🔴 QUER INVESTIR NAS MELHORES CRIPTOMOEDAS DO MOMENTO? SAIBA COMO CLICANDO AQUI

Como ficam as ações dos países emergentes com a recuperação nos EUA?

Como as ações acompanham os lucros, há um fluxo de recursos para os EUA em detrimento do que foi verificado no final do ano passado

13 de abril de 2021
6:43 - atualizado às 7:21
EUA
Imagem: Shutterstock

O primeiro trimestre de 2021 foi caracterizado pelo desempenho inferior das ações de países emergentes em relação a mercados desenvolvidos, como o dos EUA. 

O movimento se assemelha ao que vínhamos observando desde o final do último grande ciclo de commodities, que fez presença da década de 90 até o início do século XXI. Desde a crise de 2008, mais especificamente, vemos uma performance de emergentes bastante fraca.

2021, por sua vez, começou com um surto de otimismo, ainda na esteira da eleição de Joe Biden, com perfil mais multilateral para o comércio global, e das expectativas para a retomada da economia global. Contudo, a fria realidade da pandemia acalmou o espírito dos investidores.

Para piorar ainda mais, os EUA pressionaram com a combinação de entrega competente de vacinas e uma expansão fiscal e monetária sem precedentes. Assim, o entendimento passou a ser o de que os EUA poderiam alcançar um rápido retorno à tendência de crescimento, desencadeando uma alta dos yields e um fortalecimento do dólar.

Em última instância, a subida das taxas de juros de mercado acontece, portanto, por conta da expectativa de retomada das economias e forte crescimento em 2021 e 2022, sem que as condições financeiras sejam excessivamente apertadas. 

Em outras palavras, uma economia forte significa lucros se expandindo. Como, no final do dia, as ações acompanham mesmo os lucros, há um fluxo de recursos para os EUA em detrimento do movimento verificado no final do ano passado.

Leia Também

Com isso, ao final do trimestre, parecia que a tão esperada recuperação dos emergentes havia entrado em espera novamente, até que os mercados começassem a normalizar suas posições nos EUA.

Muito por conta disso, os mercados menos caros foram os de pior desempenho no trimestre, já que os investidores continuaram a se concentrar nos motivos que tornaram esses mercados baratos - fluxo de recursos para os EUA.

Não foi a vez da reversão à média

Turquia e Brasil, antes promessas, tiveram um período complicado, muito por conta da pandemia e das problemáticas econômico-fiscais. A África do Sul e o Chile, por outro lado, foram exceções positivas, em grande parte se beneficiando do aumento dos preços dos minérios e, no caso do Chile, de um trabalho eficiente na distribuição de vacinas.

De qualquer forma, todos os mercados já caros dos países desenvolvidos, como o dos EUA, tiveram desempenho superior.

Fica a lição: no curto a médio prazo, o momentum é uma força mais poderosa do que a reversão à média.

Ainda que os mercados emergentes estejam descontados e mereçam atenção, as condições imediatas impediram a formação de um fluxo de recursos contundentes para os mesmos.

A consequência?

Bem...

Razão de preços sobre lucro (P/L ou P/E em inglês) combinada (média do P/E 10, P/E final e P/E projetado para frente) apresentou uma leitura atual de 33 vezes, versus o patamar de 34,8 vezes registrado em julho de 1999. Por sinal, em março de 2020, no pior momento da crise dos mercados financeiros devido a pandemia, o indicador apontou para 17,3 vezes.

Se mantivermos o lado dos lucros estáveis, tudo o que precisamos é de mais 5% para tirar o máximo de todos os tempos. Porém, estamos entrando em mais uma temporada de resultados que tem tudo para surpreender positivamente as expectativas e revisar para cima as projeções de lucros, corrigindo um pouco o indicador.

Ainda assim, mesmo que não haja um sell-off dos ativos de risco dos EUA, dificilmente veremos um movimento de repúdios aos mercados emergentes como vimos no primeiro trimestre. Isso se deve à provável alta mais gradual dos yields estadunidenses a partir de agora.

Veja, mesmo os economistas mais pessimistas sobre o processo de alta dos juros não esperam uma escalada além do nível de 2,25% nos juros de 10 anos do tesouro americano; isto é, um provável nível alvo para essa referência seria a faixa de 50 pontos base entre 1,75% e 2,25%.

Dessa forma, o espaço para subidas adicionais seria mais limitado, não havendo maiores problemas para as ações de emergentes. Como disse, os movimentos serão graduais agora.

Os EUA ainda têm muito estímulo monetário e fiscal, condição que deverá se manter pelos próximos anos. Com taxas de juros tão baixas pelo menos até 2023, dificilmente veríamos um movimento profundo de venda.

A perpetuação da condição de menos atratividade de emergentes, porém, deverá ser alterada.

O que fazer?

Com isso, os investidores deverão dar atenção aos mercados baratos com boas perspectivas de crescimento. 

Além disso, assumindo que os recentes aumentos nos preços das commodities podem ser sustentados, mercados como o latino-americano podem surpreender positivamente. Até mesmo porque, se o desempenho acima da média das teses de valor poderá continuar a ser verificado, uma alternativa natural seriam os baratos mercados emergentes.

Tudo isso, claro, feito sob o devido dimensionamento das posições, conforme seu perfil de risco, e a devida diversificação de carteira, com as respectivas proteções associadas.

Foi com pensamento estratégicos como esse que Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus, estruturou sua série best-seller em sua casa de análise: "Palavra do Estrategista".

A ideia aqui é a de compartilhar as melhores oportunidades em diferentes mercados, emergente e desenvolvido, para os mais variados tipos de investidores. Convido a todos que se interessaram pelo tema a checarem com mais profundidade nos escritos de Miranda.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

A nova corrida do ouro? Cotação dispara em meio a busca por proteção e passa de US$ 2.900, mas pode subir mais

11 de fevereiro de 2025 - 6:04

Fortalecimento da cotação do ouro é acentuado por incertezas sobre a política tarifária de Trump e pela persistente tensão geopolítica

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Trump restabelece a política externa do ‘grande porrete’ nos EUA, mas deixa de lado uma parte importante dessa doutrina

4 de fevereiro de 2025 - 7:01

Mercado financeiro segue atento à escalada tarifária de Donald Trump e ao potencial inflacionário da guerra comercial do novo presidente dos EUA

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Donald Trump está de volta com promessa de novidades para a economia e para o mercado — e isso abre oportunidades temáticas de investimentos

21 de janeiro de 2025 - 6:48

Trump assina dezenas de ordens executivas em esforço para ‘frear o declínio americano e inaugurar a Era de Ouro da América’.

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O porrete monetário, sozinho, não será suficiente: é necessário um esforço fiscal urgente

17 de dezembro de 2024 - 6:28

Crescente desconfiança sobre a sustentabilidade fiscal agrava desequilíbrios macroeconômicos e alimentam ainda mais o pessimismo

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Os juros vão subir ainda mais? Quando a âncora fiscal falha, a âncora monetária precisa ser acionada com mais força

10 de dezembro de 2024 - 7:08

Falta de avanços na agenda fiscal faz aumentar a chance de uma elevação ainda maior dos juros na última reunião do Copom em 2024

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

A dura realidade matemática: ou o Brasil acerta a trajetória fiscal ou a situação explode

3 de dezembro de 2024 - 7:01

Mercado esperava mensagem clara de responsabilidade fiscal e controle das contas públicas, mas o governo falhou em transmitir essa segurança

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Um nome agrada o mercado: como a escolha de Trump para o Tesouro afeta o humor dos investidores

26 de novembro de 2024 - 7:01

Escolhido por Trump para chefiar o Tesouro dos EUA, Scott Bessent associa ortodoxia, previsibilidade e consistência na condução da economia

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Pacote fiscal do governo vira novela mexicana e ameaça provocar um efeito colateral indesejado

12 de novembro de 2024 - 7:01

Uma alta ainda maior dos juros seria um efeito colateral da demora para a divulgação dos detalhes do pacote fiscal pelo governo

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Caminhos opostos: Fed se prepara para cortar juros nos EUA depois das eleições; no Brasil, a alta da taxa Selic continua

5 de novembro de 2024 - 7:11

Eleições americanas e reuniões de política monetária do Fed e do Copom movimentam a semana mais importante do ano nos mercados

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Fortes emoções à vista nos mercados: Investidores se preparam para possível vitória de Trump às vésperas de decisão do Fed sobre juros

29 de outubro de 2024 - 6:43

Eventual vitória de Trump pode levar a desaceleração de ciclo de cortes de juros que se inicia em grande parte do mundo desenvolvido

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Ouro a US$ 3.000? Como os crescentes déficits dos EUA podem levar o metal precioso a níveis ainda mais altos que os recordes recentes

22 de outubro de 2024 - 7:01

Com a credibilidade do dólar questionada em meio a uma gestão fiscal deficitária, investidores e governos buscam alternativas mais seguras para suas reservas

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

China anuncia medidas de estímulo em diversas frentes e ações locais disparam — mas esse rali tem fundamento?

1 de outubro de 2024 - 6:14

Um rali baseado em estímulos parece estar em andamento na China, mas seu sucesso vai depender da rápida implementação das medidas

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Corte de juros nos EUA não resolve tudo na bolsa: bomba fiscal põe em risco fim de ano do mercado de ações no Brasil

24 de setembro de 2024 - 6:17

Da mesma forma, o aumento dos juros por aqui é insuficiente sem um compromisso firme do governo com a responsabilidade fiscal

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Fed corta os juros? Copom eleva a Selic? Saiba o que esperar de mais uma Super Quarta dos bancos centrais

17 de setembro de 2024 - 7:01

Enquanto o Fed se prepara para iniciar um processo de alívio monetário, Brasil flerta com juros ainda mais altos nos próximos meses

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

‘It’s time!’: O tão aguardado dia do debate da eleição americana entre Donald Trump e Kamala Harris finalmente chegou

10 de setembro de 2024 - 6:16

Antes da saída de Biden, muitos consideravam Kamala Harris uma candidata menos competitiva frente a Trump, mas, desde então, Harris surpreendeu com um desempenho significativamente melhor

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O Ibovespa experimentou novos recordes em agosto — e uma combinação de acontecimentos pode ajudar a bolsa a subir ainda mais

3 de setembro de 2024 - 7:01

Enquanto o ambiente externo segue favorável aos ativos de risco, a economia brasileira tem se mostrado mais resistente que o esperado

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O Ibovespa acaba de estabelecer um novo recorde — e isto é o que precisa acontecer para a bolsa alçar voos ainda mais altos

20 de agosto de 2024 - 6:19

Correções são esperadas, mas a perspectiva para o Ibovespa permanece otimista, com potencial para ultrapassar os 140 mil pontos em breve

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O que precisa acontecer para o dólar parar de subir — e diminuir a pressão sobre a inflação e os juros

13 de agosto de 2024 - 7:01

O aguardado início de um ciclo de corte de juros pelo Fed tende a mudar a dinâmica das ações e do dólar nos mercados globais

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Um susto nos mercados globais: existe razão para tanta histeria?

6 de agosto de 2024 - 7:02

Ibovespa teve desempenho melhor que o de outros índices de ações em meio ao susto nos mercados — e ainda pode se beneficiar da queda nos juros, pelo menos em tese

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Uma rotação setorial está em andamento — e ela conversa com o ‘Trump Trade’

23 de julho de 2024 - 6:37

Rotação setorial coincide com esgotamento da valorização das ‘big techs’ em Wall Street e inflação desacelerando nos EUA

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar