Pré-mercado: aumento da tensão em Brasília deve afetar bolsa com payroll no radar
E mais: balanços da última quinta feira que devem movimentar o Ibovespa hoje, em meio ao exterior sem direção única

A primeira sexta-feira (06) do mês de agosto deve ser marcada por um velho inimigo dos investidores. O Ibovespa deve sentir a cautela vinda de Brasília, com o aumento da tensão política entre os Poderes.
Vale lembrar que o mal-estar entre o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Supremo Tribunal Eleitoral (STE) respinga no Congresso Nacional e ameaça o andamento das reformas estruturais como um todo.
Mas as primeiras coisas primeiro.
O presidente do STF, ministro Luiz Fux, cancelou a reunião entre os líderes dos três poderes na noite de ontem (05). A retórica dura de Fux contra Jair Bolsonaro foi encarada como uma mudança de tom em relação ao presidente da República, que fez ameaças caso o voto impresso não fosse instaurado a tempo para as eleições de 2022.
A PEC do voto impresso foi derrotada ontem na Comissão Especial da Câmara, por 23 votos a 11. A derrota do governo deve ter desdobramentos, em meio aos debates com a reforma tributária e o parcelamento de precatórios, as dívidas judiciais da federação.
Enquanto o tema da reforma do Imposto de Renda e o parcelamento dos precatórios não avança, os investidores devem ficar de olho no teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas pela inflação.
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E o Ibovespa deve digerir ainda os balanços da última quinta-feira (05), divulgados após o fechamento do pregão. Ontem, a bolsa encerrou o dia em queda de 0,14%, aos 121.632 pontos e o dólar à vista em alta de 0,57%, a R$ 5,2106.
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Enquanto os nós de brasília não se resolvem, fique atento ao que mais deve movimentar a bolsa hoje:
Emprego nos EUA
O dado mais esperado da semana deve ser divulgado ainda nesta sexta-feira (06). O relatório de empregos (payroll) deve apontar como anda a recuperação econômica dos Estados Unidos.
De acordo com a projeção dos especialistas ouvidos pelo Broadcast, devem ser criadas 900 mil novas vagas. Por sua vez, a taxa de desemprego deve cair de 5,9% para 5,7%, mas as perspectivas não são das melhores após o relatório ADP de empregos privados na última quarta-feira (04).
Esse relatório é considerado uma prévia do payroll dos Estados Unidos e veio abaixo do esperado. A previsão do The Wall Street Journal era de 653 mil novos postos de trabalho, mas o número veio quase pela metade, com 330 mil novas vagas de emprego em julho.
O dado deve ser acompanhado de perto pelos investidores porque a situação do emprego nos EUA é um dos parâmetros utilizados pelo Federal Reserve para o início da retirada de estímulos da economia, ou tapering, em inglês.
Dirigentes do Banco Central americano já iniciaram debates sobre o tapering, mas o presidente da instituição, Jerome Powell, quer uma normalização das taxas de desemprego no país antes da retirada dos estímulos. Powell já sinalizou que a instituição está preocupada com o momento inflacionário e que o Fed está pronto para agir se necessário.
Bolsas pelo mundo
No último pregão da semana, as bolsas da ásia fecharam sem direção única. O sentimento negativo predominou nos mercados, apesar de algumas altas pontuais no continente.
De maneira semelhante, os mercados da Europa também abriram sem sinal único. Os investidores devem ficar de olho nos balanços da região, bem como nos dados de emprego nos Estados Unidos.
Por falar nos EUA, Os futuros de Noba York operam próximos da estabilidade, à espera dos dados de emprego medidos pelo payroll, o relatório de empregos, e da taxa de desemprego no país.
Agenda do dia
- Anfavea: Dados de produção, venda e exportação de veículos e dados do setor como saldo líquido de vagas e duração dos estoques de junho (10h)
- Estados Unidos: Relatório de empregos (payroll) de julho, taxa de desemprego e salário médio por hora (9h30)
- G20 realiza reunião de economia digital
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