🔴 É HOJE: CRIPTOMOEDA PARA BUSCAR ATÉ 30.000% DE VALORIZAÇÃO EM 10 MESES SERÁ REVELADA – CONHEÇA

Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
FECHAMENTO DA SEMANA

Powell guia um Fed dessincronizado e traz ruído e cautela aos mercados; dólar recua mais de 2% na semana e Ibovespa volta aos 125 mil pontos

Enquanto o parlamento brasileiro entra em recesso, o mercado internacional ganha ares cada vez mais cautelosos. Dados frustrantes da economia americana fizeram o Ibovespa recuar 1,18%, de volta aos 125 mil, enquanto o dólar se manteve estável em R$ 5,11

Jasmine Olga
Jasmine Olga
16 de julho de 2021
19:11 - atualizado às 19:54
Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, guiando os mercados

Não é raro ver a alcunha de ‘maestro’ sendo utilizada para definir o trabalho feito por Jerome Powell, presidente do banco central da maior economia do mundo. O significado é duplo. De um lado, temos Powell, comandante do Fed. Do outro, comandante dos movimentos do mercado financeiro.

Não importa onde e quando é o evento, os olhos dos investidores sempre estarão atentos aos movimentos do presidente do BC americano, com o mercado financeiro reagindo em tempo real ao tom de suas palavras. Parece, no entanto, que Powell está conduzindo uma orquestra cada vez mais dessincronizada. 

Os dados de inflação nos Estados Unidos voltaram a assustar o mercado nesta semana, vindo pelo terceiro mês consecutivo acima do esperado. Primeiro, foi o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) que subiu 0,9% em junho ante maio. No dia seguinte foi a vez do índice de inflação ao produtor (PPI) subir 1% no período. 

Powell teve uma agenda cheia em Washington nesta semana e aproveitou para endereçar o problema da inflação múltiplas vezes e, em certa medida, até mesmo se contradizer. O presidente do Fed acabou assumindo que a alta da inflação preocupa e pode se tornar um desafio para o BC, mas garantiu que os estímulos se manterão até que o país alcance o pleno emprego e as metas de inflação e que ainda não é hora de discutir a redução do ritmo de compra de ativos. 

Mas isso não é o que pensam todos os membros do comitê de política monetária do Fed. Para Nicolas Borsoi, economista da Nova Futura Investimento, embora a política monetária de fato se mantenha inalterada, o discurso dos dirigentes fica cada vez menos consensual, levantando dúvidas sobre a transitoriedade da inflação e o futuro dos estímulos.

“Preocupa no sentido não só do Fed ter que reduzir estímulos, mas quando a gente pega o dado de confiança divulgado hoje vemos que a elevação dos preços já começa a afetar a forma que as famílias americanas estão consumindo”. 

Leia Também

A sinfonia fora de tempo do Fomc traz grande volatilidade aos mercados. No começo do dia, as bolsas até tentaram reagir com entusiasmo bom número do varejo americano, mas os dados mistos da economia aumentaram a cautela dos investidores. Cautela essa que deve persistir refletindo na bolsa brasileira agora que o recesso parlamentar esvaziará as discussões em Brasília. 

Marcio Lórega, gerente de research do Pagbank, lembra que as bolsas americanas registraram seguidos recordes nas últimas semanas, o que acaba tirando um pouco do brilho até mesmo da temporada de balanços do segundo trimestre, que já começa a ganhar força no exterior. Após a reação negativa ao sentimento do consumidor, as bolsas americanas não conseguiram se recuperar totalmente. O Nasdaq teve uma queda de 0,80%, o S&P 500 caiu 0,75% e o Dow Jones recuou 0,86%.

O Ibovespa acompanhou e fechou o dia em queda de 1,18%, aos 125.960 pontos. Os bons ventos do começo da semana garantiram um saldo positivo no período e o principal índice da bolsa avançou 0,42%. 

Com a cautela reinando no exterior, as moedas emergentes acabaram conseguindo engatar um movimento de recuperação. Por aqui ainda tivemos um alívio na pressão do câmbio com um texto repaginado da reforma tributária e a intensa entrada de fluxo estrangeiro no país para a participação em IPOs.

Em dia de grande volatilidade, o dólar à vista fechou estável, com leve recuo de 0,01%, a R$ 5,1154, mas na semana a queda foi de 2,36%. Já o mercado de juros aproveitou para devolver parte do prêmio dos últimos dias. Confira as taxas do dia:

  • Janeiro/22: de 5,81% para 5,79%
  • Janeiro/23: de 7,30% para 7,25%
  • Janeiro/25: de 8,28% para 8,20%
  • Janeiro/27: de 8,67% para 8,60%

Não ficou no passado

Outro fator que ajuda a explicar o crescimento da cautela global está na pandemia do coronavírus. Embora muitos países já celebrem o “fim” da questão sanitária, a variante delta do vírus tem trazido preocupação e volta a inflar o número de casos registrados pelo mundo. 

Até o momento, a percepção é que a cobertura vacinal é suficiente para segurar o número de óbitos pela doença, mas ainda é cedo para saber o potencial devastador das novas cepas da covid-19 e se novas medidas de isolamento social precisarão ser adotadas. Para o economista da Nova Futura, uma reviravolta no quadro da pandemia é quase improvável, “mas dado que existe essa possibilidade, os investidores vão ser mais cautelosos”. 

Com a demanda incerta e o impasse em torno da produção de petróleo por parte da Opep+, as cotações da commodity ficam pressionadas, o que pesa no Ibovespa com a queda da Petrobras. 

Pausa para um respiro

Com o presidente Jair Bolsonaro afastado das atividades políticas para tratamento de saúde e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada, que mesmo com polêmicas garantiu o recesso parlamentar, os próximos dias prometem ser de maior calmaria na capital federal, o que dá ainda mais destaque para a situação que se desenrola lá fora.

Voltando para o Brasil, o Congresso Nacional só volta do recesso parlamentar no dia 31, mas, até lá, os ruídos em torno da reforma tributária devem seguir em alta. Nesta semana, o relator da pauta, Celso Sabino, conseguiu reverter parte da resistência com relação à pauta. 

No substitutivo apresentado, o deputado manteve a isenção para rendimentos de fundos imobiliários no imposto de renda, um dos pontos mais delicados da proposta. Além disso, a alíquota do IRPJ deve ir de 15% para 2,5% até 2023, como forma de compensar a tributação de dividendos, mantida em 20%. 

Mas ainda há nós que precisam ser desatados. A proposta de financiar a redução do IRPJ com o fim de isenções fiscais setoriais ainda promete causar dor de cabeça. O que também não deve ser bem digerido nos próximos dias é justamente a LDO de 2022.

O texto, que agora segue para sanção presidencial, prevê um déficit primário nas contas públicas de R$ 170 bilhões e aumentou o limite de verbas para o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões, cifra que gera desconforto.

Sobe e desce

A notícia de que o Grupo Soma deverá realizar uma oferta de ações de até R$ 750 milhões impulsionou as ações da Cia. Hering nesta semana. A cifra obtida deve ser utilizada justamente no pagamento da aquisição da Hering, que foi aprovada pelo Cade no início de julho. 

Já a JHSF repercutiu os bons números da sua prévia operacional e a compra de uma área adicional ao Complexo da Boa Vista por R$ 140 milhões. O Magazine Luiza também foi às compras e entrou de vez no ramo de games, com a aquisição da KaBuM, em uma transação bilionária. Confira as maiores altas da semana:

CÓDIGONOMEULTVARSEM
HGTX3Cia Hering ONR$ 40,6014,11%
JHSF3JHSF ONR$ 7,7812,27%
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 23,909,03%
BIDI11Banco Inter unitR$ 82,088,04%
CSAN3Cosan ONR$ 26,447,26%

Com o recuo do câmbio e do preço da celulose, Suzano e Klabin acabaram sofrendo as maiores baixas do período. Confira as principais quedas:

CÓDIGONOMEULTVARSEM
SUZB3Suzano ONR$ 56,35-7,59%
PRIO3PetroRio ONR$ 18,85-3,73%
KLBN11Klabin unitsR$ 26,00-3,70%
EMBR3Embraer ONR$ 17,54-3,68%
PETR3Petrobras ONR$ 27,17-3,52%

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
RELATÓRIO DO BC

Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal

21 de novembro de 2024 - 11:10

Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote

21 de novembro de 2024 - 8:23

Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa

EM ROTA DE COLISÃO?

Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo

19 de novembro de 2024 - 14:28

O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente

ANOTE NO CALENDÁRIO

A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional

19 de novembro de 2024 - 7:02

É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 8:07

Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias

NÃO TEVE B3, MAS OS GRINGOS OPERARAM

Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva

15 de novembro de 2024 - 18:10

Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira

15 de novembro de 2024 - 9:32

Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações

SEXTOU COM O RUY

Na lista dos melhores ativos: a estratégia ganha-ganha desta empresa fora do radar que pode trazer boa valorização para as ações

15 de novembro de 2024 - 8:00

Neste momento, o papel negocia por apenas 4x valor da firma/Ebitda esperado para 2025, o que abre um bom espaço para reprecificação quando o humor voltar a melhorar

DESAGRADOU (?)

“A bandeira amarela ficou laranja”: Balanço do Banco do Brasil (BBAS3) faz ações caírem mais de 2% na bolsa hoje; entenda o motivo

14 de novembro de 2024 - 15:51

Os analistas destacaram que o aumento das provisões chamou a atenção, ainda que os resultados tenham sido majoritariamente positivos

DESTAQUES DA BOLSA

A surpresa de um dividendo bilionário: ações da Marfrig (MRFG3) chegam a saltar 8% após lucro acompanhado de distribuição farta ao acionista. Vale a compra?

14 de novembro de 2024 - 13:13

Os papéis lideram a ponta positiva do Ibovespa nesta quinta-feira (14), mas tem bancão cauteloso com o desempenho financeiro da companhia; entenda os motivos

QUEM ESTÁ COM A RAZÃO?

Menin diz que resultado do grupo MRV no 3T24 deve ser comemorado, mas ações liberam baixas do Ibovespa. Por que MRVE3 cai após o balanço?

14 de novembro de 2024 - 11:41

Os ativos já chegaram a recuar mais de 7% na manhã desta quinta-feira (14); entenda os motivos e saiba o que fazer com os papéis agora

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad

14 de novembro de 2024 - 8:19

Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília

ANOTE NO CALENDÁRIO

A B3 vai abrir nos dias da Proclamação da República e da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios durante os feriados

14 de novembro de 2024 - 7:11

Os feriados nacionais de novembro são as primeiras folgas em cinco meses que caem em dias úteis. O Seu Dinheiro foi atrás do que abre e fecha durante as comemorações

“SUCH A LOVELY PLACE…”

A China presa no “Hotel California”: o que Xi Jinping precisa fazer para tirar o país da armadilha — e como fica a bolsa até lá

14 de novembro de 2024 - 6:02

Em carta aos investidores, à qual o Seu Dinheiro teve acesso em primeira mão, a gestora Kinea diz o que esperar da segunda maior economia do mundo

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Abrindo a janela de Druckenmiller para deixar o sol entrar

13 de novembro de 2024 - 20:00

Neste exato momento, enxergo a fresta de sol nascente para o próximo grande bull market no Brasil, intimamente correlacionado com os ciclos eleitorais

COMPRAR OU VENDER

O IRB Re ainda vale a pena? Ações IRBR3 surgem entre as maiores quedas do Ibovespa após balanço, mas tem bancão dizendo que o melhor está por vir

13 de novembro de 2024 - 13:01

Apesar do desempenho acima do esperado entre julho e setembro, os papéis da resseguradora inverteram o sinal positivo da abertura e passaram a operar no vermelho

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA

13 de novembro de 2024 - 8:09

Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar

MERCADO DE ARTE

Arte de milionária: primeira pintura feita por robô humanoide é vendida por mais de US$ 1 milhão

12 de novembro de 2024 - 17:30

A obra em homenagem ao matemático Alan Turing tem valor próximo ao do quadro “Navio Negreiro”, de Cândido Portinari, que foi leiloado em 2012 por US$ 1,14 milhão e é considerado um dos mais caros entre artistas brasileiros até então

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Pacote fiscal do governo vira novela mexicana e ameaça provocar um efeito colateral indesejado

12 de novembro de 2024 - 7:01

Uma alta ainda maior dos juros seria um efeito colateral da demora para a divulgação dos detalhes do pacote fiscal pelo governo

UMA PECHINCHA NO DIA DO SOLTEIRO?

Compre China na baixa: a recomendação controversa de um dos principais especialistas na segunda maior economia do mundo

11 de novembro de 2024 - 13:45

A frustração do mercado com o pacote trilionário da semana passada abre uma janela e oportunidade para o investidor que sabe esperar, segundo a Gavekal Research

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar