JP Morgan está recomendando aos investidores trocarem Brasil por México; veja por quê
Para banco, deterioração da economia, riscos políticos e escalada da pandemia ofuscam fato de que ações estão baratas
O JP Morgan bem que queria continuar recomendando exposição ao mercado brasileiro aos investidores, mas a combinação de início prematuro da campanha presidencial, piora dos indicadores econômicos, especialmente inflação, e a escalada da pandemia foi demais para o banco, ofuscando o fato de as ações estarem baratas.
A situação fez com que os analistas Emy Shayo Cherman, Nur Cristiani, Diego Celedon, Pedro Martins Junior e Jainik Mody rebaixassem a recomendação para o mercado local de compra para neutro.
Ao mesmo tempo, eles elevaram a recomendação para o mercado do México para compra, citando a boa perspectiva de crescimento da economia (5,6%, sendo que eles veem viés de alta), puxada pela expectativa de expansão de 6,2% da economia dos Estados Unidos em 2021, que deve ajudar nas exportações mexicanas.
“Embora a gente reconheça que as ações [brasileiras] estão sendo negociadas a níveis relativamente baratos e o mercado pode ter um desempenho melhor assim que a vacinação acelerar, não estamos seguros a respeito de uma recomendação direcional [compra ou venda] considerando o aumento da volatilidade previsto daqui para frente”, diz trecho do relatório.
“E no contexto de maiores yields [dos títulos americanos] puxados pelo maior crescimento nos Estados Unidos, acreditamos que o México está em uma posição melhor para ter um desempenho superior na América Latina.”
Riscos maiores que recompensas
Os analistas do banco americano deram o benefício da dúvida ao mercado brasileiro após a intervenção promovida pelo presidente Jair Bolsonaro no comando da Petrobras, mantendo uma visão relativamente otimista, mas destacaram que estariam de olho na evolução do país para manter a recomendação de maior exposição para os investidores.
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Eles escolheram três frentes para monitorar e decidir se mantinham a recomendação. E o que viram foi deterioração ou falta de avanço nesse temas:
- Vacinação: embora demonstrem relativo otimismo, os analistas do JP Morgan afirmam que o processo de imunização da população contra a covid-19 está lento. Uma análise conservadora indica que pouco mais de 20% da população estará vacinada até a metade do ano, o que corresponde a todos os brasileiros acima de 60 anos e os trabalhadores de saúde na linha de frente. Até o final do ano, cerca de 65% da população deverá estar imunizada. “Neste momento, porém, o ritmo de vacinação está relativamente lento. Embora o país tenha capacidade para aplicar 2 milhões de doses por dia, está aplicando 2,4 milhões de doses por semana, com zero aceleração na semana que se encerrou, em comparação com a anterior”, diz trecho do relatório.
- Reformas: o JP Morgan afirma que a possibilidade de as principais reformas estruturais passarem neste ano são “questionáveis”, citando as dificuldades que o governo deve enfrentar com as discussões a respeito do Orçamento de 2021. “Embora algumas mudanças devam ocorrer em questões micro, o avanço das principais reformas é bem questionável”, diz trecho do relatório.
- Real: os analistas apontam que o risco-Brasil deve se intensificar com a antecipação do debate eleitoral de 2022, especialmente agora com a entrada do ex-presidente Lula na corrida. O aumento de risco, por consequência, resultará em desvalorização cambial e aumento da inflação (provocando perdas nos investimentos), forçando um aumento da taxa básica de juros, a Selic.
No caso da inflação, o JP Morgan afirmou que a dinâmica dos preços piorou, como foi visto no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro, admitindo a possibilidade de a inflação acelerar a 8% até metade do ano.
“Portanto, a discussão de política monetária está longe de acomodada: por um lado, a inflação está acelerando, e o real se beneficiaria de uma resposta mais dura em termos de política monetária. Por outro lado, o crescimento deve desacelerar ainda mais em meio à piora do ambiente pandêmico, ao mesmo tempo em que um aumento mais forte dos juros leva a um custo da dívida ainda maior”, diz trecho do relatório.
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