Esquenta dos mercados: Produção industrial brasileira movimenta o cenário local, enquanto investidores olham payroll nos EUA
Os investidores permanecem atentos a quaisquer novas informações sobre a variante ômicron e a covid-19 no último pregão da semana
O mercado deixou de lado a recessão técnica com a queda de 0,1% do PIB no terceiro trimestre e se agarrou à aprovação da PEC dos precatórios para ganhar um fôlego extra no pregão da última quinta-feira (02). Com isso, o Ibovespa teve espaço para subir 3,66%, aos 104.466 pontos, enquanto o dólar à vista fechou em queda de 0,19%, a R$ 5,6600, mas longe das mínimas do dia.
No pregão desta sexta-feira (03), mais dados macroeconômicos movimentam os negócios. O IBGE divulga hoje os números da produção industrial, que deve crescer em outubro, mas ainda acumular forte queda de mais de 5% na comparação interanual.
A desistência do Banco Inter de lançar suas ações em Nova York também deve movimentar a bolsa brasileira hoje, em especial os papéis BIDI11 e BIDI4.
Sem maiores indicadores locais, o investidor volta seus olhos para o exterior: é dia de payroll nos Estados Unidos, o relatório de emprego que deve trazer um panorama da retomada das atividades no país. Por fim, a costura de um acordo para expandir ainda mais o teto de gastos americano e evitar um shutdown do governo dá alívio aos negócios.
Os investidores ainda esperam maiores informações sobre a nova variante ômicron do coronavírus. Confira o que deve movimentar a bolsa no último pregão da semana:
PEC dos precatórios: aprovada
A PEC dos precatórios foi finalmente aprovada pelo Senado e seguirá novamente para apreciação da Câmara dos Deputados, já que as mudanças feitas pelos senadores precisam ser avaliadas. O texto foi aprovado com folga e também deve receber o sinal positivo na outra Casa Legislativa.
Leia Também
Com isso, existe um certo alívio no panorama doméstico, apesar de o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmar que “gostava mais da versão original da PEC”, mas admitiu que o texto aprovado acabou se tornando um “mal menor”.
Somado a isso, na mesma quinta-feira também foi aprovada a Medida Provisória (MP) que instaura o Auxílio Brasil a R$ 400, que agora tem mais chances de sair do papel com a aprovação da PEC. A MP sugere que os pagamentos sejam realizados ainda em dezembro, mas os recursos de mais de R$ 100 bilhões dos precatórios ainda precisam do aval da Câmara.
Reforma administrativa na geladeira
Com os esforços do governo voltados para a PEC dos precatórios, o pacote de reformas estruturais ficou em segundo plano, em especial a administrativa. O relator da proposta na Câmara, Arthur Maia (DEM-BA), já afirmou que não enxerga a possibilidade de aprovação da proposta neste governo.
Na última quarta-feira (1º), a agência de classificação de risco S&P Global manteve o rating BB- para o Brasil, com perspectiva de estabilidade. Entretanto, o relatório destaca que o contorno no teto de gastos com a PEC dos precatórios elevou o risco local e reforçou que as reformas estruturais são imprescindíveis para acelerar a retomada econômica.
Inter e produção industrial
O Inter (BIDI11) já estava de malas prontas para deixar a B3 e listar suas ações nos Estados Unidos, mas uma decisão de parte dos acionistas obrigará o banco a permanecer na bolsa brasileira.
Os detentores dos papéis tinham até esta quinta-feira (02) para decidir se aceitavam trocar suas ações BIDI11 e BIDI4 por recibos de ações (BDRs) do Inter Platform — como o banco se chamaria na Nasdaq — ou se preferiam o cash-out, ou seja, receber o valor correspondente em dinheiro.
A notícia deve movimentar os papéis do banco nesta sexta-feira, com os investidores de olho no resultado da produção industrial de outubro, divulgada pelo IBGE. Na mediana das projeções de especialistas ouvidos pelo Broadcast, a indústria brasileira deve crescer 0,7% em outubro, mas registrar uma queda acumulada de 5,0% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Aumento do teto
O Senado dos Estados Unidos aprovou, na noite da última quinta-feira (02), uma medida provisória que evita a paralisação das atividades (shutdown) no país. O texto segue para aprovação do presidente americano, Joe Biden.
Os EUA estavam à beira de uma paralisação total dos serviços públicos, o que fez a administração Biden correr contra o tempo para conseguir aprovar uma extensão no teto da dívida. Com a nova medida, o governo conseguiu um fôlego nas contas públicas até 18 de fevereiro.
Payroll e PMIs
Hoje é dia de relatório de empregos (payroll) nos Estados Unidos, o dado mais importante desta sexta-feira para o exterior. É esperado que a taxa de desemprego caia de 4,6% para 4,5% e que os EUA somem mais 548 mil novos postos de trabalho não agrícolas.
De acordo com o Yahoo Finance, o emprego nos EUA ainda está aquém dos níveis pré-pandemia e os analistas atribuem esse fato à dificuldade dos trabalhadores em encontrar creches ou espaços de acolhimento para os filhos, preocupações envolvendo novos casos de infecção por covid no trabalho e a demanda de trabalhadores por maiores benefícios, como horários flexíveis e melhores salários.
Além disso, hoje sai o índice do gerente de compras (PMI, em inglês) de serviços dos Estados Unidos, que deve indicar uma expansão dos negócios no país, segundo projeções.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos encerraram o pregão desta sexta-feira majoritariamente em alta, à exceção de Hong Kong, que recuou nos últimos minutos com o anúncio de fechamento de capital em Nova York.
Na Europa, as bolsas amanheceram em alta, em busca de recuperação da forte queda do dia anterior. Enquanto isso, os futuros de Nova York operam de maneira mista antes do relatório de empregos (payroll).
Agenda do dia
- IBGE: Produção industrial de outubro (9h)
- Economia: PMI composto e de serviços (10h)
- Estados Unidos: Relatório de empregos (payroll), taxa de desemprego e salário médio por hora (10h30)
- Estados Unidos: PMI de serviços (IHS Markit) em novembro (11h45)
- Estados Unidos: PMI de serviços (ISM) em novembro (12h)
- Estados Unidos: PMI global de serviços (IHS/JP Morgan) em novembro (13h)
- Reino Unido: Secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, e presidente do BCE, Christine Lagarde, participam do Reuters Next (sem horário)
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário