Bolsa é o melhor investimento de maio, com alta de 6%; bitcoin amarga lanterna
Enquanto o Ibovespa atingiu os 126 mil pontos, bitcoin despencou quase 40%
Pelo terceiro ano consecutivo, a Maldição de Maio não "pegou" nos mercados locais. Ao contrário. Maio de 2021 foi um mês excelente para a bolsa brasileira, levando o Ibovespa a novos recordes. Tanto que as ações foram os melhores investimentos do mês.
O principal índice da B3 terminou maio em uma nova máxima de fechamento, aos 126.215 pontos, acumulando uma alta de 6,16% no mês. Com isso, o Ibovespa também se torna um dos melhores investimentos do ano, com ganho acumulado de 6,05%.
Por outro lado, o ativo mais rentável de 2021, entre os que acompanhamos, teve o segundo mês seguido de baixa, e desta vez foi um tombo daqueles: o bitcoin despencou quase 40% apenas em maio, terminando o mês cotado a US$ 37.271,80, depois de ter chegado a superar os US$ 60 mil em abril. Em reais, a criptomoeda fechou cotada abaixo de R$ 200 mil. No ano, porém, ainda acumula alta de quase 30%.
Os melhores investimentos de maio
Inflação e commodities
A alta dos preços das commodities e o temor em relação às pressões inflacionárias no Brasil e nos Estados Unidos deram a tônica do mês para os ativos de risco.
Com o avanço da vacinação no mundo e o retorno gradativo à vida normal, as economias se recuperam, com destaque para China e EUA. Vemos uma forte demanda por commodities, com destaque para o minério de ferro, que chegou a ultrapassar os US$ 200 por tonelada em maio, impulsionando as ações da Vale, de grande peso no Ibovespa. Os papéis da mineradora subiram mais de 5% no mês.
Durante o mês, os Estados Unidos apresentou dados econômicos e de inflação mistos, que demonstraram que a economia americana já mostra uma formidável recuperação com alguma pressão inflacionária, mas ainda de forma incompleta e desigual.
Leia Também
Outros dados - como os de emprego - também mostraram que talvez o Federal Reserve tenha mesmo razão quando reafirma que os juros ainda têm de se manter baixos e os estímulos à economia, elevados. A recuperação é boa, mas não tão boa, e a inflação pressiona, mas não a ponto de preocupar e motivar uma elevação prematura de juros.
Este cenário de recuperação gradativa, que exige juro baixo ainda por um bom tempo, contribuiu para aumentar o apetite a risco, levando para cima os preços das ações e beneficiando as bolsas emergentes. Também serviu para tirar pressão do dólar, dado que a liquidez global deve realmente continuar elevada.
A moeda americana se desvalorizou globalmente e perdeu quase 4% do seu valor ante o real, fechando o mês a R$ 5,22. A queda do dólar com a grande quantidade de estímulos, a pressão inflacionária e a alta das commodities contribuíram também para o avanço do ouro no mês, que zerou suas perdas no ano.
Por aqui também há uma preocupação - talvez mais forte - com a inflação. A economia já exibe alguma recuperação, o que é bom, mas está longe do ideal, dado que a situação da pandemia e a vacinação no Brasil andam bem piores que nos países desenvolvidos.
A inflação, entretanto, já levou o Banco Central a iniciar o ciclo de alta nos juros, que em maio foram elevados mais uma vez, de 3,00% para 3,50%. A autoridade monetária já prevê uma nova alta na próxima reunião, com os recentes dados de inflação demonstrando que a diligência do BC faz sentido.
A alta na Selic também contribuiu para fortalecer o real ante o dólar, dado que torna o Brasil mais atrativo para recursos estrangeiros, que ingressam no país para lucrarem com a remuneração ora mais alta dos títulos públicos.
Vimos a alta da Selic e a preocupação com a inflação se refletirem numa alta nos juros futuros, especialmente aqueles de vencimento mais próximo. Com isso, a remuneração dos títulos públicos prefixados e atrelados à inflação aumentou, enquanto seus preços diminuíram (quando os juros desses títulos sobem, seu preço cai e vice-versa).
O inferno astral do bitcoin
O bitcoin, por sua vez, foi do céu ao inferno em uma sequência de acontecimentos que foram derrubando a cotação da criptomoeda ao longo do mês. Mais recentemente, porém, o ativo passou a se recuperar.
Tudo começou quando Elon Musk, fundador da Tesla, afirmou que a companhia deixaria de receber pagamentos em bitcoin em razão da questão ambiental - a mineração de bitcoin consumiria muita energia, sendo uma ameaça ao meio ambiente.
Depois, a China passou a ameaçar a atividade de mineração de criptomoedas, implementando leis na região autônoma da Mongólia Interior para restringir a atividade. O Irã também proibiu mineração em seu território, após o país registrar uma série de apagões devido ao alto consumo de energia elétrica.
Bolsa caindo à espera do pacote fiscal que nunca chega? Vale a pena manter ações na carteira, mas não qualquer uma
As ações brasileiras estão negociando por múltiplos que não víamos há anos. Isso significa que elas estão baratas, e qualquer anúncio de corte de gastos minimamente satisfatório, que reduza um pouco os riscos, os juros e o dólar, deveria fazer a bolsa engatar um forte rali de fim de ano.
Mistério detalhado: Petrobras (PETR4) vai investir 11,9% a menos em 2025 e abre janela de até US$ 55 bilhões para dividendos; confira os números do Plano Estratégico 2025-2029
Já era sabido que a petroleira investiria US$ 111 bilhões nos próximos cinco anos, um aumento de 8,8% sobre a proposta anterior; mercado queria saber se o foco seria em E&P — confira a resposta da companhia
Inter (INBR32) projeta Ibovespa a 143.200 mil pontos em 2025 e revela os setores que devem puxar a bolsa no ano que vem
Mesmo com índice pressionado por riscos econômicos e valuations baixos, o banco estima que o lucro por ação da bolsa deve crescer 18%
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias