Incerteza com o futuro da bolsa? Os velhos problemas já não são novidade
Fura-tetos, ameaças à Petrobras, juros de dois dígitos, inflação, desemprego… Nada disso incomoda mais

Juros de volta aos dois dígitos incomodam.
Inflação certamente incomoda.
Desemprego incomoda.
PIB parado ano que vem? Indubitavelmente incomoda.
Os fura-tetos enchem a casa de goteiras que, ao caírem em nossas cabeças, só fazem incomodar.
Ameaçar a Petrobras de intervenção incomoda.
Leia Também
Tony Volpon: Buy the dip
Rodolfo Amstalden: Buy the dip, e leve um hedge de brinde
Mas a verdade verdadeira, transparência radical, é que nada disso incomoda.
Nada disso incomoda muito.
"Sério? Você está falando sério?"
Sim, estou falando sério. Sou uma pessoa séria. Como de praxe entre pessoas sérias, se eu for fazer piada de alguma coisa, primeiro eu aviso que vou fazer a piada, e só depois faço a piada.
É assim que as pessoas sérias praticam humor.
Faltando graça, os incômodos atuais surgem sem surpresas para as empresas listadas na B3.
Não há nada nessa lista que o empresário brasileiro já não tenha sentido no passado, em vários passados.
Nossos novos problemas não passam de velhos problemas.
Por um lado, fica um sentimento de frustração, parece que somos incapazes de evoluir.
Por outro, já resolvemos esse exercício cem vezes nos últimos cem anos. Nem precisamos do gabarito para saber a resposta. Nem precisamos raciocinar mais.
A grande novidade do dia sobre a próxima eleição presidencial é a tentativa de costurar uma chapa com Lula e Geraldo Alckmin.
Tem certeza que você está preocupado com um clima de incerteza para os próximos capítulos da nossa história?
Rodolfo Amstalden: Para um período de transição, até que está durando bastante
Ainda que a maior parte de Wall Street continue sendo pró Trump, há um problema de ordem semântica no “período de transição”: seu falsacionismo não é nada trivial
Tony Volpon: As três surpresas de Donald Trump
Quem estudou seu primeiro governo ou analisou seu discurso de campanha não foi muito eficiente em prever o que ele faria no cargo, em pelo menos três dimensões relevantes
Dinheiro é assunto de mulher? A independência feminina depende disso
O primeiro passo para investir com inteligência é justamente buscar informação. Nesse sentido, é essencial quebrar paradigmas sociais e colocar na cabeça de mulheres de todas as idades, casadas, solteiras, viúvas ou divorciadas, que dinheiro é assunto delas.
Rodolfo Amstalden: Na esperança de marcar o 2º gol antes do 1º
Se você abre os jornais, encontra manchetes diárias sobre os ataques de Donald Trump contra a China e contra a Europa, seja por meio de tarifas ou de afrontas a acordos prévios de cooperação
Rodolfo Amstalden: Um Brasil na mira de Trump
Temos razões para crer que o Governo brasileiro está prestes a receber um recado mais contundente de Donald Trump
Rodolfo Amstalden: Eu gostaria de arriscar um palpite irresponsável
Vai demorar para termos certeza de que o último período de mazelas foi superado; quando soubermos, porém, não restará mais tanto dinheiro bom na mesa
Rodolfo Amstalden: Tenha muito do óbvio, e um pouco do não óbvio
Em um histórico dos últimos cinco anos, estamos simplesmente no patamar mais barato da relação entre preço e valor patrimonial para fundos imobiliários com mandatos de FoFs e Multiestratégias
Felipe Miranda: Isso não é 2015, nem 1808
A economia brasileira cresce acima de seu potencial. Se a procura por camisetas sobe e a oferta não acompanha, o preço das camisetas se eleva ou passamos a importar mais. Não há milagre da multiplicação das camisetas.
Tony Volpon: O paradoxo DeepSeek
Se uma relativamente pequena empresa chinesa pode desafiar as grandes empresas do setor, isso será muito bom para todos – mesmo se isso acabar impactando negativamente a precificação das atuais gigantes do setor
Rodolfo Amstalden: IPCA 2025 — tem gosto de catch up ou de ketchup mais caro?
Se Lula estivesse universalmente preocupado com os gastos fiscais e o descontrole do IPCA desde o início do seu mandato, provavelmente não teria que gastar tanta energia agora com essas crises particulares
Rodolfo Amstalden: Um ano mais fácil (de analisar) à frente
Não restam esperanças domésticas para 2025 – e é justamente essa ausência que o torna um ano bem mais fácil de analisar
Rodolfo Amstalden: Às vésperas da dominância fiscal
Até mesmo os principais especialistas em macro brasileira são incapazes de chegar a um consenso sobre se estamos ou não em dominância fiscal, embora praticamente todos concordem que a política monetária perdeu eficácia, na margem
Rodolfo Amstalden: Precisamos sobre viver o “modo sobrevivência”
Não me parece que o modo sobrevivência seja a melhor postura a se adotar agora, já que ela pode assumir contornos excessivamente conservadores
Rodolfo Amstalden: Banda fiscal no centro do palco é sinal de que o show começou
Sequestrada pela política fiscal, nossa política monetária desenvolveu laços emocionais profundos com seus captores, e acabou por assimilar e reproduzir alguns de seus traços mais viciosos
Felipe Miranda: O Brasil (ainda não) voltou — mas isso vai acontecer
Depois de anos alijados do interesse da comunidade internacional, voltamos a ser destaque na imprensa especializada. Para o lado negativo, claro
Felipe Miranda: Não estamos no México, nem no Dilma 2
Embora algumas analogias de fato possam ser feitas, sobretudo porque a direção guarda alguma semelhança, a comparação parece bastante imprecisa
Rodolfo Amstalden: Brasil com grau de investimento: falta apenas um passo, mas não qualquer passo
A Moody’s deixa bem claro qual é o passo que precisamos satisfazer para o Brasil retomar o grau de investimento: responsabilidade fiscal
Tony Volpon: O improvável milagre do pouso suave americano
Powell vendeu ao mercado um belo sonho de um pouso suave perfeito. Temos que estar cientes que é isso que os mercados hoje precificam, sem muito espaço para errar.
Rodolfo Amstalden: If you’re old, sell & hold
Em meio à fartura de indicadores de atividade e inflação sugerindo bons sinais vitais, desponta um certo estranhamento no fato de que Warren Buffett parece estar se preparando para tempos piores à frente
Felipe Miranda: O Fim do Brasil não é o fim da História – e isso é uma má notícia
Ao pensar sobre nosso país, tenho a sensação de que caminhamos para trás. Feitos 10 anos do Fim do Brasil, não aprendemos nada com os erros do passado