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Ricardo Gozzi
A TEMPESTADE PERFEITA

Itaú BBA tira Bradesco, Magazine Luiza e Méliuz de carteira recomendada e corta projeção para o Ibovespa

Com estratégia mais defensiva, carteira recomendada pelo Itaú BBA passa a incluir Energisa, Eneva e WEG

Ricardo Gozzi
15 de setembro de 2021
11:55 - atualizado às 20:16
tempestade na bolsa
Imagem: Shutterstock

A crise hídrica e o tempo seco podem estar ameaçando o fornecimento de energia elétrica e o consumo de água em diversas regiões do Brasil, mas no mercado financeiro local a previsão é de chuvas e trovoadas.

A tempestade perfeita que vem deteriorando o cenário macroeconômico brasileiro levou o Itaú BBA a cortar sua projeção para o desempenho do Ibovespa em 2021 e a promover alterações em sua carteira de modo a assumir posições mais defensivas.

“Estamos ajustando nosso portfólio, reduzindo a exposição a papéis de alto índice de crescimento e incluindo posições mais defensivas”, explicam os autores do relatório ao justificarem a remoção de Bradesco (BBDC4), Magazine Luiza (MGLU3) e Méliuz (CASH3) e a inclusão de Energisa, Eneva e WEG.

Há menos de uma semana, o Itaú BBA retomou a cobertura do Magalu chamando a atenção para um potencial de valorização de 30% nas ações da varejista.

Veja abaixo como ficou a lista de ações recomendadas para compra pelo Itaú BBA após a divulgação do relatório "A Tempestade Perfeita: Ajustando Nossas Recomendações de Compra para o Portfólio Brasil":

  • Assaí (ASAI3)
  • BTG Pactual (BPAC3)
  • Cosan (CSAN3)
  • Energisa (ENGI11)
  • Eneva (ENEV3)
  • Inter (BIDI11)
  • Rede D’Or (RDOR3)
  • Suzano (SUZB3)
  • Vale (VALE3)
  • WEG (WEGE3)

Projeção para o Ibovespa sofre corte de cerca de 20%

Já a projeção do Ibovespa para o fim de 2021 sofreu um corte acentuado, passando a 120 mil pontos. A estimativa anterior do Itaú BBA era de que o principal índice de ações da B3 chegasse ao fim do ano em 152 mil pontos.

“O consenso do mercado para a taxa Selic e a inflação vem piorando a cada semana”, pontuam os autores do relatório, usando como base as estimativas do boletim Focus, elaborado pelo Banco Central.

Ainda de acordo com eles, os riscos fiscais estão em alta, e o “cenário hidrológico desafiador” pressiona as tarifas de energia elétrica. “No entanto, não esperamos que ocorra racionamento de energia este ano”, prosseguem eles.

Na avaliação do Itaú BBA, a expectativa para os próximos meses é de que os investidores passem a ser mais seletivos em suas escolhas, levando em consideração o aumento da percepção de risco e a deterioração do cenário macroeconômico.

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