🔴 GANHOS DE ATÉ R$ 1.000 POR HORA? ESTE MÉTODO PODE GERAR RENDA DE 7 DÍGITOS POR MÊS – CONHEÇA

O lado bom do fim do mundo: a bolsa está barata aos 125 mil pontos

7 de julho de 2021
11:16 - atualizado às 11:27
Arte mostrando um gráfico de barras com a bandeira do Brasil e uma seta com oscilações para cima e para baixo, fazendo menção às instabilidades na inflação, dólar, PIB, juros e outras variáveis macroeconômicas, competitividade mundial
Imagem: Shutterstock

Hipotética e aleatoriamente, pense que você seja convidado a ser ministro da Economia de um país qualquer, cujo presidente eleito acaba de passar por uma dita conversão liberal. Você teria carta branca para executar um choque de liberalismo e reduzir o peso do Estado na economia.

Conforme o tempo passa, se percebe uma dificuldade maior do que a anteriormente esperada para se caminhar com a tal agenda liberal e as reformas estruturantes. Em determinadas situações, o presidente hipotético parece resgatar suas velhas convicções, em outras mostra alguma inclinação ao populismo. O compromisso com a cartilha do liberalismo não era assim tão criterioso. 

O que seria ético a se fazer? E o que você faria? Abandonaria o governo, preservando a sua biografia pessoal e impondo ao país o risco de uma guinada heterodoxa, intervencionista, irresponsável fiscalmente e populista? Ou ficaria lá, numa cruzada impetrada numa espécie de exército de um homem liberal só, evitando o pior, tentando garantir um zero a zero e lutando por algum equilíbrio fiscal? Ruim com o ministro, muito pior sem ele.

A ideia de ministros da Economia técnicos, comprometidos e sabedores da cartilha adequada a se adotar se associando a governos com inclinações diferentes não é propriamente nova. Gustavo Franco propõe uma investigação profunda dessa relação em seu belo e mais novo livro “Lições Amargas”. O caso mais emblemático é de Hjalmar Schacht, herói da vitória alemã contra a hiperinflação em 1923 e posteriormente recrutado como ministro de Hitler.

Gustavo Franco expõe com seu brilhantismo costumeiro o dilema ético associado a essa decisão. A quem você pode se associar tentando fazer o bem? 

A história de pactos fáusticos vai muito além de Goethe, Mann, Machado de Assis e Guimarães Rosa. Mais do que referências filosóficas, éticas e literárias, ela transborda também os ministérios e o Palácio para se enfileirar no próprio âmago da sociedade brasileira.

Leia Também

Um pequeno passo atrás, antes de continuarmos.

O mês de julho é bastante caro pra mim. Ele, talvez como nenhum outro, representa o tipping point para a Empiricus. Há exatos sete anos, lançávamos o famigerado “Fim do Brasil”, metáfora para descrever a morte, com 20 anos de idade, daquele país que se iniciara com o Plano Real, também em julho (de 1994), a partir das mazelas e do descalabro da nova matriz econômica, as diretrizes da administração Dilma Rousseff.

Vivemos a maior recessão da história republicana brasileira, em um momento em que o mundo crescia razoavelmente bem. A crise vinha bem de dentro, dos porões da heterodoxia na gestão macro e do subsolo das negociatas pouco republicanas.

Como consequência, o pêndulo sociopolítico migraria necessariamente da esquerda intervencionista para a direita liberal. Depois do impeachment de Dilma e do surpreendentemente bom governo Temer, teríamos eleições democráticas. Havia, ingenuamente ou não, alguma esperança de que o novo pudesse acabar com a corrupção e, ao menos enquanto representado pelo PhD de Chicago, nos devolver o crescimento acelerado, o aumento de produtividade, o maior dinamismo da economia, a abertura, a meritocracia e o desenvolvimento.

Conforme muito bem definiu Felipe Guerra, da Legacy, entramos na última eleição presidencial tendo de escolher entre um tiro na cabeça (Haddad) e um tiro no escuro (Bolsonaro). 

Escolhemos o tiro no escuro. Deu no que deu.

Há algo capcioso em relação ao tiro no escuro. Ele tem uma conotação negativa, claro. O risco de um tiro sem a capacidade de visão é enorme. A incerteza é gigantesca e as consequências podem ser trágicas. Mas o desconhecido não é necessariamente ruim a priori. Se olhado com critério, ele carrega em si alguma esperança. Traz o novo, que pode ser bom ou ruim. 

A preocupação agora é de que não tenhamos sequer a esperança. A trágica morte aos 27 anos, típica dos ídolos roqueiros e dos heróis, não é do Plano Real em si, mas da esperança que havia nele contida.

O inferno é onde não há esperança. “Deixai toda a esperança, vós que entrais”, diria Dante. Neste momento, não temos sequer a prerrogativa do tiro no escuro. À esquerda ou à direita, são dois tiros na cabeça, que eliminam a chance de vermos de novo o Cristo Redentor decolando.

Ao menos, o desalento não nos traz expectativas ingênuas. A esperança pode ser também o pior dos males, conforme alerta Nietzsche, porque prolonga o sofrimento. 

Sinto lhe dizer, mas o Cristo não vai decolar. Mas também sem motivos para desespero. Ele não vai cair de cara no chão. Presumo que ele continuará lá, incólume, parado, estagnado, tão estático quanto nossa condição, dos últimos anos, condenados à procrastinação macunaímica dos últimos 520 anos e à incapacidade de lidarmos com escolhas difíceis, de encararmos corporações e entregar-lhes uma negativa, sob as imperiosas restrições fiscais. 

A parte boa dessa história? A Bolsa me parece barata aos 125 mil pontos. E com o yield do Treasury de dez anos pagando 1,35%, o mundo é de baixos retornos e o dinheiro terá de vir pra cá. Com tiro, porrada e bomba, o setor privado segue sendo fonte importante de geração de valor. A morte da esperança macroeconômica e sistêmica tem uma outra face: a construção de expectativas razoáveis, nos termos de Howard Marks, de perseguir-se boas históricas microeconômicas e idiossincráticas, alheias a esse barulho todo.

Desde a criação da carteira Oportunidades de Uma Vida no Palavra do Estrategista ao final de 2015, ela sobe 573%, contra 164% do Ibovespa. Ela atravessou Dilma, Temer e Bolsonaro. Enquanto nos perdermos em discussões ideológicas político-partidárias, deixaremos escapar boas oportunidades de lucro.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
MARKET MAKERS

Precisamos falar sobre indicadores antecedentes: Saiba como analisar os índices antes de investir

1 de setembro de 2022 - 14:09

Com o avanço da tecnologia, cada vez mais fundos de investimentos estão utilizando esses indicadores em seus modelos — e talvez a correlação esteja caindo

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Encaro quase como um hedge

1 de setembro de 2022 - 13:27

Tenho pensado cada vez mais na importância de buscar atividades que proporcionem feedbacks rápidos e causais. Elas nos ajudam a preservar um bom grau de sanidade

CAÇADOR DE TENDÊNCIAS

Day trade na B3: Oportunidade de lucro de mais de 4% com ações da AES Brasil (AESB3); confira a recomendação

1 de setembro de 2022 - 8:25

Identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant – compra dos papéis da AES Brasil (AESB3). Saiba os detalhes

O melhor do Seu Dinheiro

Setembro em tons de vermelho: Confira todas as notícias que pesam nos mercados e impactam seus investimentos hoje

1 de setembro de 2022 - 8:22

O mês de setembro começa com uma imensa mancha de tinta vermelha sobre a tela das bolsas mundiais, sentindo o peso do Fed, da inflação recorde na zona do euro e do lockdown em Chengdu

ESTRADA DO FUTURO

A febre dos NFTs passou, mas esta empresa está ganhando dinheiro com eles até hoje

1 de setembro de 2022 - 5:48

Saiba quem foram os vendedores de pás da corrida do ouro dos NFTs e o que isso nos ensina para as próximas ondas especulativas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Balanço de agosto, o Orçamento de 2023 e outros destaques do dia

31 de agosto de 2022 - 19:20

A alta de 6,16% do Ibovespa em agosto afastou o rótulo de “mês do desgosto”, mas ainda assim deixou um sabor amargo na boca.  Isso porque depois de disparar mais de 10% ainda na primeira quinzena, impulsionado pela volta do forte fluxo de capital estrangeiro, as últimas duas semanas foram comandadas pela cautela.  Uma dupla […]

CAÇADOR DE TENDÊNCIAS

Day trade na B3: Oportunidade de lucro acima de 4% com ações da Marcopolo (POMO4); confira a recomendação

31 de agosto de 2022 - 8:10

Identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant – compra dos papéis da Marcopolo (POMO4). Saiba mais detalhes

O melhor do Seu Dinheiro

Tente outra vez: basta desejar profundo para ver a bolsa subir? Confira tudo o que mexe com os seus investimentos hoje

31 de agosto de 2022 - 8:08

Em queda desde a sexta-feira, as bolsas de valores estrangeiras começaram o dia em busca de recuperação singela. Por aqui, investidores procuram justificativas para descolar o Ibovespa de Wall Street

o melhor do seu dinheiro

Commodities derrubam Ibovespa, Itaú BBA rebaixa a Petrobras (PETR4) e as mudanças na WEG (WEGE3); confira os destaques do dia

30 de agosto de 2022 - 19:20

As últimas levas de notícias que chegam de todas as partes do mundo parecem ter jogado os investidores dentro de um labirinto de difícil resolução em que apenas a cautela pode ser utilizada como arma.  O emaranhado de corredores a serem percorridos não só são longos, como também parecem estar sempre mudando de posição — […]

A BOLSA COMO ELA É

Gringos estão de olho no Ibovespa, mas investidor local parece sem apetite pela bolsa brasileira. Qual é a melhor estratégia?

30 de agosto de 2022 - 11:50

É preciso ir contra o consenso para gerar retornos acima da média, mesmo que isso signifique correr o risco de estar errado

MARKET MAKERS

Entenda por que você não deve acompanhar só quem possui teses de investimento iguais às suas

30 de agosto de 2022 - 9:17

Parte fundamental do estudo de uma ação é entender não só a cabeça de quem tem uma tese que vá em linha com a sua, mas também a de quem pensa o contrário

CAÇADOR DE TENDÊNCIAS

Day trade na B3: Oportunidade de lucro acima de 11% com ações da Santos Brasil (STBP3); confira a recomendação

30 de agosto de 2022 - 8:15

Identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant – compra dos papéis da Santos Brasil (STBP3). Saiba os detalhes

O melhor do Seu Dinheiro

Uma pausa para respirar: Confira todas as notícias que movimentam os mercados e impactam seus investimentos hoje

30 de agosto de 2022 - 8:08

A saída da atual crise inflacionária norte-americana passa necessariamente por algum sacrifício. Hoje, porém, as bolsas fazem uma pausa para respirar

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Aperte os cintos: o Fed praticamente acabou com as teses de crescimento, e o fim do bear market rally está aí

30 de agosto de 2022 - 6:22

Saída da atual crise inflacionária passa por algum sacrifício. Afinal, estamos diante de um ciclo econômico clássico e será preciso esfriar o mercado de trabalho

SEU DINHEIRO NA SUA NOITE

Ibovespa se descola da gringa, Itaú entra na disputa das vendas virtuais e a estratégia de Bolsonaro para os debates; confira os destaques do dia

29 de agosto de 2022 - 19:17

Em Wall Street, o alerta do Federal Reserve de que o aperto monetário pode ser mais intenso do que o esperado penalizou as bolsas lá fora

EXILE ON WALL STREET

Complacência: Entenda por que é melhor investir em ativos de risco brasileiros do que em bolsa norte-americana

29 de agosto de 2022 - 11:25

Uma das facetas da complacência é a tendência a evitar conflitos e valorizar uma postura pacifista, num momento de remilitarização do mundo, o que pode ser enaltecido agora

CAÇADOR DE TENDÊNCIAS

Day trade na B3: Oportunidade de lucro acima de 5% com ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3); confira a recomendação

29 de agosto de 2022 - 8:25

Identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant – compra dos papéis do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3). Veja os detalhes

O melhor do Seu Dinheiro

Mercados, debate presidencial e um resultado inesperado: Confira todas as notícias que mexem com os seus investimentos hoje

29 de agosto de 2022 - 8:24

Com a percepção de que o Fed optará pelo combate à inflação a todos os custos, os últimos dias de agosto não devem trazer alívio para os mercados financeiros. O Ibovespa ainda repercute o primeiro debate entre presidenciáveis

Trilhas de carreira

Por que saber demais pode tornar você um péssimo chefe

28 de agosto de 2022 - 7:32

Apesar de desenvolvermos uma compreensão mais sofisticada da realidade como adultos, tendemos a cair em armadilhas com muito mais frequência do que gostaríamos de admitir

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Wall Street tomba com Powell, os melhores momentos de Lula e Bolsonaro no Jornal Nacional e outros destaques do dia

26 de agosto de 2022 - 18:13

Desde que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou o início da retirada dos estímulos monetários adotados na pandemia, durante o simpósio de Jackson Hole de 2021, o mercado financeiro global já se viu obrigado inúmeras vezes a recalcular a rota, e todas elas parecem levar a um destino ainda incerto, mas muito […]

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar