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações 

19 de novembro de 2024 - 15:12

Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias

EM ROTA DE COLISÃO?

Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo

19 de novembro de 2024 - 14:28

O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente

Conteúdo BTG Pactual

Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?

19 de novembro de 2024 - 14:00

Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos

SD Select

‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista

19 de novembro de 2024 - 10:29

Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais

COMPRAR OU VENDER

Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar

18 de novembro de 2024 - 17:42

O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica

PÉ NO ACELERADOR

Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação

18 de novembro de 2024 - 13:31

Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial

18 de novembro de 2024 - 12:27

O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada

EM MINAS GERAIS

Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar

18 de novembro de 2024 - 10:31

Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 8:07

Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 7:03

A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar