Bolsa sobe e chega aos 129 mil pontos em novo dia de otimismo; dólar fica abaixo de R$ 5,10
Após uma abertura hesitante, a bolsa virou para alta e o Ibovespa busca novos recordes. No câmbio, o dólar passou a cair e aparece em R$ 5,07

Mesmo após cinco altas consecutivas e sucessivos recordes, a bolsa brasileira tenta mostrar fôlego e engatar mais uma sessão positiva. Após uma abertura morna nesta quarta-feira (2), o Ibovespa voltou a pisar no acelerador e, com isso, cruzou pela primeira vez o nível dos 129 mil pontos.
Por volta de 16h30, o principal índice acionário brasileiro avançava 0,84%, aos 129.318,07 pontos, cravando novas máximas intradiárias. O dólar à vista, por sua vez, abriu o dia em alta e chegou a bater os R$ 5,17, mas inverteu a tendência e agora cai 1,03%, a R$ 5,0931.
Mais cedo, o IBGE informou que a produção industrial em abril recuou 1,3% em comparação com março, um resultado que ficou aquém das expectativas. Ainda assim, o mercado segue bastante otimista com as perspectivas econômicas para o Brasil no curto prazo.
Após a surpresa positiva com o PIB do primeiro trimestre, os principais bancos e casas de análise elevaram suas projeções de crescimento da economia nacional em 2021. Essa leitura atrai um fluxo de recursos externos ao país, dando força à bolsa e ajudando a derrubar o dólar.
Empurrãozinho do exterior
Lá fora, as principais praças da Europa tiveram uma sessão positiva, ainda que sem ganhos intensos. Nos Estados Unidos, o clima é mais ameno, com as praças de Nova York oscilando ao redor da estabilidade:
- Dow Jones: +0,02%
- S&P 500: +0,03%
- Nasdaq: -0,09%
No front das commodities, o minério de ferro fechou em leve alta na China e se aproxima novamente dos US$ 210 a tonelada; já o petróleo sobe perto de 1,5%, tanto o Brent quanto o WTI — um cenário que dá forças às ações da Vale e da Petrobras.
Leia Também
Nesta tarde, foi divulgado "Livro Bege" nos EUA, um documento com projeções econômicas atualizadas do Fed. Mas, sem grandes mudanças na visão transmitida pelo BC americano, as bolsas de Nova York reagiram de maneira tímida.
Cavalo de pau no dólar
No mercado de câmbio, chama a atenção do comportamento do dólar à vista, que abriu o dia em alta e inverteu sua tendência ainda durante a manhã, renovando as mínimas no ano.
Notícias quanto a novas captações de empresas brasileiras em dólar aparecem em destaque e parecem influenciar a cotação da moeda americana: segundo o Broadcast, a CSN pretende captar até US$ 750 milhões; a PetroRio comunicou a emissão de títulos no mercado externo.
Essas operações implicam na entrada de recursos estrangeiros no país. Assim, com mais dólares por aqui, a moeda americana tende a se enfraquecer na comparação com o real.
Em paralelo ao noticiário, verifica-se também que o dia é marcado por um fortalecimento das moedas de países emergentes como um todo. Divisas como o peso mexicano, o rublo russo, o peso colombiano e o rand sul-africano também se valorizam na comparação com o dólar.
Por outro lado, a moeda americana se valoriza na comparação com as divisas fortes — o índice DXY sobe 0,06%. Um comportamento típico da menor aversão ao risco por parte dos investidores globais.
Altas e baixas da bolsa
Veja abaixo as cinco maiores altas do Ibovespa no momento:
CÓDIGO | NOME | PREÇO | VARIAÇÃO |
BRKM5 | Braskem PNA | R$ 55,85 | 4,69% |
BRFS3 | BRF ON | R$ 29,40 | 4,18% |
ABEV3 | Ambev ON | R$ 19,53 | 4,05% |
VVAR3 | Via Varejo ON | R$ 14,39 | 3,97% |
BBAS3 | Banco do Brasil ON | R$ 35,30 | 3,88% |
Confira também as maiores quedas do dia:
CÓDIGO | NOME | PREÇO | VARIAÇÃO |
B3SA3 | B3 ON | R$ 16,91 | -4,46% |
SULA11 | SulAmérica units | R$ 33,68 | -3,66% |
LWSA3 | Locaweb ON | R$ 23,98 | -2,95% |
WEGE3 | Weg ON | R$ 33,21 | -2,87% |
USIM5 | Usiminas PNA | R$ 19,58 | -2,83% |
Os papéis ON da B3 (B3SA3) lideram as baixas após o J.P. Morgan rebaixar a recomendação de overweight (semelhante a compra) para neutro. O preço-alvo foi cortado de R$ 23 para R$ 21 — o que ainda implica num potencial de alta de 24% em relação à cotação de hoje.
Vale lembrar que os mercados brasileiros estarão fechados amanhã, em função do feriado de Corpus Christi, o que pode aumentar a cautela entre os investidores ao longo da sessão. As negociações retornam na sexta-feira.
Alívio nos juros
As curvas de juros acompanharam o movimento do dólar e passaram a operar em baixa, tanto na ponta curta quanto na longa:
- Janeiro/22: de 5,11% para 5,11%;
- Janeiro/23: de 6,77% para 6,71%;
- Janeiro/24: de 7,51% para 7,42%;
- Janeiro/25: de 7,90% para 7,82%.
Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed
Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China
Javier Milei no fogo cruzado: guerra entre China e EUA coloca US$ 38 bilhões da Argentina em risco
Enquanto o governo argentino busca um novo pacote de resgate de US$ 20 bilhões com o FMI, chineses e norte-americanos disputam a linha de swap cambial de US$ 18 bilhões entre China e Argentina
CEO da Embraer (EMBR3): tarifas de Trump não intimidam planos de US$ 10 bilhões em receita até 2030; empresa também quer listar BDRs da Eve na B3
A projeção da Embraer é atingir uma receita líquida média de US$ 7,3 bilhões em 2025 — sem considerar a performance da subsidiária Eve
Ação da Vale (VALE3) chega a cair mais de 5% e valor de mercado da mineradora vai ao menor nível em cinco anos
Temor de que a China cresça menos com as tarifas de 104% dos EUA e consuma menos minério de ferro afetou em cheio os papéis da companhia nesta terça-feira (8)
Wall Street sobe forte com negociações sobre tarifas de Trump no radar; Ibovespa tenta retornar aos 127 mil pontos
A recuperação das bolsas internacionais acompanha o início de conversas entre o presidente norte-americano e os países alvos do tarifaço
Minerva (BEEF3): ações caem na bolsa após anúncio de aumento de capital. O que fazer com os papéis?
Ações chegaram a cair mais de 5% no começo do pregão, depois do anúncio de aumento de capital de R$ 2 bilhões na véspera. O que fazer com BEEF3?
Não foi só a queda do preço do petróleo que fez a Petrobras (PETR4) tombar ontem na bolsa; saiba o que mais pode ter contribuído
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teria pedido à estatal para rever novamente o preço do diesel, segundo notícias que circularam nesta segunda-feira (7)
Felipe Miranda: A arte da negociação — ou da guerra?
Podemos decidir como as operações militares começam, mas nunca será possível antecipar como elas terminam. Vale para a questão militar estrito senso, mas também se aplica à guerra tarifária
Sem medo do efeito Trump: Warren Buffett é o único entre os 10 maiores bilionários do mundo a ganhar dinheiro em 2025
O bilionário engordou seu patrimônio em US$ 12,7 bilhões neste ano, na contramão do desempenho das fortunas dos homens mais ricos do planeta
Sem aversão ao risco? Luiz Barsi aumenta aposta em ação de companhia em recuperação judicial — e papéis sobem forte na B3
Desde o início do ano, essa empresa praticamente dobrou de valor na bolsa, com uma valorização acumulada de 97% no período. Veja qual é o papel
Equatorial (EQTL3): Por que a venda da divisão de transmissão pode representar uma virada de jogo em termos de dividendos — e o que fazer com as ações
Bancões enxergam a redução do endividamento como principal ponto positivo da venda; veja o que fazer com as ações EQTL3
Ibovespa chega a tombar 2% com pressão de Petrobras (PETR4), enquanto dólar sobe a R$ 5,91, seguindo tendência global
O principal motivo da queda generalizada das bolsas de valores mundiais é a retaliação da China ao tarifaço imposto por Donald Trump na semana passada
Após o ‘dia D’ das tarifas de Trump, ativo que rende dólar +10% pode proteger o patrimônio e gerar lucros ‘gordos’ em moeda forte
Investidores podem acessar ativo exclusivo para buscar rentabilidade de até dólar +10% ao ano
Ibovespa acumula queda de mais de 3% em meio à guerra comercial de Trump; veja as ações que escaparam da derrocada da bolsa
A agenda esvaziada abriu espaço para o Ibovespa acompanhar o declínio dos ativos internacionais, mas teve quem conseguiu escapar
Brasil x Argentina na bolsa: rivalidade dos gramados vira ‘parceria campeã’ na carteira de 10 ações do BTG Pactual em abril; entenda
BTG Pactual faz “reformulação no elenco” na carteira de ações recomendadas em abril e tira papéis que já marcaram gol para apostar em quem pode virar o placar
Disputa aquecida na Mobly (MBLY3): Fundadores da Tok&Stok propõem injetar R$ 100 milhões se OPA avançar, mas empresa não está lá animada
Os acionistas Régis, Ghislaine e Paul Dubrule, fundadores da Tok&Stok, se comprometeram a injetar R$ 100 milhões na Mobly, caso a OPA seja bem-sucedida
As únicas ações que se salvaram do banho de sangue no Ibovespa hoje — e o que está por trás disso
O que está por trás das únicas altas no Ibovespa hoje? Carrefour sobe mais de 10%, na liderança do índice
O combo do mal: dólar dispara mais de 3% com guerra comercial e juros nos EUA no radar
Investidores correm para ativos considerados mais seguros e recaculam as apostas de corte de juros nos EUA neste ano
China não deixa barato: Xi Jinping interrompe feriado para anunciar retaliação a tarifas de Trump — e mercados derretem em resposta
O Ministério das Finanças da China disse nesta sexta-feira (4) que irá impor uma tarifa de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem