🔴 QUER INVESTIR NAS MELHORES CRIPTOMOEDAS DO MOMENTO? SAIBA COMO CLICANDO AQUI

Bitcoins, IPOs, reestruturações e M&As: coisas para comprar ainda nesta semana

14 de abril de 2021
12:43 - atualizado às 19:01
Montagem mostra radar sobre mapa

De onde você menos espera é que não vem nada mesmo. É notável a regularidade da incompetência. Ela não surpreende. Está sempre por aí. 

Lembro com frequência da famosa frase, já meio clichê, você tem razão, do Kennedy: não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu país.

Se vale para os Estados Unidos, imagina na Copa…

Pergunto a mim mesmo se estou certo. Talvez não, mas noto algo triste no Brasil. As pessoas estão perdendo a capacidade de acreditar, perdendo a fé. A fé na vida em si. Olha-se para um lado, depois para o outro e não se vê saída. Parecemos condenados às mazelas de sempre, à armadilha do país da renda média.

Ficaríamos, como país, velhos antes de ficarmos ricos? Os países velhos e ricos já enfrentam graves problemas; agora, como será ser velho e pobre? Perde-se a vontade sequer de conversar, de debater, ou mesmo de acompanhar os rumos do Brasil — e aquilo falo do ponto de vista de Estado, não de governo. A alternativa à esquerda é péssima, fique claro.

A sensação é de que a própria realidade se tornou um vírus e ninguém quer se contaminar com aquilo. Fugimos de nós mesmos, o que é sempre a pior fuga. Ficamos impedidos de dar o salto de fé de Soren Kierkegaard. Nietzsche diria que a esperança é o mal derradeiro, o pior dos males, porque prolonga o sofrimento humano.

Leia Também

Mas, com o perdão do pragmatismo sobre a filosofia, o que seria do desenvolvimento econômico e social sem a esperança? Não é disso, afinal, que se trata quando falamos no “espírito animal” dos empresários?

Eu preciso ser justo. Até acho que essa batalha do Orçamento vai ser endereçada de algum modo. Há limites até para o ridículo. A realidade se impõe de algum modo. E não existem meios de escapar dela neste caso particular. Mas não esperamos muita coisa da política.

A parte boa é que isso não necessariamente é uma má notícia. Para ganhar dinheiro, dado o nível de preços e dado aquilo que Fabio Okumura brilhantemente chamou de “excepcionalismo norte-americano”, ou seja, que o processo de vacinação e abertura da economia vai chegar a outros países, podemos prescindir de novidades positivas da política. Basta não atrapalhar. Como já escrevi aqui, estamos ainda vivendo 2020 e só se fala em 2022. 

Há coisas mais urgentes — e úteis — para se falar. Vamos a elas, porque este é meu último Day One da semana e não temos tempo a perder.

Hoje é o IPO da Coinbase. Apesar de um valuation bem esticado, a expectativa predominante é de forte alta. Grupos de WhatsApp discutem se a alta será de dois ou até três dígitos. Faz parte da festa.

Os desdobramentos sobre o bitcoin já têm sido tangíveis. A criptomoeda bateu US$ 64 mil, em novo recorde histórico. Há gente importante do meio dizendo que só este evento pode levar o bitcoin acima de US$ 70 mil. 

Na dúvida, se você não tem ainda, melhor comprar um pouco. Temos mais a ganhar do que a perder aqui. E você pode comprar o que você não entende, desde que entenda o impacto daquilo no seu portfólio, que, no fundo, é o que importa.

Nesta semana, rolam as reservas para o primeiro ETF de cripto listado na B3. Acho que vale a pena participar. Entre em contato com a sua corretora e faça a sua reserva. Eu mesmo já sinalizei minha intenção de compra na Vitreo.

Ainda no âmbito dos IPOs urgentes, essa Viveo parece bacana. Setor quente, empresa bem tocada e as melhores casas do Brasil no book. Antes bem acompanhado do que só. 

Aliás, boa parte dessa turma está também comprando as debêntures da Vale, anteriormente nas mãos do BNDES. O negócio ganhou bastante liquidez, oferece um yield bacana e tem ganho de capital aqui acho que até para curto prazo. Saiu a R$ 53, mercado já está operando entre R$ 57 e R$ 58 e os R$ 65 são logo ali.  

Para fechar, duas coisas sobre ações.

LAME4 subiu 9% ontem. Na segunda, saiu um grande call spread para junho, de 11 milhões de opções, aos strikes de R$ 23,50 e R$ 26,50. Chamou atenção do mercado todo. “No creo en brujas, pero que las hay, las hay.” Há gringo na ponta compradora e em cerca de um mês devemos conhecer os detalhes finais da reestruturação, que é muito positiva para a companhia. Simplifica estrutura societária, ganha liquidez, otimiza estrutura fiscal, ganha sinergia operacional. Nesse valuation, acho que tem que comprar agora.  

E precisamos falar de Oi. A ação reagiu muito mal à operação de venda da Infra para o BTG. Entendo que a reação derive mais de um mau gerenciamento das expectativas de mercado do que do deal em si. Como já se conhecia o preço mínimo e a Oi sinalizou muito interesse pela companhia, parte do mercado interpretou que pudesse vir algo acima do mínimo.

Contudo, a Oi sai dessa operação muito melhor do que entrou. Isso é inequívoco. Sobre o deal em si, ele tinha muito risco. Se isso fosse uma empresa standalone, o valor seria maior. Na prática, o BTG comprou uma expectativa, muito apoiado ainda numa espécie de powerpoint (embora já com entregáveis claros e tangíveis).

Precisa fazer o carveout. Isso obviamente envolve um risco que está no preço. Sobra muito upside na parte em que eles continuam — dá para ganhar dinheiro grande aqui.

Essa empresa vai dar muita alegria ainda. Amos é muito competente neste ramo, o BTG tem alguns dos melhores caras do Brasil e Esteves está pessoalmente no deal — e isso conta muito. Minha leitura pessoal, para resumir: a Oi cristalizou a metade que vendeu agora num preço “ok” e comprou a opção de explodir lá na frente no percentual remanescente.

O BTG vai entregar a empresa, derisk o business e pode fazer um IPO disso em dois, três anos, num outro valuation. Agora é a execução — e esses caras são bons nisso.

A realidade objetiva e concreta melhorou. Eu me nego a fugir dela.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: As expectativas de conflação estão desancoradas

19 de março de 2025 - 20:00

A principal dificuldade epistemológica de se tentar adiantar os próximos passos do mercado financeiro não se limita à já (quase impossível) tarefa de adivinhar o que está por vir

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Vale a pena investir em ações no Brasil?

17 de março de 2025 - 20:00

Dado que a renda variável carrega, ao menos a princípio, mais risco do que a renda fixa, para se justificar o investimento em ações, elas precisariam pagar mais nessa comparação

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Para um período de transição, até que está durando bastante

12 de março de 2025 - 19:58

Ainda que a maior parte de Wall Street continue sendo pró Trump, há um problema de ordem semântica no “período de transição”: seu falsacionismo não é nada trivial

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: As três surpresas de Donald Trump

10 de março de 2025 - 20:00

Quem estudou seu primeiro governo ou analisou seu discurso de campanha não foi muito eficiente em prever o que ele faria no cargo, em pelo menos três dimensões relevantes

VISÃO 360

Dinheiro é assunto de mulher? A independência feminina depende disso

9 de março de 2025 - 7:50

O primeiro passo para investir com inteligência é justamente buscar informação. Nesse sentido, é essencial quebrar paradigmas sociais e colocar na cabeça de mulheres de todas as idades, casadas, solteiras, viúvas ou divorciadas, que dinheiro é assunto delas.

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Na esperança de marcar o 2º gol antes do 1º

5 de março de 2025 - 20:01

Se você abre os jornais, encontra manchetes diárias sobre os ataques de Donald Trump contra a China e contra a Europa, seja por meio de tarifas ou de afrontas a acordos prévios de cooperação

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Um Brasil na mira de Trump

26 de fevereiro de 2025 - 20:00

Temos razões para crer que o Governo brasileiro está prestes a receber um recado mais contundente de Donald Trump

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Eu gostaria de arriscar um palpite irresponsável

19 de fevereiro de 2025 - 20:01

Vai demorar para termos certeza de que o último período de mazelas foi superado; quando soubermos, porém, não restará mais tanto dinheiro bom na mesa

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Tenha muito do óbvio, e um pouco do não óbvio

12 de fevereiro de 2025 - 20:00

Em um histórico dos últimos cinco anos, estamos simplesmente no patamar mais barato da relação entre preço e valor patrimonial para fundos imobiliários com mandatos de FoFs e Multiestratégias

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Isso não é 2015, nem 1808

10 de fevereiro de 2025 - 20:00

A economia brasileira cresce acima de seu potencial. Se a procura por camisetas sobe e a oferta não acompanha, o preço das camisetas se eleva ou passamos a importar mais. Não há milagre da multiplicação das camisetas.

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: O paradoxo DeepSeek

3 de fevereiro de 2025 - 20:01

Se uma relativamente pequena empresa chinesa pode desafiar as grandes empresas do setor, isso será muito bom para todos – mesmo se isso acabar impactando negativamente a precificação das atuais gigantes do setor

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: IPCA 2025 — tem gosto de catch up ou de ketchup mais caro?

29 de janeiro de 2025 - 20:31

Se Lula estivesse universalmente preocupado com os gastos fiscais e o descontrole do IPCA desde o início do seu mandato, provavelmente não teria que gastar tanta energia agora com essas crises particulares

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Um ano mais fácil (de analisar) à frente

18 de dezembro de 2024 - 20:00

Não restam esperanças domésticas para 2025 – e é justamente essa ausência que o torna um ano bem mais fácil de analisar

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Às vésperas da dominância fiscal

11 de dezembro de 2024 - 15:00

Até mesmo os principais especialistas em macro brasileira são incapazes de chegar a um consenso sobre se estamos ou não em dominância fiscal, embora praticamente todos concordem que a política monetária perdeu eficácia, na margem

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Precisamos sobre viver o “modo sobrevivência”

4 de dezembro de 2024 - 20:00

Não me parece que o modo sobrevivência seja a melhor postura a se adotar agora, já que ela pode assumir contornos excessivamente conservadores

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Banda fiscal no centro do palco é sinal de que o show começou

27 de novembro de 2024 - 16:01

Sequestrada pela política fiscal, nossa política monetária desenvolveu laços emocionais profundos com seus captores, e acabou por assimilar e reproduzir alguns de seus traços mais viciosos

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O Brasil (ainda não) voltou — mas isso vai acontecer

18 de novembro de 2024 - 20:00

Depois de anos alijados do interesse da comunidade internacional, voltamos a ser destaque na imprensa especializada. Para o lado negativo, claro

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Não estamos no México, nem no Dilma 2

7 de outubro de 2024 - 20:00

Embora algumas analogias de fato possam ser feitas, sobretudo porque a direção guarda alguma semelhança, a comparação parece bastante imprecisa

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Brasil com grau de investimento: falta apenas um passo, mas não qualquer passo

2 de outubro de 2024 - 14:40

A Moody’s deixa bem claro qual é o passo que precisamos satisfazer para o Brasil retomar o grau de investimento: responsabilidade fiscal

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: O improvável milagre do pouso suave americano

30 de setembro de 2024 - 20:03

Powell vendeu ao mercado um belo sonho de um pouso suave perfeito. Temos que estar cientes que é isso que os mercados hoje precificam, sem muito espaço para errar.

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar