A B3 (B3SA3) quer comprar a Neoway, apostando que o big data vai virar big money
A B3 (B3SA3) disse estar em tratativas para comprar a Neoway, empresa de big data, em mais um passo da bolsa rumo ao setor de tecnologia
A B3 (B3SA3) quer colocar um pé na canoa da tecnologia, e não é de hoje: da compra da fatia restante da BLK Sistemas à parceria recém firmada com a Totvs, a bolsa tem feitos inúmeros movimentos para se associar às techs. Pois essa guinada tende a ganhar um novo capítulo: há pouco, ela anunciou que está em conversas para comprar 100% da Neoway, uma das líderes do setor de big data e inteligência artificial para negócios na América Latina.
Não há nada muito concreto na mesa — a B3 não revelou maiores detalhes, como a eventual estrutura da transação ou os valores envolvidos. Mas a mera sinalização já foi suficiente para animar o mercado: as ações B3SA3 subiram mais de 1% pela manhã, destoando do tom negativo do Ibovespa nesta quinta-feira (14). Ao final do pregão, porém, fecharam em queda de 0,70%, a R$ 12,76.
Sem grandes informações, não há como analisar essa potencial aquisição sob a ótica financeira — sem números, não tem como fazer qualquer conta. No entanto, podemos fazer um estudo qualitativo: o que a Neoway traz para a B3? Como essa transação pode dar impulso à bolsa?
Neoway: dados e mais dados
A Neoway atua no chamado "software como serviço" (SaaS, na sigla em inglês). Em resumo, a empresa possui uma plataforma que coleta e analisa uma ampla base de dados gerados por outras empresas — o tal big data. A partir dos resultados e de ferramentas de inteligência artificial, ela oferece soluções customizadas para aumentar as vendas, reduzir perdas e otimizar processos diversos.
A companhia foi fundada em 2002 e tem uma carteira diversa, englobando os setores financeiro, automotivo, construção civil, óleo e gás, tecnologia, saúde e bens de consumo, entre outros. A própria B3 está entre os clientes: as duas firmaram uma parceria para compilar e analisar os dados de contratos de financiamento de veículos que são registrados na bolsa — e, é claro, vender o acesso a essas informações para potenciais interessados.
A expertise no big data e o crescimento rápido atraíram investidores internacionais para a Neoway: fundos como Accel Partners, Monashees, Temasek, PointBreak, Pollux, e Endeavor Catalyst fizeram aportes na companhia ao longo do tempo; uma eventual transação com a B3, assim, envolve a venda das fatias detidas por esses investidores.
Leia Também
A Neoway, no entanto, passou por grandes turbulências nos últimos anos. A companhia foi citada na delação premiada do lobista Jorge Luz, no âmbito da Operação Lava Jato — ele teria atuado a favor da Neoway em um projeto ligado à BR Distribuidora, então subsidiária da Petrobras.
Posteriormente, a revelação de que o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, recebeu R$ 33 mil para dar uma palestra à Neoway voltou a colocar a empresa nos imbróglios envolvendo a investigação.
B3 (B3SA3): o bônus e o ônus das techs
Como dissemos no começo do texto, a B3 tem se aproximado do setor de tecnologia, buscando ampliar seu escopo de atuação, diversificar as receitas e acelerar seu crescimento. O aumento no número de investidores pessoa física na bolsa deu um impulso à companhia, mas ela tem dado indícios de que quer mais.
Entre as compras e movimentos corporativos recentes da B3, três se destacam:
- A compra de 25% da BLK Sistemas, empresa especializada no desenvolvimento de telas e algoritmos de negociação para corretoras e investidores institucionais — ela já era dona de 75% da companhia;
- A criação de uma empresa de serviços financeiros em parceria com a Totvs; a B3 investiu R$ 600 milhões e é dona de 37,5% da companhia, avaliada em R$ 1,6 bilhão; e
- A diversificação do portfólio de produtos e serviços, com a entrada da B3 nas áreas de recebíveis e seguros, entre outras.
Dito isso, os investidores não têm se mostrado particularmente animados com os projetos da B3 até agora: as ações ON (B3SA3) acumulam baixa de 34% desde o começo do ano; somente no último mês, as perdas foram de quase 8%.
De certa maneira, essa baixa recente em B3SA3 está inserida no âmbito das turbulências do mercado de ações como um todo — as incertezas políticas e econômicas afetaram o desempenho da bolsa e provocaram um movimento generalizado de realização de lucros.
Mas também há o fator tech: embora em menor escala, a B3 também foi afetada pela grande correção vista no setor de tecnologia — e que derrubou as cotações de empresas como Mosaico (MOSI3), Bemobi (BMOB3), GetNinjas (NINJ3), Enjoei (ENJU3) e Méliuz (CASH3), entre outras.
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Inscrições para o programa da XP e Copa Energia acabam hoje (18); confira essas e outras vagas para estágio e trainee com bolsa-auxílio de até R$ 7,6 mil
Os aprovados nos programas de estágio e trainee devem começar a atuar a partir do primeiro semestre de 2025; as inscrições ocorrem durante todo o ano
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário