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Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
fechamento do dia

Ibovespa contraria expectativas iniciais e cai após fala de Bolsonaro; dólar vai a R$ 5,44

Medo de ingerência política na Petrobras pesa, após fala de Bolsonaro, enquanto bolsa americana reage positivamente aos sinais de que a economia está mais forte do que o esperado

Jasmine Olga
Jasmine Olga
4 de fevereiro de 2021
19:33 - atualizado às 17:07
Ibovespa mercados em queda
Imagem: Shutterstock

Como todo bom filme, o pregão desta quinta-feira (04) contou com plot twists e uma boa dose de expectativas subvertidas. 

As bolsas internacionais também seguiram esse ritmo. Enquanto no Brasil o mercado esperava um pregão que desse sequência nas altas dos últimos três dias, lá fora o fôlego parecia mais limitado. No entanto, depois de algumas horas e uma breve declaração do presidente Jair Bolsonaro, que ressuscitou fantasmas nem tão antigos assim, as expectativas se inverteram e os investidores ganharam um pregão muito mais volátil do que conseguiriam imaginar. 

#Empolgou

Antes do presidente Jair Bolsonaro dar um empurrãozinho (para baixo) no Ibovespa, os investidores estavam em clima de festa. Ontem, Lira e Pacheco reafirmaram um compromisso com o teto fiscal e com as reformas. O governo federal também se movimentou, enviando ao Legislativo uma lista de projetos prioritários da agenda, que, dentre outras pautas, conta com a MP que propõe a privatização da Eletrobras.

Não só as eleições legislativas e a movimentação da equipe econômica em Brasília, com a sua lista de 35 prioridades para 2021, continuavam sendo um fator positivo que trouxe um sorriso de orelha a orelha para os agentes financeiros, mas também tivemos novidades positivas sobre empresas muito relevantes para o desempenho do Ibovespa.

Logo cedo só se falava em Vale — empresa que representa 11,6% do Ibovespa — e Bradesco — cujas ações ordinárias e preferenciais possuem um peso de 6,09%. E se falava bem. 

Na noite de quarta-feira, o Bradesco divulgou os seus números. O bancão apresentou o seu melhor trimestre histórico, embora tenha apresentado um recuo de 24,8% no lucro na base anual. 

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Já a Vale teve duas razões para celebrar. Mesmo com a queda de 0,5% na produção de minério de ferro em 2020, a mineradora espera atingir a sua meta em 2022. Hoje pela manhã, a companhia anunciou um  acordo definitivo entre a companhia e o governo de Minas Gerais sobre Brumadinho. Segundo a Vale, o acordo levará a uma despesa adicional de R$ 19,8 bilhões no exercício de 2020.

Os investidores também olharam com bons olhos para o fato de o governo federal finalmente ter acordado e estar correndo atrás de adquirir vacinas para imunizar a população contra a covid-19.

O governo brasileiro negocia 30 milhões de doses da vacina Sputnik V, fabricada pela Rússia, e conversa também com a Índia, outro país que desenvolveu o seu próprio imunizante. Para facilitar a aquisição das doses, a Anvisa simplificou o processo para conceder o aval de utilização, derrubando a obrigatoriedade da existência de testes de fase três no país. Se a negociação caminhar, o imunizante deve estar disponível já em fevereiro.

Mas nem mesmo essa cesta de gatilhos positivos foram suficientes para sustentar a festa na Faria Lima. 

Enquanto o Bradesco celebrava, Itaú e Santander, que divulgaram os seus números no começo do semana, ainda repercutiam de forma negativa os resultados. Representando quase 7% do Ibovespa, o setor ajudou a puxar para baixo o desempenho da bolsa. 

No caso da Vale, a notícia do acordo já vinha sendo precificada nos últimos dias, o que levou a mineradora a ceder a uma trajetória de realização de lucros. Depois de subir mais de 2,7%, a companhia fechou o dia em queda superior a 1,2%, em um bom exemplo da máxima “sobe no boato e cai no fato”. 

No mundo invertido

Na segunda parte do pregão, no entanto, o peso atuou contra o Ibovespa e a conta ficou no colo das ações da Petrobras — juntos, os papéis ordinários (PETR3) e preferenciais (PETR4) da companhia correspondem a cerca de 10,3% da composição do índice.  

A queda não teve nenhuma relação com os números de produção divulgados recentemente e sim com uma leitura negativa de que uma possível intervenção estatal na gasolina e no diesel pode estar no horizonte. Como em grande parte das vezes, o responsável pelos ruídos que azedaram o humor dos investidores foi o próprio presidente da República, Jair Bolsonaro. 

No fim da manhã, Bolsonaro agradeceu aos caminhoneiros pela não adesão à greve que vinha sendo prometida para o começo do mês e disse que o tema dos combustíveis é uma 

Intervenção nos preços é sempre um assunto muito delicado nos mercados e qualquer sinal de ingerência política que pode levar a uma intervenção nas estatais desencadeia uma reação negativa. E foi exatamente isso que aconteceu. 

Não demorou muito para as ações ordinárias e preferenciais da Petrobras reagirem. Na mínima, os papéis recuaram respectivamente 1,88% e 2,22%, levando o Ibovespa a inverter o sinal e passar a operar com grande volatilidade. No pior momento do dia, o índice recuou 0,67%, encostando nos 118 mil pontos. 

Ariane Benedito, economista da CM Capital, explica que o mercado do petróleo aquecido no exterior, impulsionado por relatórios da Opep que mostram o cumprimento do corte de produção prometido e uma melhora nos estoques nos Estados Unidos, fez com que a queda fosse marginal ao fim do dia — os dois papéis da petroleira brasileira encerraram a sessão com recuo de 0,10%. 

Já o Ibovespa voltou para a casa dos 119 mil pontos, recuando 0,39%, a 119.260,82 pontos, depois de três dias de alta. Na semana, a valorização do principal índice da B3 segue superior a 3,6%. 

Benedito vê com bons olhos o desempenho desta quinta-feira. Segundo a economista, o disparo nas primeiras horas do pregão romperam a resistência técnica dos 120 mil pontos, então seria natural um recuo mais próximo do suporte dos 115 mil pontos e vê como “saudável” o saldo do dia, com a bolsa voltando ao patamar “que realmente deveria estar”. 

Economia forte, moeda forte

Hoje, logo pela manhã, a divulgação de que os Estados Unidos registraram menos novos pedidos de auxílio-desemprego do que o esperado deu fôlego extra para as bolsas americanas. Na contramão do visto no Ibovespa, os negócios começaram mornos em Wall Street e ganharam força ao longo do dia. 

A confluência de notícias positivas - mostrando força da atividade americana e bons números da temporada de balanços - levou o Nasdaq a atingir um novo recorde. Ao fim do dia, o S&P 500 avançou 1,09%, o Dow Jones subiu 1,08% e o Nasdaq liderou os ganhos, com uma valorização de 1,23%. 

No começo do dia, o foco estava nas negociações entre democratas e republicanos em torno do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão. Mas sinais de recuperação da atividade falaram mais alto. 

O país registrou uma queda nos pedidos de auxílio-desemprego muito maior do que a projetada. Segundo o Departamento do Trabalho do país, foram 779 mil pedidos, contra os 830 mil previstos. Ontem, o relatório de emprego do setor privado já havia mostrado uma recuperação mais expressiva da economia americana. A economista da CM Capital também destaca as encomendas industriais no país, que também avançaram acima do projetado e indicam um aumento da atividade. 

Com a visão de uma economia mais forte, a tendência de uma forte desvalorização da moeda deu uma amenizada, com a divisa subindo em escala global, também apoiada na leitura de que as coisas devem se recuperar mais rapidamente do que na Europa. O índice DXY, parâmetro que mede o dólar em relação aos principais pares, atingiu o maior nível desde dezembro de 2020.

No entanto, Reginaldo Galhardo, gerente de Câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, indica que fatores internos também tiveram participação na valorização de 1,47%, que levou a moeda a R$ 5,4493. 

Depois do alívio dos últimos dias com o aparente avanço dos projetos do governo e um alinhamento com o Congresso, o fantasma do auxílio emergencial segue insistente e volta a elevar a tensão do mercado. Ainda que a rediscussão do benefício social não esteja na pauta entregue pelo governo com as prioridades, o tema uma hora ou outra deve voltar à mesa, pressionando o teto de gastos e a equipe econômica. “Nós aguardávamos um céu de brigadeiro com as eleições, mas junto veio a tempestade. E com isso os investidores correm para se proteger: piora o mercado, vamos rumo aos R$ 5,50, melhora o ambiente, vamos para os R$ 5,30”, ressalta Galhardo. 

Refletindo a movimentação do câmbio, o mercado de juros futuros reverteu parte da queda das últimas semanas e fechou em alta. Confira as taxas de hoje:

  • Janeiro/2022: de 3,34% para 3,37%
  • Janeiro/2023: de 4,79% para 4,87%
  • Janeiro/2025: de 6,19% para 6,31%
  • Janeiro/2027: de 6,90% para 6,99%

Sobe e desce

Não teve para ningúem! Até o fim do pregão o Bradesco continuou refletindo de forma positiva os seus números do quarto trimestre de 2020. Além do bancão, vale a pena destacar as ações da Braskem, que seguem surfando uma onda positiva após a companhia ter informado que retomará sua atividade em Maceió.

Fora do Ibovespa, interessante destacar o desempenho das ações da estreante Intelbras, que subiram mais de 20% no primeiro dia de negociações. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
BBDC3Bradesco ONR$ 22,86 3,07%
CVCB3CVC ONR$ 20,11 3,02%
BBDC4Bradesco PNR$ 26,01 3,01%
BRKM5Braskem PNAR$ 29,71 2,91%
BPAC11BTG Pactual unitsR$ 109,46 2,81%

Na ponta contrária, B2W e ações que vinham com bom desempenho nas últimas semanas foram o destaque negativo, no que os analistas chamaram de um movimento de rotação de carteira. Confira as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
BTOW3B2W ONR$ 86,34 -4,48%
WEGE3Weg ONR$ 85,57 -3,50%
JHSF3JHSF ONR$ 7,63 -3,17%
SBSP3Sabesp ONR$ 40,45 -3,07%
YDUQ3Yduqs ONR$ 33,40 -2,88%

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