Esquenta dos mercados: Dados de inflação devem dominar o último pregão da semana e pressionar Bancos Centrais enquanto bolsa reflete notícias sobre ômicron
A resolução da PEC dos precatórios deu um alívio aos negócios esta semana, mas a conjuntura internacional faz o Ibovespa recuar 0,53% até o fechamento de ontem
A primeira semana completa de dezembro está chegando ao fim e o mês que marca o final do ano já se aproxima da metade. A chegada das festividades lembra de figuras mitológicas, como o Papai Noel e suas renas mágicas.
Mas enquanto o bom velhinho não chega, os investidores devem se preocupar com outra criatura mitológica menos amigável: o dragão da inflação. E hoje, serão dois.
Os dados inflacionários aqui e nos Estados Unidos movimentam o dia. No Brasil, a reunião do Copom aconteceu na última quarta-feira (08), com mais uma alta dos juros contratada para o ano que vem.
Mas nos Estados Unidos, o Fomc, o equivalente ao Copom por lá, só deve se reunir na semana que vem, o que coloca ainda mais expectativa nos dados inflacionários de hoje, mesmo que o Federal Reserve prefira usar o PCE como balizador da decisão de política monetária.
O exterior permanece de olho nas últimas notícias sobre a covid-19. A variante ômicron o CEO da farmacêutica, Albert Bourla, afirmou ontem que uma quarta dose da vacina pode ser necessária para conter o avanço da variante ômicron.
Das informações mais concretas que se tem até o momento, a nova cepa da covid-19 é mais transmissível do que a delta, última variante de preocupação da OMS, mas dados preliminares já indicam que ela deve ser menos letal.
Leia Também
Nesse cenário, o Ibovespa acumula queda de 0,53% até o fechamento de ontem, quando o principal índice da B3 recuou 1,67%, aos 106.291 pontos. Por sua vez, o dólar à vista avançou 0,70%, a R$ 5,5738.
Confira o que deve movimentar o mercado nesta sexta-feira (10):
Inflação
O dado local mais esperado pelos investidores finalmente deve ser divulgado hoje. O IPCA de novembro deve ser divulgado pelo IBGE antes da abertura do pregão desta sexta-feira.
Mas por mais esperado que seja, o índice deve vir salgado por mais um mês. De acordo com a mediana das projeções de especialistas ouvidos pelo Broadcast, o IPCA de novembro deve avançar 1,10% em relação a outubro e acumular alta de 10,90% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Na última leitura do IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial, registrou alta de 1,17% em novembro, acima da mediana das projeções dos especialistas ouvidos pelo Broadcast de 1,14%.
No ano, a alta acumulada da inflação é de 9,57%, distante do teto da meta estipulada pelo Banco Central de 5,25%. O índice sobe 10,73% em 12 meses.
Juros
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central elevou os juros em 1,50 ponto porcentual e fez a Selic avançar para a casa dos 9,25%, o que já era esperado pelo mercado.
Entretanto, o tom mais duro do BC contra a inflação pode indicar que o novo aumento contratado da Selic em 150 pontos-base não seja suficiente para conter a alta dos preços. Os investidores já se preparam para uma inflação de dois dígitos em 2022.
O fim de uma semana…
Além do Brasil, os Estados Unidos também devem conhecer os dados de inflação ao consumidor (CPI, em inglês) no último pregão da semana.
A expectativa é de que o índice de preços avance 0,7% na mediana das projeções do Broadcast para a base mensal e 6,7% na comparação anual.
O núcleo de preços também deve avançar 0,5% na mediana das expectativas e registrar alta de 4,9% na comparação anual.
O mundo vive um momento de alta da inflação após a injeção de dinheiro na economia para conter os impactos da covid-19 nos negócios. Especialmente nos Estados Unidos, que vive a maior alta de preços em mais de 30 anos, os gargalos estruturais também limitam uma retomada mais intensa dos negócios.
… Mas de olho na outra
Na semana que vem acontece a reunião do Fomc, o equivalente ao Copom no Brasil, em que o Federal Reserve deve dar maiores detalhes sobre o tapering, a retirada de estímulos da economia dos Estados Unidos.
A expectativa é de que o presidente do Banco Central americano, Jerome Powell, anuncie não apenas a redução de estímulos, mas também uma possível alta nos juros ainda no primeiro semestre de 2022.
Powell dispensou o discurso de inflação transitória nos EUA e já considera tomar medidas mais duras para conter a alta de preços e os investidores devem acompanhar e ajustar suas carteiras ao novo momento de retirada de estímulos e juros mais elevados.
Bolsas pelo mundo
No último pregão da semana, os investidores da Ásia aproveitaram para encerrar a primeira semana de dezembro em movimento de realização de lucros, o que derrubou as bolsas na região nesta sexta-feira.
Enquanto isso, as bolsas na Europa abriram em baixa após dados locais de inflação da Alemanha acelerarem por mais um mês seguido.
Por fim, os futuros de Nova York apontam para uma abertura em alta antes da inflação dos Estados Unidos, medida pelo CPI.
Agenda do dia
- IBGE: IPCA de novembro (9h)
- Estados Unidos: CPI e Núcleo do CPI (10h30)
- Estados Unidos: Índice do sentimento do consumidor em dezembro (12h)
- Estados Unidos: Poços e plataformas de petróleo em atividade (15h)
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas