🔴 É HOJE! COMO CHEGAR AOS R$ 100 MIL COMEÇANDO COM CENTAVOS – CONHEÇA A ESTRATÉGIA

Expansão do mercado: crescer para os lados é a solução

Expansão do mercado deve ocorrer de maneira horizontal através de IPOs, o que evitará inevitáveis bolhas e seus respectivos crashes.

11 de julho de 2020
11:00 - atualizado às 11:52
Calculadora com sinal de porcentagem representando juros | Selic, fundos imobiliários, bolsa, Ibovespa, ações
Imagem: Shutterstock

Raciocinando por exagero ou absurdo (reduction ad absurdum, na definição de Aristóteles em Analytica Priora), imaginemos que apenas três ações fossem negociadas na B3. Banco do Brasil, Vale e Petrobras, por exemplo.

Como as aplicações em títulos de renda fixa não estão rendendo nada, e cada vez mais investidores se voltam para a Bolsa, esses três papéis estariam hipervalorizados. Felizmente, há três ou quatro centenas de outros, embora não em quantidade e liquidez suficientes para absorver o fluxo de dinheiro que está migrando para a renda variável.

Nessa toada, logo teremos múltiplos P/L (relação preço/lucro) e ebitdas (Earnings before interest, Taxes, Depreciation and Amortization – Receitas antes dos juros, Impostos, Depreciação e Amortização) obscenos.

Repetindo: o número de companhias listadas na B3 é ínfimo se levarmos em conta a quantidade de sociedades anônimas de grande porte existentes no Brasil.

No atual cenário de escassez de papéis rentáveis, é preciso que haja grande quantidade de IPOs para que o mercado possa crescer horizontalmente. Caso contrário, estaremos nos encaminhando para uma bolha. E bolha, como todos sabem, estoura. Pior, estoura nas mãos dos últimos que entraram na roda.

Quem acompanha de perto a movimentação das ações, sabe que novos IPOs estão para acontecer ainda este ano e no primeiro semestre de 2021. Não na velocidade ideal, mas estão.

Leia Também

Na página 24 de meu livro Projeto Maratona (Editora de Cultura, 2009) explico como esses lançamentos começaram.

“Vieram então os descobrimentos. As viagens de Cristóvão Colombo (1492), Vasco da Gama (1497), Américo Vespúcio (1499), Pedro Álvares Cabral (1500) e Fernão de Magalhães (1519) foram apenas o ponto de partida para inúmeras outras. O financiamento dessas expedições ensejou a oportunidade de investimentos de altíssimo risco, contrabalançados por retornos espetaculares quando as caravelas retornavam abarrotadas de especiarias, ouro, prata, seda e produtos os mais diversos.

Em 24 de setembro de 1599, por exemplo, 24 comerciantes de Londres fundaram uma empresa com o capital de 72 mil libras, subscrito por 125 acionistas. Objetivo: importar pimenta das Índias, comércio até então exclusivo dos holandeses.

Com as bolsas de valores e de commodities e a negociação de cotas-partes desses empreendimentos além-mar, a pequena burguesia pôde sonhar com riquezas até então só acessíveis aos nobres. Tímida e lentamente, o capital começou a ser democratizado.”

Ao longo da história, sempre houve IPOs fraudulentos. Nas páginas 346 e 347 de meu livro Os mercadores da noite, edição da Inversa, menciono dois deles:

“…na década de 1710, tendo Paris como cenário, um escocês, de nome John Law, para uns gênio das finanças, para outros espertalhão, falsário e, até mesmo, assassino – batera-se em duelo, de maneira não muito leal, em Londres, em 1694 −, estabeleceu a Compagnie de’Occident. Esta foi agraciada pela coroa francesa com os direitos de exploração de ouro no território da Louisiana, na época pertencente à França.

Law ofertou ações da nova companhia ao público. A aceitação foi fantástica, embora não houvesse nenhum indício da existência de ouro na Louisiana. Uma investigação mais apurada mostraria que a Compagnie de”Occident nem mesmo chegou a iniciar uma prospecção. Mas isso era um detalhe irrelevante para os especuladores parisienses. Lançaram-se ávidos à compra e venda dos novos papéis, no velho mercado de valores da Rue Quincampoix.

Em 1720, o mercado vacilou. Um príncipe, De Conti, suscitara algumas dúvidas sobre a existência daquele ouro. John Law respondeu aos rumores contratando centenas de mendigos nas ruas de Paris. Equipou-os de pás e picaretas. Fê-los marchar pela cidade, como se dirigissem à Louisiana. Mas, quando, algumas semanas depois, os especuladores viram os pedintes de volta, em seus pontos tradicionais, perderam as esperanças. O mercado desabou, lançando na miséria milhares de investidores.

Enquanto em Paris as pessoas se lançavam em busca da fortuna fácil, em Londres, não se fazia por menos. A South Sea Company, fundada por Robert Harley, conde de Oxford, vendia ações ao público, acenando-lhe com a possibilidade de lucros gigantescos, a serem obtidos na exploração das riquezas da costa ocidental da América do Sul. Relegava-se a um segundo plano o fato de que a Coroa de Espanha, soberana das terras em questão, autorizara a South Company a fazer uma única viagem anual à região.

A febre tomou conta dos investidores ingleses. Entre janeiro de 1720 e o fim do verão daquele ano, quando sobreveio o crash, as ações da South Company pularam de 128 libras para mil.”

O crash de outubro de 1929 também se deveu, em grande parte, à enorme quantidade de IPOs sem a menor consistência.

No auge do grande bull market brasileiro de ações que durou de 1967 a 1971, os aplicadores compravam tudo que aparecia pela frente. O resultado não podia ser outro. Uma geração de investidores que poderiam mudar o país para sempre, e para melhor, simplesmente se perdeu.

O fenômeno se repete ciclicamente, em todos os cantos.

Entre 1994 e 2000, centenas de milhares de americanos acharam que poderiam ficar ricos comprando ações de empresas virtuais, as chamadas dot.com, a maioria originária de fundo de quintal.

Percebendo que aquilo poderia se transformar em um novo 1929, o chairman do FED, Alan Greenspan, acabou com a festa ao classificá-la como “exuberância irracional”.

No Brasil, uma nova ocasião ideal para expansão saudável e horizontal do mercado de ações ocorreu no final da década de 2000. Sob a batuta de Henrique Meirelles, o Banco Central administrava com maestria as reservas cambiais e a taxa Selic.

Como se não bastasse, o PIB crescia a taxas robustas, tendo chegado a 6,1% em 2007. Sem pressões inflacionárias, diga-se de passagem.

A Bolsa respondeu a contento e os IPOs se sucederam.

Veio então a crise do subprime, subestimada como “marolinha” pelo presidente Lula. O governo não agiu a tempo e deu no que deu: uma década de crescimento pífio.

Agora, tudo indica que chegou a vez de um novo ciclo de papéis novos na Bolsa. Com a taxa Selic no nível mais baixo de todos os tempos, restaram poucas opções de investimento que não os de renda variável.

Mais do que necessários, imprescindíveis, os IPOs já começaram a ressurgir. Com uma novidade. Além da B3, algumas empresas estão lançando ações na Nasdaq.

Esses lançamentos tanto podem ser péssimos negócios como investimentos espetaculares, não raro para toda a vida.

O importante é agir sob a orientação de um especialista.

A Inversa, conta com gente que se debruça em análises não só das perspectivas futuras das empresas que estão sendo lançadas como também de seus respectivos setores de atividade.

Se tudo ocorrer como se espera, teremos um crescimento saudável e horizontal do mercado brasileiro de ações. Isso evitará inevitáveis bolhas e seus respectivos crashes.

Aproveito para indicar a leitura do livro “Ivan: 30 Lições de Mercado” de minha autoria. Você pode ter adquirir as verdades mais importantes que TODO investidor deve saber, clique aqui.

Um grande abraço,

Ivan Sant'Anna

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
Transição energética

Evento em NY visa a atrair investidores estrangeiros para negócios verdes no Brasil; veja o potencial das principais oportunidades no país

17 de setembro de 2024 - 18:10

Brazil Climate Summit ocorre nesta quarta (18) e visa a “vender” o país como hub de soluções climáticas para o mundo

ESTADOS UNIDOS

BTG eleva projeção para o S&P 500 em 2024 e elege as 20 melhores ações americanas para investir em setembro

16 de setembro de 2024 - 19:50

Apesar das expectativas para o cenário de juros e as eleições nos EUA, o cenário macro para as ações continua forte e com oportunidades

GANHOU MAIS UM

Alupar (ALUP11) vence novo leilão de transmissão no Peru com projeto de US$ 42,8 milhões

12 de setembro de 2024 - 18:37

A instalação abrange Junín, no planalto central do país; investimentos da Alupar na América Latina somam US$ 732,6 milhões até 2029

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Disclaimer nas bolsas: Wall Street ganha uma ajudinha da inteligência artificial, enquanto mercado aguarda corte de juros na Europa

12 de setembro de 2024 - 8:10

Durante o pregão regular de ontem (11), a Nvidia, joia da coroa do setor, chegou a saltar mais de 8% e animou os índices internacionais nesta quinta-feira

EMPIRICUS ASSET DAY

Por que investir no exterior é importante mesmo quando os rendimentos em renda fixa no Brasil estão tão atraentes?

9 de setembro de 2024 - 19:58

Especialistas discutiram como os eventos globais estão moldando as estratégias de investimento e a importância da diversificação internacional

EMPIRICUS ASSET DAY

Mercado de previdência cresce a dois dígitos por ano, mas investimento ainda gera polêmica entre especialistas e beneficiários

6 de setembro de 2024 - 19:58

No Brasil, o tema costuma ser um dos mais polêmicos e desafiadores, tanto para especialistas quanto para beneficiários

NOVIDADE NA RENDA FIXA

Investe em FIDC? Nova lei pode reduzir riscos e aumentar a rentabilidade dos fundos de direitos creditórios

3 de setembro de 2024 - 6:33

O texto traz uma flexibilização para a Lei da Usura que, segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, deve beneficiar essa classe de investimentos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Setembro finalmente chegou: Feriado nos EUA drena liquidez em início de semana com promessa de fortes emoções no Ibovespa

2 de setembro de 2024 - 8:04

Agenda da semana tem PIB e balança comercial no Brasil; nos EUA, relatório mensal de emprego é o destaque, mas só sai na sexta

GIGANTE SEM APETITE

Stuhlberger vê Brasil com ‘muita cautela’ em meio a tendência “explosiva” para o fiscal 

31 de agosto de 2024 - 18:00

Nas projeções do gestor da Verde, a inflação no Brasil deve ficar próxima de 4,5% em 2025, apesar da política monetária mais restritiva do Banco Central

BALANÇO DO MÊS

Ibovespa salta mais de 6% e é o melhor investimento de agosto; bitcoin (BTC) despenca 11% e fica na lanterna – veja ranking completo

30 de agosto de 2024 - 18:52

Impulsionado principalmente pela perspectiva de cortes de juros nos Estados Unidos, o índice registrou o melhor desempenho mensal deste ano

Menos burocracia

Sem ‘interrogatório’ antes de investir e mais acesso a empresas de menor porte: as medidas da CVM para democratizar o mercado de capitais

30 de agosto de 2024 - 13:50

Em fala no evento Expert XP, presidente da CVM, João Pedro Nascimento, falou do ofício da CVM que dispensa investidor conservador de responder a todo o questionário de suitability e diz que autarquia irá anunciar medidas para dar mais acesso ao mercado de capitais para empresas de faturamento até R$ 500 milhões

CRIPTOMOEDAS NA CARTEIRA

Mais de 560 milhões de pessoas investem em criptomoedas — mas só 11 investidores ficaram bilionários com bitcoin (BTC)

28 de agosto de 2024 - 10:35

Em meio à escalada de preços dos ativos digitais, o apetite dos investidores por esse tipo de investimento também aumentou, segundo relatório da Henley & Partners

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um olhar para dentro da bolsa: Depois de bater novo recorde com Petrobras (PETR4), Ibovespa repercute novo CEO da Vale (VALE3)

27 de agosto de 2024 - 7:59

Além da Petrobras e da Vale, os investidores repercutem hoje a prévia da inflação de agosto e seu possível impacto nos juros

NOVA RESOLUÇÃO

CVM publica regras para portabilidade de aplicações financeiras; entenda como vai funcionar o “Pix dos investimentos”

26 de agosto de 2024 - 18:10

Resoluções entrarão em vigor em 2025 e possibilitam, por exemplo, transferir cotas de fundos de investimento de uma corretora para outra

PARA TUDO

CVM suspende ‘figurões’ do mercado da atividade de administradores de carteiras, de banqueiros a gestores

22 de agosto de 2024 - 11:18

Entre as personalidades na mira da CVM, estão José Berenguer, atual CEO do Banco XP, e Pedro Guimarães, que foi CEO da Caixa no governo Bolsonaro

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Periculum in mora — bolhas especulativas e manipulação de mercado

19 de agosto de 2024 - 20:31

Enquanto celebramos o cenário de “goldlocks”, as manifestações explícitas de periculum in mora continuam em curso

Mande sua pergunta!

É possível vender um imóvel sem a concordância de um dos proprietários?

17 de agosto de 2024 - 7:50

Leitor é dono de armazéns em condomínio com parentes e deseja vender os imóveis. Porém, um dos condôminos – seu tio – não concorda

APOSTAS DO ORÁCULO

Depois de vender Apple, Warren Buffett investe R$ 2,6 bilhões em duas ações

15 de agosto de 2024 - 15:52

Após a divulgação dos investimentos de Warren Buffett, novos papéis do portfólio sobem forte em Nova York.

E VEM MAIS POR AÍ

Missão dada é missão cumprida: Petrobras (PETR4) anuncia investimento de R$ 870 milhões para reativar fábrica de fertilizantes no Paraná

15 de agosto de 2024 - 13:15

O investimento da petroleira é tão significativo para o governo, que acontece no mesmo momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está no Paraná, visitando fábricas

BALANÇO DO PRIMEIRO SEMESTRE

Investimentos dos brasileiros em LCI, LCA e outros títulos isentos de IR ultrapassam R$ 1 trilhão, enquanto apetite pela bolsa cai

13 de agosto de 2024 - 15:47

Com a seca de IPOs e o Ibovespa tombando mais de 7% no primeiro semestre, o investimento nos papéis da bolsa caiu 1,5%

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar