🔴 QUER INVESTIR NAS MELHORES CRIPTOMOEDAS DO MOMENTO? SAIBA COMO CLICANDO AQUI

Um outro alguém

Thiago e seu noivo estavam a procura de um bom apartamento, e Paulinha os ajudou a realizar seus sonhos

4 de fevereiro de 2021
11:35 - atualizado às 15:41
Imagem: Shutterstock

Thiago e seu noivo estão à procura de um novo apartamento.

Com a overdose de home office na pandemia, ambos perceberam que estariam mais à vontade em um lugar um pouco maior.

"Sinto que é a hora certa de dar esse salto" — ele me disse. "Os juros do financiamento caíram muito e os preços dos imóveis ainda podem subir mais."

Depois de estudar as condições financeiras e ponderar as preferências do casal, eles decidem por um espaço em torno de 100 metros quadrados, por um teto de R$ 1,5 milhão e por um local razoavelmente tranquilo, em que possam correr na rua sem risco de atropelamento, e no qual não precisem escolher roupas fashion para sair para comprar pão.

Uma antiga colega de trabalho do Thiago acabou de comprar um apê e lhe indicou uma corretora, a Paulinha. O perfil da Paulinha é definido como: atenciosa, levanta diferentes oportunidades, com bastante assertividade. "Thi, você vai adorar ela!!!"

Paulinha se orgulha de conhecer os bairros de São Paulo como se fossem o próprio quintal. Destaca também o valor embutido na intimidade que desenvolve junto a seus clientes premium: "Ou posso chamar de amigos?".

Leia Também

"É bom para mim e é bom para vocês, sabe? Se eu conheço vocês bem, posso encontrar e-x-a-t-a-m-e-e-e-e-e-e-n-t-e o lugar que vocês estão procurando para chamar de lar!"

A maior parte dos clientes da Paulinha nos últimos anos é muito parecida com o Thiago: pessoas entre os 30 e 40 anos, com empregos bem-sucedidos em setores de saúde, tecnologia, finanças ou publicidade.

Thiago e Paulinha começam a bater perna. Entre maquetes e cozinhas renovadas, discutem-se as metas de vida pós-noivado. "Você pretende continuar no trabalho atual por um bom tempo? Acha que pode ganhar um bônus maior em 2021? Planeja ter filhos? Seu noivo tem cara de quem gosta de crianças!"

Ao observador cuidadoso, algo mais transparecia em meio a essas interações casuais. Paulinha comentava frequentemente sobre o quão aquecido está o mercado imobiliário em São Paulo: preços em alta, estoques em baixa.

"Ou seja, meu lindo, precisamos fazer uma proposta rápido! Ou o seu apartamento dos sonhos vai parar no sonho de outro alguém, entendeu? Um outro alguém dormindo na sua caminha gostosa! Já imaginou?"

A despeito de Thiago e seu noivo terem sido claros ao estabelecer um teto de R$ 1,5 milhão, Paulinha lhes trazia apartamentos entre R$ 1,7 milhão e R$ 2 milhões.

Ao visitar esses imóveis acima do teto, a corretora falava sobre como é possível conseguir muito mais qualidade de vida em troca de um pouquinho mais de custo. 

E também sobre a vantagem de investir num prédio novinho em folha, sem se preocupar toda hora se vai ter vazamento ou não, se o elevador vai quebrar entre o 14º e o 12º andar, ou se você vai ouvir os vizinhos de cima transando numa cama velha, de um prédio velho.

Então, numa visita a um projeto moderno de 79 metros quadrados, preço de tabela a R$ 2 milhões, Thiago se entusiasmou, e Paulinha também. 

Eles falaram sobre a vista maravilhosa da varanda, sobre a vibração hype deste bairro que tem tudo e nunca dorme, sobre o isolamento acústico, sobre a chance de morar ao lado de alguém famoso.

"Meu deus, esse lugar é a sua cara! Consegue se imaginar morando aqui?"

Um dia depois, Thiago ligou para Paulinha e colocou uma proposta de R$ 1,9 milhão, prontamente aceita.

Eles não iriam mais morar num bairro tranquilo, mas poderiam correr na esteira da academia do prédio novo.

Se estivessem com preguiça de se arrumar, poderiam também pedir pão gourmet pelo aplicativo. 

O preço de compra foi 27% acima do teto originalmente pensado, para um espaço 21% menor.

Em que se pesem esses pequenos detalhes, naquela noite, Thiago e seu noivo brindaram a belíssima aquisição com um Veuve Clicquot presenteado pela Paulinha.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: As expectativas de conflação estão desancoradas

19 de março de 2025 - 20:00

A principal dificuldade epistemológica de se tentar adiantar os próximos passos do mercado financeiro não se limita à já (quase impossível) tarefa de adivinhar o que está por vir

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Vale a pena investir em ações no Brasil?

17 de março de 2025 - 20:00

Dado que a renda variável carrega, ao menos a princípio, mais risco do que a renda fixa, para se justificar o investimento em ações, elas precisariam pagar mais nessa comparação

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Para um período de transição, até que está durando bastante

12 de março de 2025 - 19:58

Ainda que a maior parte de Wall Street continue sendo pró Trump, há um problema de ordem semântica no “período de transição”: seu falsacionismo não é nada trivial

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: As três surpresas de Donald Trump

10 de março de 2025 - 20:00

Quem estudou seu primeiro governo ou analisou seu discurso de campanha não foi muito eficiente em prever o que ele faria no cargo, em pelo menos três dimensões relevantes

VISÃO 360

Dinheiro é assunto de mulher? A independência feminina depende disso

9 de março de 2025 - 7:50

O primeiro passo para investir com inteligência é justamente buscar informação. Nesse sentido, é essencial quebrar paradigmas sociais e colocar na cabeça de mulheres de todas as idades, casadas, solteiras, viúvas ou divorciadas, que dinheiro é assunto delas.

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Na esperança de marcar o 2º gol antes do 1º

5 de março de 2025 - 20:01

Se você abre os jornais, encontra manchetes diárias sobre os ataques de Donald Trump contra a China e contra a Europa, seja por meio de tarifas ou de afrontas a acordos prévios de cooperação

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Um Brasil na mira de Trump

26 de fevereiro de 2025 - 20:00

Temos razões para crer que o Governo brasileiro está prestes a receber um recado mais contundente de Donald Trump

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Eu gostaria de arriscar um palpite irresponsável

19 de fevereiro de 2025 - 20:01

Vai demorar para termos certeza de que o último período de mazelas foi superado; quando soubermos, porém, não restará mais tanto dinheiro bom na mesa

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Tenha muito do óbvio, e um pouco do não óbvio

12 de fevereiro de 2025 - 20:00

Em um histórico dos últimos cinco anos, estamos simplesmente no patamar mais barato da relação entre preço e valor patrimonial para fundos imobiliários com mandatos de FoFs e Multiestratégias

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Isso não é 2015, nem 1808

10 de fevereiro de 2025 - 20:00

A economia brasileira cresce acima de seu potencial. Se a procura por camisetas sobe e a oferta não acompanha, o preço das camisetas se eleva ou passamos a importar mais. Não há milagre da multiplicação das camisetas.

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: O paradoxo DeepSeek

3 de fevereiro de 2025 - 20:01

Se uma relativamente pequena empresa chinesa pode desafiar as grandes empresas do setor, isso será muito bom para todos – mesmo se isso acabar impactando negativamente a precificação das atuais gigantes do setor

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: IPCA 2025 — tem gosto de catch up ou de ketchup mais caro?

29 de janeiro de 2025 - 20:31

Se Lula estivesse universalmente preocupado com os gastos fiscais e o descontrole do IPCA desde o início do seu mandato, provavelmente não teria que gastar tanta energia agora com essas crises particulares

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Um ano mais fácil (de analisar) à frente

18 de dezembro de 2024 - 20:00

Não restam esperanças domésticas para 2025 – e é justamente essa ausência que o torna um ano bem mais fácil de analisar

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Às vésperas da dominância fiscal

11 de dezembro de 2024 - 15:00

Até mesmo os principais especialistas em macro brasileira são incapazes de chegar a um consenso sobre se estamos ou não em dominância fiscal, embora praticamente todos concordem que a política monetária perdeu eficácia, na margem

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Precisamos sobre viver o “modo sobrevivência”

4 de dezembro de 2024 - 20:00

Não me parece que o modo sobrevivência seja a melhor postura a se adotar agora, já que ela pode assumir contornos excessivamente conservadores

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Banda fiscal no centro do palco é sinal de que o show começou

27 de novembro de 2024 - 16:01

Sequestrada pela política fiscal, nossa política monetária desenvolveu laços emocionais profundos com seus captores, e acabou por assimilar e reproduzir alguns de seus traços mais viciosos

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O Brasil (ainda não) voltou — mas isso vai acontecer

18 de novembro de 2024 - 20:00

Depois de anos alijados do interesse da comunidade internacional, voltamos a ser destaque na imprensa especializada. Para o lado negativo, claro

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Não estamos no México, nem no Dilma 2

7 de outubro de 2024 - 20:00

Embora algumas analogias de fato possam ser feitas, sobretudo porque a direção guarda alguma semelhança, a comparação parece bastante imprecisa

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Brasil com grau de investimento: falta apenas um passo, mas não qualquer passo

2 de outubro de 2024 - 14:40

A Moody’s deixa bem claro qual é o passo que precisamos satisfazer para o Brasil retomar o grau de investimento: responsabilidade fiscal

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: O improvável milagre do pouso suave americano

30 de setembro de 2024 - 20:03

Powell vendeu ao mercado um belo sonho de um pouso suave perfeito. Temos que estar cientes que é isso que os mercados hoje precificam, sem muito espaço para errar.

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar