Ibovespa recua seguindo piora em Nova York e na expectativa por “Super Quarta”; dólar cai
Reunião do Copom e do Federal Reserve são destaques e mantém os investidores em compasso de espera
Depois de uma manhã de instabilidade, o Ibovespa parece ter se firmado em queda firme nesta terça-feira (16), acompanhando uma piora das bolsas americanas.
Com os investidores em compasso de espera pela "Super Quarta", quando teremos a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidirá a taxa básica de juros do país, e a decisão de política monetária também nos Estados Unidos, os investidores optam por posturas mais cautelosas.
Por volta das 16h o principal índice da bolsa brasileira operava em queda de 1,02%, aos 113.708 pontos. Após o estresse recente, o dólar à vista recua 0,42%, a R$ 5,6142.
A piora das bolsas americanas mais uma vez acompanha a disparada do retorno dos títulos públicos longos americanos, que começaram o dia em queda, mas reverteram o sinal há pouco.
No campo doméstico, temos a repercussão da queda de Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde, com o governo tentando mostrar mostra um novo tom no enfrentamento da pandemia.
De olho nos juros
Nos Estados Unidos, a expectativa do mercado está mais voltada para a coletiva que deve vir após o anúncio do Federal Reserve do que para a decisão em si. O Fed deve manter a sua política monetária inalterada, mas, diante da escalada da inflação, os investidores buscam sinais de que a instituição pode elevar a taxa de juros antes do esperado.
Leia Também
No Brasil, o mercado já precifica um aumento da taxa Selic. Agora resta saber qual será o tamanho do ajuste realizado pelo Banco Central.
O mercado de juros brasileiro, que começou o dia acompanhando o movimento visto nos Estados Unidos, diminuiu o ímpeto de queda. Confira as principais taxas do dia:
- Janeiro/2022: de 4,29% para 4,25%
- Janeiro/2023: de 6,04% para 5,96%
- Janeiro/2025: de 7,40% para 7,32%
- Janeiro/2027: de 7,94% para 7,84%
Calibrando expectativas
Agora cedo, dados do varejo americano decepcionaram os analistas, mas, com a perspectiva de que em breve os americanos comecem a receber os cheques de US$ 1,4 mil a reação dos índices futuros em Wall Street, que caminham sem direção definida, foi tímida.
A produção industrial do país também decepcionou, caindo 2,2% em fevereiro ante janeiro. A previsão dos analistas era de uma leve alta de 0,3% no período.
O primeiro impaccto dos números mais fracos do que o esperado foi uma queda dos juros futuros e do rendimento dos títulos públicos, já que a leitura de um "superaquecimento" da economia ficou em segundo plano, mas o cenário começa a se reverter.
Nos Estados Unidos, as bolsas abriram sem um sinal único e tiveram uma piora significativa na última hora, coma recuperação dos T-Notes mais longos. Somente o Nasdaq avança.
Na Europa, as bolsas fecharam em alta, mesmo com a preocupação do mercado com a interrupção da vacinação feita com o imunizante produzido pela AstraZeneca.
Dança das cadeiras
A pasta da Saúde teve uma nova substituição. Depois de ser dirigida pelos médicos Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, assumiu o general da reserva, Eduardo Pazuello, e agora o Ministério passa a ter novamente um profissional da saúde à sua frente: o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga.
A troca acontece no pior momento da pandemia, sendo o décimo primeiro ministro do governo de Jair Bolsonaro a sair por pressões externas. A volta de um médico para a pasta indica uma tentativa de mudança de tom do presidente no combate ao coronavírus, o que é bem visto pelo mercado.
Sobe e desce
A alta do minério de ferro no mercado internacional, após alguns recuos, puxam as ações de Usiminas e CSN, que sobe após a companhia decidir fazer reajustes em sua tabela de produtos. Confira as maiores altas do pregão desta terça-feira (16):
CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
USIM5 | Usiminas PNA | R$ 18,40 | 7,73% |
CSNA3 | CSN ON | R$ 37,15 | 3,68% |
SUZB3 | Suzano ON | R$ 75,37 | 3,46% |
KLBN11 | Klabin units | R$ 29,32 | 3,35% |
BRKM5 | Braskem PNA | R$ 35,66 | 3,15% |
As empresas que tiveram uma alta expressiva na sessão de ontem ficam na parte de baixo da tabela neste começo de sessão. Confira as maiores quedas:
CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
EMBR3 | Embraer ON | R$ 13,96 | -4,97% |
CVCB3 | CVC ON | R$ 18,08 | -4,39% |
AZUL4 | Azul PN | R$ 41,17 | -3,90% |
GOLL4 | Gol PN | R$ 23,15 | -3,82% |
JHSF3 | JHSF ON | R$ 6,79 | -3,55% |
Campos Neto acelerou: Copom aumenta o ritmo de alta da Selic e eleva os juros para 11,25% ao ano
A decisão pelo novo patamar da taxa, que foi unânime, já era amplamente esperada pelo mercado
Qual empresa brasileira ganha com a vitória de Trump? Gerdau (GGBR4) é aposta de bancão e sobe mais de 7% hoje
Também contribui para o bom desempenho da Gerdau a aprovação para distribuição de R$ 619,4 milhões em dividendos aos acionistas
O Ibovespa não gosta de Trump? Por que a vitória do republicano desceu amarga para a bolsa brasileira enquanto Nova York bateu sequência de recordes
Em Wall Street, as ações da Tesla — cujo dono, Elon Musk, é um grande apoiador de Trump — deram um salto de 15%; outros ativos também tiram vantagem da vitória do republicano. Por aqui, o Ibovespa não celebra o resultado das eleições nos EUA e afunda
Como lucrar com o Trump Trade: 4 investimentos que ganham com a volta do republicano à Casa Branca — e o dilema do dólar
De modo geral, os investidores se preparam para um mundo com dólar forte com Trump, além de mais inflação e juros
Mais rápido do que se imaginava: Trump assegura vitória no Colégio Eleitoral e vai voltar à Casa Branca; Copom se prepara para subir os juros
Das bolsas ao bitcoin, ativos de risco sobem com confirmação da vitória de Trump nos EUA, que coloca pressão sobre o dólar e os juros
“O Banco Central tem poucas opções na mesa”: Luciano Sobral, da Neo, diz que Copom deve acelerar alta da Selic, mas mercado teme que BC perca o controle da inflação
Na visão de Sobral, o Copom deve elevar a Selic em 0,5 ponto percentual hoje, para 11,25% ano
Por que a Telefônica (VIVT3) quer devolver R$ 2 bilhões aos acionistas — e quando a dona da Vivo planeja fazer o depósito bilionário
Segundo o fato relevante enviado pela companhia ao mercado hoje, a operação visa aprimorar a estrutura de capital da dona da marca Vivo
Ibovespa vai ter rali de fim de ano? ‘Com certeza’, responde analista – principal gatilho pode ser acionado pelo governo Lula ainda nesta semana
Acreditar no rali de fim de ano da bolsa brasileira ficou mais difícil nos últimos meses. Devido às incertezas em torno da nossa política fiscal – que é a principal “vilã” dos ativos de renda variável nesse momento –, o Ibovespa acumulou queda de -1,6% em outubro. Mas isso não quer dizer que tudo está […]
Itaú (ITUB4): o que fazer com as ações após mais um balanço surpreendente? Veja a recomendação dos analistas
Reação favorável ao resultado do 3T24 do maior banco privado brasileiro é praticamente unânime; confira a visão e as indicações dos analistas para o Itaú
Um rigoroso empate: Americanos vão às urnas para escolher entre Kamala Harris e Donald Trump antes de decisões de juros no Brasil e nos EUA
Dixville Notch é uma comunidade de apenas dez habitantes situada no interior de New Hampshire, quase na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá. A cada quatro anos, o povoado ganha holofotes por ser o primeiro a votar nas eleições presidenciais norte-americanas. Os moradores se reúnem à meia-noite, a urna é aberta, os eleitores votam […]
Caminhos opostos: Fed se prepara para cortar juros nos EUA depois das eleições; no Brasil, a alta da taxa Selic continua
Eleições americanas e reuniões de política monetária do Fed e do Copom movimentam a semana mais importante do ano nos mercados
“Campos Neto está certo”: André Esteves, do BTG Pactual, diz que mercado está mais pessimista com o fiscal do que fundamentos sugerem
Para o chairman do banco de investimentos, o mercado está “ressabiado” após a perda de credibilidade do governo quanto à questão fiscal
Selic deve subir nas próximas reuniões e ficar acima de 12% por um bom tempo, mostra pesquisa do BTG Pactual
Taxa básica de juros deve atingir os 12,25% ao ano no início de 2025, de acordo com o levantamento realizado com gestores, traders e economistas
Começa a semana mais importante do ano: Investidores se preparam para eleições nos EUA com Fed e Copom no radar
Eleitores norte-americanos irão às urnas na terça-feira para escolher entre Kamala Harris e Donald Trump, mas resultado pode demorar
Agenda econômica: Eleições nos EUA dividem espaço com decisão de juros no país; Copom e IPCA são destaque no Brasil
A agenda econômica desta semana também conta com dados da balança comercial do Brasil, EUA e China, além da divulgação de resultados do terceiro trimestre de empresas gigantes no mercado
Anote na agenda: bolsa terá novo horário a partir de segunda-feira (4); veja como fica a negociação de FIIs, ETFs e renda fixa
A mudança ocorre todos os anos para se adequar ao fim do horário de verão nos Estados Unidos, que vai de março a novembro e se encerra esta semana
Permanência de Haddad no Brasil deve aliviar abertura da bolsa na segunda-feira, avaliam especialistas
Segundo nota divulgada pela Fazenda nesta manhã, o ministro permanecerá em Brasília para tratar de “temas domésticos” a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
A Disney ficou mais longe: Dólar sobe 1,5%, vai a R$ 5,8604 e fecha no segundo maior valor da história; Ibovespa cai 1,23% e perde os 129 mil pontos
Lá fora, as bolsas em Nova York e na Europa terminaram o dia em alta, repercutindo o relatório de emprego dos EUA, divulgado mais cedo
Não é só risco fiscal: por que o dólar volta a subir e se consolida acima dos R$ 5,80
Além da demora do governo em anunciar os cortes de gastos, o leve favoritismo de Trump nas eleições na próxima terça-feira ajuda a fortalecer o dólar
O payroll vai dar trabalho? Wall Street amanhece em leve alta e Ibovespa busca recuperação com investidores à espera de anúncio de corte de gastos
Relatório mensal sobre o mercado de trabalho nos EUA indicará rumo dos negócios às vésperas das eleições presidenciais norte-americanas