Itaú BBA tira Bradesco, Magazine Luiza e Méliuz de carteira recomendada e corta projeção para o Ibovespa
Com estratégia mais defensiva, carteira recomendada pelo Itaú BBA passa a incluir Energisa, Eneva e WEG
A crise hídrica e o tempo seco podem estar ameaçando o fornecimento de energia elétrica e o consumo de água em diversas regiões do Brasil, mas no mercado financeiro local a previsão é de chuvas e trovoadas.
A tempestade perfeita que vem deteriorando o cenário macroeconômico brasileiro levou o Itaú BBA a cortar sua projeção para o desempenho do Ibovespa em 2021 e a promover alterações em sua carteira de modo a assumir posições mais defensivas.
“Estamos ajustando nosso portfólio, reduzindo a exposição a papéis de alto índice de crescimento e incluindo posições mais defensivas”, explicam os autores do relatório ao justificarem a remoção de Bradesco (BBDC4), Magazine Luiza (MGLU3) e Méliuz (CASH3) e a inclusão de Energisa, Eneva e WEG.
Há menos de uma semana, o Itaú BBA retomou a cobertura do Magalu chamando a atenção para um potencial de valorização de 30% nas ações da varejista.
Veja abaixo como ficou a lista de ações recomendadas para compra pelo Itaú BBA após a divulgação do relatório "A Tempestade Perfeita: Ajustando Nossas Recomendações de Compra para o Portfólio Brasil":
- Assaí (ASAI3)
- BTG Pactual (BPAC3)
- Cosan (CSAN3)
- Energisa (ENGI11)
- Eneva (ENEV3)
- Inter (BIDI11)
- Rede D’Or (RDOR3)
- Suzano (SUZB3)
- Vale (VALE3)
- WEG (WEGE3)
Projeção para o Ibovespa sofre corte de cerca de 20%
Já a projeção do Ibovespa para o fim de 2021 sofreu um corte acentuado, passando a 120 mil pontos. A estimativa anterior do Itaú BBA era de que o principal índice de ações da B3 chegasse ao fim do ano em 152 mil pontos.
“O consenso do mercado para a taxa Selic e a inflação vem piorando a cada semana”, pontuam os autores do relatório, usando como base as estimativas do boletim Focus, elaborado pelo Banco Central.
Ainda de acordo com eles, os riscos fiscais estão em alta, e o “cenário hidrológico desafiador” pressiona as tarifas de energia elétrica. “No entanto, não esperamos que ocorra racionamento de energia este ano”, prosseguem eles.
Na avaliação do Itaú BBA, a expectativa para os próximos meses é de que os investidores passem a ser mais seletivos em suas escolhas, levando em consideração o aumento da percepção de risco e a deterioração do cenário macroeconômico.