Investir no Brasil: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come
Confira uma seleção de matérias feita pela CEO do Seu Dinheiro, Marina Gazzoni

Não dá para negar que o clima piorou bastante no Brasil nas últimas semanas. Os casos de covid estão nas alturas e diversos estados fecharam o comércio não essencial.
Eu mesma, que estava indo ao escritório todos os dias, volto para o home office na segunda-feira, com São Paulo na fase vermelha.
É claro que tudo isso soa mal para os mercados. Haverá impacto na economia, no emprego, nos resultados das empresas…
Mas, como eu disse na semana passada: enquanto uns choram, outros vendem lenços. O Rappi e o Ifood devem estar no seu melhor momento. E quem agora vai cancelar a Netflix?
Além da pandemia, as incertezas em Brasília deixam os investidores cautelosos.
Os mercados vivem um momento de alta volatilidade. Cada lance provoca reações exacerbadas, como se fosse o gol da vitória ou derrota.
Leia Também
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
Nesta semana, os mercados comemoraram a aprovação da PEC emergencial nos dois turnos no Senado. O Ibovespa fechou a semana aos 115.202 pontos, um ganho de 4,70%.
Veja, a seguir, minhas sugestões de leitura para o seu fim de semana:
1 - O dilema dos gestores para operar “Brasil”
Com a intervenção do governo Bolsonaro na Petrobras, há uma percepção de que ficou mais arriscado investir no Brasil. É como se os gestores de fundos ouvissem uma espécie de alerta que diz: “corra!”.
A reação natural seria comprar dólar e pular fora dos ativos brasileiros. A Verde Asset, de certa forma, avisou que vai fazer isso. Na sua última carta, criticou as falhas do governo na aquisição das vacinas e disse que está se protegendo no câmbio.
Mas alguns gestores estão hesitantes em abandonar a tese de recuperação do Brasil. Se, por um lado, o clima não é nada bom aqui, por outro, há uma conjunção de fatores econômicos que favorece a alta das commodities e as economias emergentes, como o Brasil.
É por isso que está difícil saber onde investir neste momento. Como diz o ditado: “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. O Vinícius Pinheiro mostra nesta reportagem o dilema dos gestores.
2 - A curva de juros ‘empinou’
Um fator bem importante para o fluxo de capitais global é a tal da curva de juros dos títulos do Tesouro americano. Considerados uma das aplicações mais seguras do mundo, qualquer mudança nessas taxas tem peso no mundo todo.
O que está acontecendo agora é que a curva de juros “empinou”, ou seja, as taxas desses títulos estão mais altas.
Por que essa curva mudou? Tudo se deve às expectativas para a inflação. Parte do mercado entende que a inflação nos EUA será um problema e poderá forçar o Fed, o banco central do país, a elevar a taxa de juros americana.
O mercado não espera a decisão do Fed se concretizar para fazer preço. A mera expectativa de alta dos juros já muda a precificação dos títulos. O Matheus Spiess explica o que está em jogo na sua última coluna.
3 - Tá certo isso, Ivan?
Em tempos tão malucos que vivemos, a gente desconfia até do que vê. Na última segunda-feira (1º), dois números na tela chamaram a atenção.
Uma alta superior a 300% para a ação do Assaí e uma queda de mais de 70% para os papéis do GPA. “Está certo isso, Ivan”, questionou o Vinícius na redação.
Por incrível que pareça, era isso mesmo. O repórter Ivan Ryngelblum traz aqui os detalhes da estreia do Assaí na B3.
4 - Oito de 13 corretoras indicam esta ação...
Não é porque o clima está nebuloso que você deva ficar de fora da bolsa. Pelo contrário: um bom investidor mantém uma carteira diversificada para enfrentar qualquer cenário, com diferentes classes de ativos.
Há centenas de empresas na bolsa e algumas delas podem entregar retornos positivos mesmo em um cenário de crise econômica, política e sanitária. Quem comprou a ação do Assaí que o diga...
Para oito de 13 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro, a Vale é uma dessas ações. Ela é a campeã absoluta de março do ranking “Ação do Mês”, organizado pela repórter Jasmine Olga.
Como funciona? Cada corretora indica suas três principais apostas na bolsa entre as ações de suas carteiras recomendadas.
Em março, na segunda posição está… bem, na verdade, houve um empate entre seis ações. Veja aqui o ranking completo.
5 - Convite para um clube do livro
Com bares, restaurantes, shoppings e parques fechados, minha programação para os próximos dias terá muito Netflix e leitura.
Se você está em busca de recomendações de livros que possam te ajudar a investir melhor, deixo aqui o convite para entrar em um clube do livro sobre finanças.
São obras bem legais, algumas inéditas no Brasil. A curadoria dos títulos é feita por analistas que efetivamente ganham dinheiro nos mercados. A Letícia Camargo mostra como funciona nesta reportagem.
Eu também sou membro do clube e em breve vou começar a escrever algumas resenhas de livros aqui no Seu Dinheiro. E aí, quem topa embarcar comigo nesta jornada de conhecimento?
Um abraço e ótimo sábado!
Direcional (DIRR3) anuncia cisão total da Filadélphia e reorganização societária; veja o que acontece com o patrimônio dos CEOs
Empresa afirma que não houve alteração na estrutura administrativa nem no controle
CEO da Lojas Renner aposta em expansão mesmo com juro alto jogando contra — mas mercado hesita em colocar ações LREN3 no carrinho
Ao Seu Dinheiro, o presidente da varejista, Fabio Faccio, detalhou os planos para crescer este ano e diz que a concorrência que chega de fora não assusta
Não é um pássaro (nem um avião): Ibovespa tenta manter bom momento enquanto investidores se preparam para a Super Quarta
Investidores tentam antecipar os próximos passos dos bancos centrais enquanto Lula assina projeto sobre isenção de imposto de renda
Vem divórcio? Azzas 2154 (AZZA3) recua forte na B3 com rumores de separação de Birman e Jatahy após menos de um ano desde a fusão
Após apenas oito meses desde a fusão, os dois empresários à frente dos negócios já avaliam alternativas para uma cisão de negócios, segundo a imprensa local
Magazine Luiza (MGLU3) vai acelerar oferta de crédito em 2025 mesmo com juros em alta, diz Fred Trajano
O CEO do Magalu afirma que, diante de patamares controlados de inadimplência e níveis elevados de rentabilidade, “não há por que não acelerar mais o crédito”
Dinheiro é assunto de mulher? A independência feminina depende disso
O primeiro passo para investir com inteligência é justamente buscar informação. Nesse sentido, é essencial quebrar paradigmas sociais e colocar na cabeça de mulheres de todas as idades, casadas, solteiras, viúvas ou divorciadas, que dinheiro é assunto delas.
Um olhar pelo retrovisor: Ibovespa tenta manter alta com investidores de olho em balanços e Petrobras em destaque
Além dos números da Petrobras, investidores repercutem balanços da Ambev, do IRB, da Klabin e da WEG, entre outros
Procuramos independência: Ibovespa tenta se recuperar de queda em dia de IPCA-15, balanços e Haddad
IRB e Vivo divulgam resultados por aqui; lá fora, investidores concentram o foco no balanço da Nvidia
Um café amargo na bolsa: Ibovespa se prepara para balanços da Petrobras e da Ambev em semana agitada de indicadores
Poucos aromas são tão irresistíveis quanto o do café. No entanto, muita gente se queixa que o sabor do cafezinho não chega perto de seu cheiro. Talvez porque não é todo mundo que consegue beber café sem adicionar pelo menos um pouco de açúcar ou adoçante. De uns tempos para cá, porém, cada vez mais […]
Banco do Brasil (BBAS3) é “muito melhor que o Itaú”: Diretor financeiro revela por que as ações do banco estatal operam com desconto
Na visão do CFO, o BB é um ativo “muito peculiar”, com mais de 200 anos e que consegue entregar rentabilidades comparáveis aos seus pares privados
Memórias de uma janela fechada: Ibovespa busca manter alta com Wall Street de volta ao jogo e negociações sobre guerra na Ucrânia
Diante da agenda fraca, negociações entre EUA e Rússia ocorrem na Arábia Saudita, mas exclui os ucranianos da conversa
Mais uma chance na vida: Ibovespa tenta manter bom momento em dia de inflação nos EUA e falas de Lula, Galípolo e Powell
Investidores também monitoram reação a tarifas de Trump sobre o aço e o alumínio; governo brasileiro mantém tom cauteloso
SBF (SBFG3) de CEO novo: dona da Centauro aprova eleição de novo presidente; ações caem quase 20% em um ano
Para substituir Pedro Zemel à frente do grupo, o conselho aprovou a eleição de Gustavo de Lima Furtado, um dos principais executivos das empresas do Grupo SBF
‘Pé no chão’: Bradesco (BBDC4) está conservador para 2025 — mas CEO revela o que poderia levar à revisão positiva do guidance
Segundo Marcelo Noronha, uma das estratégias do banco foi focar no crescimento maior em linhas de menor risco — que geram menos margens, mas são garantidas para o banco
Tabuada na bolsa: Ibovespa reage ao balanço do Bradesco enquanto investidores aguardam payroll nos EUA
Participantes do mercado olham para o payroll em busca de sinais em relação aos próximos passos do Fed
Uma renda nem tão fixa assim: Ibovespa reage a balanços enquanto investidores monitoram Trump e decisão de juros na Inglaterra
Itaú reporta lucro líquido maior do que se esperava e anuncia dividendos extraordinários e recompra de ações multibilionária
Santander (SANB11) tem fome de rentabilidade, mas ROE de 20% não virá em 2025, diz CEO; ações saltam na B3
Para Mário Leão, 2024 foi o “ano da consolidação da transformação” do banco — mas os próximos meses pedirão cautela, especialmente em meio à volatilidade do cenário macroeconômico
Alta da Selic, autonomia do BC e novo comando da Vale (VALE3): as falas de Lula que ajudam o Ibovespa e as ações da mineradora hoje
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou a primeira coletiva de imprensa do ano nesta quinta-feira (30) e falou também sobre a questão fiscal e a alta do preço dos alimentos
Super-juros, ativar: Ibovespa busca recuperação improvável em dia de Fed, Copom e reação a relatório de produção e vendas da Vale
Investidores antecipam interrupção de corte de juros nos EUA e aumento da taxa Selic no Brasil na primeira Super Quarta de 2025
Vai ter remédios nas prateleiras dos mercados? CEO do Assaí (ASAI3) defende proposta e diz que Brasil está atrasado em 20 anos no debate
A proposta de venda de remédios isentos de prescrição médica em supermercados tem gerado polêmica entre o setor farmacêutico e as redes varejistas