🔴 SAVE THE DATE – 25/11: MOEDA COM POTENCIAL DE 30.000% DE VALORIZAÇÃO SERÁ REVELADA – VEJA COMO ACESSAR

As ações dos bancos merecem uma segunda chance?

Olhando à frente, acredito que o cenário está prestes a se inverter novamente para os bancos, agora de forma favorável, com Selic em alta e mudanças na regulação das fintechs

10 de outubro de 2021
7:28 - atualizado às 15:42
Montagem com fachada de agências dos bancos Santander, Itaú, Bradesco e Banco do Brasil
Ações dos grandes bancos estão em patamares bem descontados - Imagem: Montagem Andrei Morais / Estadão Conteúdo / Shutterstock

Ultimamente, os bancos têm sido os patinhos feios da história.

Nos idos de 2016 a 2018, os bancos eram a bola da vez. Juros ainda estruturalmente altos; poucos sinais de competição vinda das fintechs e um ciclo de redução dos bancos estatais abriram caminho para a expansão dos grandes bancos brasileiros.

Nesse período, as ações do Bradesco (BBDC4), do Itaú (ITUB4) e do Santander Brasil (SANB11) se valorizaram 201%, 161% e 215%, respectivamente.

Então, a partir de 2019, os juros começaram a cair demais. 

Além disso, o Banco Central passou a relaxar o ambiente regulatório para as fintechs, que não precisariam seguir regras tão rígidas quanto os grandes bancos. Com isso, o ambiente competitivo piorou muito para os bancos incumbentes.

Esses dois fatores viraram de cabeça para baixo o cenário para os bancos e, de repente, o mercado passou a precificar retorno sobre o patrimônio (ROEs, na sigla em inglês) na casa dos 15%, sendo que historicamente estavam nos vinte e altos.

Leia Também

Então, de 2019 até o fechamento da última quinta-feira (7/10/2021), Bradesco e Itaú tiveram quedas acumuladas de 13% e 4%, respectivamente, enquanto Santander Brasil ficou praticamente parado – com uma valorização de 0,1% no período. (E isso porque este último passou por um expressivo turnaround no período, com troca de gestão e melhorias significativas no modelo de negócio.)

Até aqui, descrevi o passado.

Olhando à frente, acredito que o cenário está prestes a se inverter novamente para os bancos, agora de forma favorável.

Com a inflação acelerando mês após mês, a Selic sobe para controlar os preços. De uma mínima de 2% ao ano, a partir de março de 2021 o Banco Central deu início ao aperto monetário, de forma que a taxa básica de juros está, hoje, em 6,25% ao ano — e tudo indica que continuará subindo.

O efeito imediato, para os bancos, é um aumento do custo de captação. Passados alguns trimestres, vem o efeito de segunda ordem: os bancos começam a repassar as taxas mais altas ao tomador na concessão de crédito, de forma que o spread bancário tende a aumentar, se olharmos alguns trimestres à frente.

Além disso, a “assimetria regulatória” gerada entre bancos e fintechs já começa a causar polêmica na sociedade civil, com entidades se manifestando publicamente contra as facilidades para instituições financeiras menores.

Depois de anos de discrição, a Febraban veio a público dizer que “as fintechs gostam de pagar meia entrada”.

Leia também:

Novas regras para bancos e fintechs 

O Banco Central reagiu, abriu uma consulta pública e disse que até o final do ano deve definir uma nova regulação prudencial (que trata de requisitos de capital e gerenciamento de risco sistêmico por parte das instituições financeiras).

O objetivo das novas regras é harmonizar as exigências das Instituições de Pagamento (IPs) e das Sociedades de Crédito Direto (SCDs) com aquelas das grandes instituições.

Afora as regras prudenciais, as exigências operacionais já são parecidas. Não me surpreenderia se mais “harmonizações” regulatórias viessem.

Esses dois pontos, o dos juros mais altos e o da harmonização de regulação, mudaram o cenário para os grandes bancos brasileiros — especialmente os privados, pelos quais tenho preferência, dado o histórico intervencionista dos variados governos brasileiros.

Além de tudo, ações dos três grandes privados estão em patamares bem descontados. Tanto Bradesco quanto Itaú (excluindo XP) e Santander Brasil estão com seus múltiplos preço/lucro dos próximos doze meses em patamares historicamente baixos.

O P/L (relação entre o preço e o lucro por ação) de todos os três estão abaixo de um desvio-padrão a menos que a média dos últimos cinco anos.

Será que não está na hora de darmos uma nova chance aos bancos?

Parece-me que vale, ao menos, considerar.

Um abraço,

Larissa Quaresma

Leia também:

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FACA NA TECNOLOGIA

O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim

21 de novembro de 2024 - 12:48

Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos

BOM, PORÉM…

Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar  no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço

21 de novembro de 2024 - 11:22

Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual

RELATÓRIO DO BC

Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal

21 de novembro de 2024 - 11:10

Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025

AVANÇOS E DESAFIOS

Pix já responde por 24% dos pagamentos no varejo, mas sistema financeiro precisa de atenção aos incidentes cibernéticos, diz Banco Central

21 de novembro de 2024 - 10:40

Relatório de Estabilidade Financeira do BC destaca funcionamento seguro e avanço tecnológico do sistema financeiro brasileiro, mas destaca desafios na área de segurança cibernética

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote

21 de novembro de 2024 - 8:23

Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa

FÁBRICA DE BILIONÁRIOS

Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica

21 de novembro de 2024 - 8:22

O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão

DE COADJUVANTE A PROTAGONISTA

Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 6:09

Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade

PAPEL ATRAENTE

É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA

19 de novembro de 2024 - 18:17

O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025

SD Select

Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)

19 de novembro de 2024 - 15:47

Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”

HIDRELÉTRICAS

R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações 

19 de novembro de 2024 - 15:12

Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias

EM ROTA DE COLISÃO?

Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo

19 de novembro de 2024 - 14:28

O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente

Conteúdo BTG Pactual

Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?

19 de novembro de 2024 - 14:00

Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos

SD Select

‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista

19 de novembro de 2024 - 10:29

Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais

ANOTE NO CALENDÁRIO

A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional

19 de novembro de 2024 - 7:02

É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos

COMPRAR OU VENDER

Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar

18 de novembro de 2024 - 17:42

O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica

PÉ NO ACELERADOR

Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação

18 de novembro de 2024 - 13:31

Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial

18 de novembro de 2024 - 12:27

O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada

EM MINAS GERAIS

Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar

18 de novembro de 2024 - 10:31

Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 8:07

Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias

RESULTADOS FINAIS

Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços 

18 de novembro de 2024 - 6:01

Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar