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Paz no Oriente Médio?

8 de janeiro de 2020
19:25
Selo O Melhor do Seu Dinheiro; investimentos
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Ontem à noite, todo mundo aqui da redação do Seu Dinheiro já imaginava que hoje o dia seria difícil nos mercados. Fomos dormir com a notícia de que o Irã havia lançado mísseis contra instalações americanas no Iraque, o que já havia surtido efeitos negativos nas bolsas asiáticas.

Mas embora a notícia tenha pesado de fato sobre as negociações no Ocidente, o mercado passou o dia em função do pronunciamento que o presidente Donald Trump havia prometido para hoje à tarde. E depois que ele falou, o clima nos mercados mudou.

Ele anunciou um acordo de paz? Ordenou um contra-ataque feroz? Nem uma coisa, nem outra. Mas parece que o tom mais ameno adotado por Trump - e também pelo ministro de Relações Exteriores do Irã, por estranho que isso possa parecer, vindo de um país que prometia vingança - agradou bastante os investidores.

O Victor Aguiar acompanhou toda a história, da tensão de ontem à noite ao alívio de hoje à tarde, e conta todos os detalhes para você.

Sozinho no ponto

A ideia de Bolsonaro de revisar a forma de cobrança do ICMS sobre combustíveis para reduzir o impacto de um eventual aumento ao consumidor nas bombas não encontra eco nos Estados. Segundo reportagem do Estadão, caso altas recentes do petróleo acabem sendo repassadas para os preços dos combustíveis, os governadores não estão dispostos a abrir mão da sua fatia.

Ghosn assume o microfone

O ex-presidente da aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, falou hoje à imprensa pela primeira vez desde que fugiu do Japão para o Líbano, no dia 30 de dezembro. O brasileiro disse que o sistema no Japão é corrupto e que as alegações contra ele são falsas. A defesa de Ghosn diz que promotores conspiraram com funcionários do governo e executivos da Nissan para tentar prejudicá-lo.

Tchau, tchau, dólar!

O fluxo cambial no Brasil fechou 2019 com um saldo negativo de US$ 44,768 bilhões. A saída de moeda estrangeira foi bem maior do que em 2018, quando o resultado ficou negativo em apenas US$ 995 milhões. Os detalhes desse levantamento do Banco Central e as contas que mais pesaram nesse resultado você confere no Seu Dinheiro.

A hora e a vez das estatais

As estatais perderam o medo de ir à Bolsa. É o que diz Gustavo Miranda, responsável pela área de banco de investimentos do Santander - a instituição ajudou a Petrobras a vender a Liquigás e o gasoduto TAG no ano passado. Em entrevista ao Estadão, o banco avalia que o crescimento mais robusto do PIB para este ano e 2021 trará mais investimentos ao País.

Martelo batido

Leilão da maior concessão rodoviária já feita no País, o lote Piracicaba-Panorama (chamado PiPa) foi arrematado pelo Consórcio de Infraestrutura Brasil, liderado pelo Pátria e o fundo soberano GIC, de Cingapura. A proposta vencedora foi de R$ 1,1 bilhão - quase 110% maior que a oferta do segundo colocado, a Ecorodovias. O leilão é visto como um termômetro importante para medir o apetite dos investidores nacionais e estrangeiros pelas estradas paulistas.

Privatização à vista?

Mudanças à vista na Dataprev, responsável por processar o pagamento dos benefícios do INSS. A empresa vai encerrar as suas atividades em 20 Estados e cortar 493 funcionários. A medida faz parte do Programa de Adequação de Quadro e deve promover uma economia anual de R$ 93 milhões. A Dataprev está na lista de desestatizações do governo federal, mas a presidente da instituição diz que a reestruturação é um processo independente de uma possível privatização.

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